sábado, 30 de agosto de 2014

O BRT do Ronaldão e o crime ambiental

Por  Apeixoto
Fotos e texto


Ouve-se dizer, pelos diversos veículos de comunicação de Feira de Santana e também nas redes sociais, que a Prefeitura de Feira de Santana pretende retirar centenas de árvores do canteiro central da Avenida Getúlio Vargas para possibilitar a implantação do sistema de transportes BRT – Bus Rapid Transit. Não há arvores centenárias como foi veiculado, porém adultas que proporcionam aos olhos de quem por esta via transita, uma paisagem um pouco mais humana.

 A retirada destas árvores, com certeza absoluta, é um ato criminoso e de irresponsabilidade monstruosa contra o meio ambiente. Pode-se classificar como uma atitude imprudente, uma falta de bom senso de proporções inimagináveis, causando a descaracterização da Avenida Getúlio Vargas, o que já está causando a revolta dos comerciantes estabelecidos nesta artéria e de transeuntes. Além de desfigurar a paisagem da Avenida, há outra preocupação com relação às mudanças drásticas que deverão ocorrer no ecossistema, como a poluição do ar entre outras.
É possível até que este corredor de trânsito venha melhorar o tráfego local, o que é pouco provável, mas, em contrapartida, outros problemas irão surgir. A retirada das 136 árvores vai provocar a queda da umidade e o aumento da temperatura local, afetando toda a vegetação próxima gerando uma ventilação com temperaturas mais elevadas e provocando um desconforto para a população do local e no seu entorno.

 É fundamental que se faça uma análise considerável antes de tomar atitudes de tamanho impacto onde o ecossistema vai ser gravemente degradado; o solo vai sofrer consequências com sua exposição à chuva e ao sol escaldante perdendo desta forma, nutrientes; sem a sombra proporcionada pelas árvores, será impossível o surgimento de qualquer vegetação que por ventura sejam semeadas, sem falar na redução da umidade relativa do ar
Qualquer pessoa de senso crítico apurado, percebe que os problemas ocorridos no trânsito de Feira de Santana não são causados pelos transportes coletivos e sim pelos desmandos, falta de fiscalização e, principalmente, pela impunidade que reina na Cidade Princesa. Frequentemente flagra-se transitando pelo centro da cidade carretas bitrem. O mais novo percurso destes veículos é entrar pela Avenida Noide Cerqueira, subir o viaduto Georgina Erisman, seguir pela Avenida Getúlio Vargas e retornando em seguida no primeiro contorno em direção à Avenida Eduardo Fróes da Mota (Av de Contorno). Com a palavra os Gestores Públicos Municipais (?).

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