A Prefeitura do Rio de Janeiro iniciou o projeto para a construção e inauguração do Museu da Escravidão e Liberdade. O local onde o novo museu ficará deve ser anunciado daqui a dois meses, mas será na região portuária, próximo de outros espaços, que compõe a região chamada de Pequena África.
O museu, que de acordo com o planejamento será aberto ao público em julho de 2020, vai entrar na rota de turismo histórico que já inclui espaços como o Cais do Valongo, por onde cerca de 500 mil africanos escravizados entraram no Brasil, e o Cemitério dos Pretos Novos, onde aqueles que morriam logo após a chegada eram enterrados.
Mas de acordo com a secretária municipal de Cultura, Nilcemar Nogueira, o museu também vai registrar a primordial contribuição dos povos africanos para a construção da cultura brasileira.
A primeira iniciativa para a criação do museu foi a criação de um grupo de trabalho, composto por funcionários de várias secretarias da Prefeitura, que no futuro vai incorporar também um conselho da comunidade.
Em seguida, o grupo vai elaborar os projetos de conteúdo e de arquitetura do museu, que deve abrigar peças e fomentar projetos escolhidos por um conselho curador. Mas a primeira aquisição já foi apresentada: um cadeado de ferro, que era utilizado para acorrentar escravos em uma fazenda de café demolida no município de Vassouras. A peça foi doada por Marconi Andrade, integrante do Conselho Municipal de Cultura.
Por enquanto, o cadeado está exposto no Centro Cultural José Bonifácio, construído em 1877 para abrigar uma escola e reinaugurado em 2013 para sediar eventos relacionados à valorização da cultura negra.
Fonte: Agência Brasil
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