segunda-feira, 26 de março de 2018

ONU quer maior cooperação entre Brasil e Angola na merenda escolar

A merenda escolar é uma das ações do PMA na África Austral

O Programa Mundial de Alimentação (PMA) das Nações Unidas, anunciou hoje (26) que pretende promover uma maior colaboração entre o Brasil e Angola na área da segurança alimentar e merenda escolar. A informação foi dada à ONU News, em Nova Iorque, pela diretora do PMA para África Austral e Oceano Índico, Lola Castro, que anunciou uma viagem ao Brasil, onde deve discutir uma iniciativa que envolve agricultura familiar e alimentação nas escolas.

 “Angola também quer trabalhar na merenda escolar. Estamos a trabalhar para ir ao Brasil para ver aquele projeto da Fome Zero e também a merenda escolar brasileira, que está ligada aos pequenos camponeses que produzem e vendem para as escolas. Com isso, as crianças vão ter uma alimentação diversificada. A ação também apoia o camponês e aumenta a renda e a segurança alimentar na família,” disse Lola Castro.

 Segundo o Ministério da Educação de Angola, o país aprovou a iniciativa para promover programas da alimentação nas escolas em 2013. Os programas são ligados à produção local. Com o projeto pretende-se também garantir uma educação de qualidade, combater a taxa de reprovação nas escolas, aumentar a retenção e ajudar as crianças em idade escolar a cumprir as metas com uma melhor nutrição.

 Lola Castro disse que a experiência do PMA envolvendo o Brasil também deu bons resultados na região africana.

 Boa experiência

 “Estamos a falar de Angola, mas vou falar também de uma boa experiência em Moçambique. Temos estado a trabalhar com o governo moçambicano e outros doadores para verdadeiramente aumentarmos a merenda escolar.”

 De acordo com o PMA, um estudo de sustentabilidade da alimentação escolar na União Africana contou com o apoio do Brasil. Em todo o continente, pelo menos 40 países implementam a iniciativa.

 Mais de 26 milhões de crianças africanas se beneficiam de merenda escolar, e destes 10 milhões recebem alimentos diariamente.
Fonte: Agência Brasil

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