sexta-feira, 3 de maio de 2013

UNIR FÉ E VIDA

Bem no centro da cidade havia uma grande igreja, com vitrais coloridos e uma torre muito alta. O templo, rodeado de ruas e avenidas, recebia muitas pessoas, sobretudo aos domingos. No altar-mor, via-se um grande Cristo pregado numa cruz de madeira escura, ressaltada por iluminação indireta.

NUM DIA qualquer, um caminhão e um automóvel chocaram-se em frente à igreja. Os fiéis correram para ver de perto os destroços dos dois carros. Havia sangue e pessoas feridas, mas ninguém fazia nada, ninguém tentava ajudar ou mesmo chamar a polícia ou uma ambulância. Os feridos gemiam e seus gemidos acabaram por chegar à igreja. do alto da cruz, Cristo escutava os gemidos. Vendo que ninguém socorria os acidentados, para grande espanto dos presentes, Cristo soltou os pregos das mãos e dos pés e desceu correndo pelo corredor da igreja, dirigindo-se ao local dos feridos.

TODOS ficaram espantados ao verem um homem seminu e coroado de espinhos chagar ao local do acidente, estancar as hemorragias e chamar uma ambulância. então os curiosos se deram conta e começaram a exclamar, entusiasmados: é Jesus, milagre, milagre!

OLHANDO-OS com firmeza e serenidade, Jesus disse: o único milagre que existe é a caridade e a solidariedade. Pouco adianta as pessoas irem à igreja se não aprenderem a servir, especialmente os mais necessitados. Em seguida, Jesus abriu passagem entre os curiosos, voltou de novo à igreja e subiu outra vez para a cruz.

ESSA HISTÓRIA é adaptação do conto de escritor alemão Günter Hergurger e aponta para o essencial de nossa . É ainda uma crítica  aos cristãos dominicais. Os que louvam a Deus no domingo e vivem como pagãos ao longo da semana. Começam o dia rezando, mas essa oração não afeta a sua vida e as atividades do dia. É uma religiosidade à margem da vida, que não leva a um compromisso. São Paulo  compara esse tipo de pessoas a um sino que exorta os outros, mas ele mesmo nada faz.

TODOS devemos  ler a Bíbliair à igreja, participar da missacontribuir com o dízimocomungar... Isso deve ser feito mas não é suficiente. É necessário unir e vida. “A , que não se traduz em obras, por si está morta. Tu, mostra-me a tua sem as obras, que eu te mostrarei a minha pelas obras”.( Tg 2, 14,17-18). É esse o objetivo da Semana Social e Campanha “Doe Vida”, que acontecem, em Feira de Santana, neste final de Semana.

+ Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano
di.vianfs@ig.com.br


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