A trágica morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos alçou a cabeça de chapa na disputa pela Presidência da Republica a sua candidata a vice e ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Todos sabem que Marina Silva ingressou no PSB aos 48 minutos do segundo tempo, após ter o registro do seu partido Rede negado pelo TSE.
A candidatura da ex-senadora despertou no eleitorado brasileiro o desejo de mudança que o falecido Eduardo Campos e o senador Aécio Neves não conseguiram despertar. Mas algumas posições da candidata do PSB/Rede dever ser questionadas e precisam de respostas para que o desejo de mudança não se torne um salto no escuro. Marina defende uma “Nova Politica” e caso chegue ao Planalto afirma que irá governar com os bons políticos que estão no banco de reserva. A Constituição de 1988 transformou o poder executivo refém dos partidos políticos e institucionalizou a politica do “toma lá, dá cá”. Como administrar o País sem a tão afamada “governabilidade”, que nada mais é que a troca de cargos pelo apoio dos partidos no Congresso, onde cada ministério vira feudo de partidos e dutos de desvios de recursos? Quem não se lembra da famosa limpeza no inicio do governo Dilma que trocava o ministro, mas não o partido. Foi assim com FHC, com Lula, Dilma e com qualquer outro que assumir a presidência.
Sem uma reforma politica que mude esse atual processo, essa “Nova Politica” do discurso da ex-ministra de Lula, nada mais é que uma peça de seus marqueteiros. Outro ponto que caracteriza a candidata do PSB/Rede é sua intransigência religiosa, ela é radicalmente contra as pesquisas com células tronco que é esperança de milhares de pessoas portadores de necessidades especiais e que sofrem com algum tipo de doença degenerativa. Vale lembrar que o Brasil é um dos países lideres no processo de pesquisa com células tronco.
Com relação a união homo afetiva, qual a real posição da ex-senadora? Suas convicções religiosas permitirá a união entre pessoas do mesmo sexo?
De quem a candidata Marina irá se cercar caso chegue a presidência do Brasil? Sabemos que a única experiência administrativa de Marina foi quando ocupou a pasta do Ministério do Meio Ambiente na gestão do ex-presidente Lula. Onde travou uma série de divergência com os colegas das demais pastas por inviabilizar licenças ambientais para a realização de obras essências para o desenvolvimento do País. É inegável sua história na luta pela preservação do meio ambiente, mais isso não é certificação de experiência administrativa.
A eleição da ex-senadora Marina Silva é aventurar, é a incerteza, uma grande interrogação e aventura é para os super heróis da ficção não para um presidente do Brasil.
Cláudio Rodrigues -
Empresário
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