segunda-feira, 9 de maio de 2011

Professores da Uefs divulgam estudo sobre odontologia legal

Uma pesquisa realizada por um grupo de professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) foi destaque durante um evento internacional sobre Odontologia Legal. Dois professores representaram o Brasil no 63º Encontro Anual da Associação Americana de Ciências Forenses, realizado em março deste ano, em Chicago: os professores Jeidson Antônio Morais Marques e a professora Jamily de Oliveira Musse.

Durante o evento foi apresentado o livro Marcas de Mordidas que reúne estudos de pesquisadores e relatos de casos que revelam a identificação de criminosos através de marcas dos dentes que ficam desenhadas na pele, principalmente em casos de violência sexual e de maus-tratos a crianças e adolescentes.

O livro foi editado e impresso pela Editora Uefs e hoje representa uma das mais importantes literaturas do Brasil sobre Odontologia Legal, fonte de pesquisa para estudiosos na área. A bibliografia foi tão aceita no encontro em Chicago, que a Associação Americana de Ciências Forenses decidiu editar uma versão em inglês da obra.

Segundo o professor da Uefs e presidente da Associação Brasileira de Odontologia Legal, Jeidson Marques, “os dentes possuem desenhos únicos, nunca ninguém terá uma mordida igual a outra, o que comprova a legitimidade da identificação através das marcas dos dentes”.

Ele explicou que a odontologia legal é uma complementação da medicina legal e a vantagem da primeira se refere ao fato de que os dentes são uma das partes mais resistentes do corpo. “Em casos de carbonização, por exemplo, que é mais difícil a identificação do corpo pelo exame de DNA, a alternativa para identificar é através da arcada dentária”, acrescentou.

O livro Marcas de Mordidas traz experiências vividas na Bahia. Entre outras, o caso da criança vítima de maus-tratos no interior do estado que foi elucidado pela Odontologia Legal. Através da marcas das mordidas, foi descoberto que o autor do crime era na verdade a mãe da criança e não um vizinho que ela acusava.

De acordo com Jeidson, em Feira de Santana dois peritos de odontologia trabalham na Coordenadoria Regional de Polícia Técnica (conhecida como DPT), entre eles, a professora da Uefs Jamily Musse.

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