sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O eleitor brasileiro e o mau uso do voto

Por Alberto Peixoto/ O eleitor brasileiro, infelizmente, ainda não aprendeu a utilizar o seu voto, que carrega um grande poder de decisão, pois elege ou não determinado alguém para gerir seus interesses e de toda comunidade. O voto pode ser também usado como arma contra os maus políticos, que fazem do cargo a ele conferido pelo voto do povo, meio de vida e chegam até a usar sua posição de representante popular em transações ilícitas, aumentando a corrupção que a muito assola este país.
Em se tratando do voto de protesto é pior ainda. Eleger Macaco Tião, Tiririca – nada contra a pessoa do artista – e tantos outros de igual nível político, não é a atitude mais correta; este voto só agrava a situação. Porém como a maioria dos brasileiros não são politizados, dá para entender certas atitudes do eleitor, mas se a situação já não é boa, como resolvê-la fazendo protestos inúteis, ou seja: “se a casa já está suja, como limpá-la jogando mais lixo dentro”?
Antes de fazer qualquer tipo de crítica aos maus políticos, deve-se fazer uma reflexão e, com certeza, vai ser constatado que o erro também é do eleitor que escolheu mal ou se deixou enganar pelas campanhas “fantasiosas” e não cobra nenhum tipo de prestação de contas destes. A maioria nem lembra mais em quem votou no último pleito.
O Brasil além de ser uma nação de analfabetos funcionais com índices bastante elevados, é também um país de analfabetos políticos, fato este motivado pela falta de investimento em educação. Mas para que dar educação ao “povão”? Seria uma espécie de suicídio, dos próprios políticos que estariam preparando os eleitores, para contestar suas incompetência e atitudes corruptas de forma mais incisiva. É preciso que os mais esclarecidos – que são bem poucos no Brasil – tomem a iniciativa e se mobilizem contra esta situação insustentável. Onde está o grito dos universitários e dos caras pintadas? - movimento constituído por uma multidão de jovens e adolescentes, que foram às ruas protestando contra os acontecimentos que vinham abalando a sociedade, na época do então presidente Collor de Mello. Será que a luta destes jovens, hoje já senhores, pais e profissionais não serviu para exemplificar, que só o protesto organizado e incisivo leva a vitórias e mudanças?

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