domingo, 21 de dezembro de 2014

As Religiões e a Ciência.

Por Alberto Peixoto.

As religiões, ao longo dos séculos, vêm impondo de forma desastrosa sua vontade, basicamente em assuntos que não são de sua competência, causando prejuízos para a humanidade e traçando paradigmas e limites, principalmente, no que se refere à assuntos ligados às ciências.

 No século XI, foi instaurada a Inquisição através de duas bulas editadas pelo Papa Gregório IX, que perseguiu e assassinou vários dos seus inimigos ou que ele entendesse como inimigo. Temos como a maior vítima deste desvairamento a francesa Joana D´arc, que foi torturada durante seis meses, estuprada pela maioria dos soldados que montavam guarda no quartel e, por fim, queimada viva.

 No século XVI, Martim Lutero entrou em conflito com a Igreja Católica por não concordar com a cobrança de indultos pelos seus líderes - fato hoje corriqueiro – e, fundou outra religião, a Protestante, que cerceou todos os direitos – livre arbítrio – que nos foram dados por Deus. No Protestantismo, nada pode e o fiel passa a ser uma marionete.

 Hoje, a violência praticada por religiosos de todos segmentos é mais disfarçada, mas, infelizmente, continua. Temos como exemplo as pesquisas com células tronco, que são veementemente combatidas pela maioria dos líderes religiosos - principalmente pelos que pertencem às igrejas tradicionais - e que resultará na possibilidade da cura de diversas doenças, até mesmo a recuperação de pessoas com paralisia causada por lesão medular.

 Infelizmente estas pesquisas científicas que, possivelmente, trariam o bem-estar da sociedade, acabam sendo barradas por conceitos morais duvidosos e apregoados pelos quatro cantos do planeta como divinos, ou “impostos” por Deus – isto, segundo a maioria dos líderes religiosos, ou seja, os que comandam os destinos da igreja e o seu rebanho.

 Segundo os cientistas envolvidos nesse trabalho, o êxito destas pesquisas possibilitaria a cura do mal de Azheimer, de Parkinson, diabetes, um grande passo para a cura do câncer e acabaria com as filas em busca de órgãos para transplantes; reverteriam paralisias, entre tantos outros benefícios. Claro que o embrião é vida, mas não um ser consciente ou com lampejos de consciência. 

 Acho que a igreja - de modo geral - devia se preocupar mais com os tropeços dos seus membros; com os casos de pedofilia e homossexualismo praticados por boa parte dos seus componentes; com os fetos encontrados enterrados nos conventos da Europa; com a lavagem de dinheiro nos templos pentecostais; prática de falsidade ideológica por alguns pastores evangélicos – a Igreja Universal do Reino de Deus está sendo processada por extorquir o deficiente mental, Edson Luiz de Melo em mais de R$ 50.000,00, como dízimo, lhe entregar a chave do Céu e um diploma assinado pelo próprio Jesus Cristo, etc.

 A igreja que tanto já matou, agora está preocupada em impedir que a ciência salve vidas?

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