Centenas de funcionários demitidos da construtora R. Carvalho em Feira de Santana fizeram mais uma manifestação de protesto pelas ruas do centro da cidade na manhã desta quarta-feira (26), para cobrar a rescisão trabalhista que ainda não foi paga depois que a empresa anunciou a demissão em massa de mais de 5 mil trabalhadores.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Aldemir Santos Almeida, informou que a R. Carvalho chamou os trabalhadores no dia 14 de setembro para formular um acordo e que até o momento não foi cumprido.
“Ficou acordado que pagariam dentro de 30 dias a metade das rescisões contratuais dos trabalhadores. Esse prazo foi pedido para que a Caixa Econômica fizesse um levantamento dos bens da empresa para que esses valores fossem liberados, só que eles não nos deram nenhuma resposta e ao invés disso entraram na justiça comum pedindo recuperação judicial”, relatou.
Inicialmente a manifestação foi realizada em frente ao Fórum Filinto Bastos, depois os trabalhadores seguiram em passeata para a Justiça do Trabalho na avenida João Durval e por fim foram até o escritório da Construtora R. Carvalho.
Alegando dificuldades financeiras, a empresa paralisou as obras que realizava em Feira de Santana e em Barreiras, no Oeste do Estado, deixando mais de 10 mil imóveis inacabados, incluído empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida.
As dificuldades da R. Carvalho começaram a ficar evidentes há mais de quatro meses, com o atraso no pagamento dos empregados. No início do mês de julho , os canteiros de obras começaram a ser fechados gradativamente, enquanto os dirigentes da empresa negociavam com a Caixa Econômica Federal – responsável pelo financiamento dos conjuntos habitacionais – em busca de solução para o que foi anunciado como um mero problema de fluxo de caixa.
Com o agravamento da situação, ficou claro que a empresa não tem condições de pagar os empregados e muito menos dar continuidade às obras.
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