terça-feira, 30 de maio de 2017

Estudante com doença degenerativa se torna artista plástico e expõe criações aos colegas em Salvador


Superar as limitações de uma doença degenerativa sempre foi o maior desafio do estudante Felipe Almeida Bittencourt, 3º ano, do Colégio Estadual Satélite, no bairro de Patamares, em Salvador. Após o diagnóstico de uma atrofia muscular, aos 5 anos, originada de um sarampo, o aluno encontrou nas artes visuais uma forma de se expressar e de apresentar a sua maneira de ver o mundo. No último sábado (27), ele realizou a sua segunda exposição na unidade escolar, quando compartilhou com colegas, amigos e professores o seu talento com as telas e as tintas.

 Mantendo apenas o movimento da mão direita, Felipe expressou, com a ajuda de Valdelucia Rodrigues, professora da Sala Multifuncional, o que significa a arte na sua vida. “Há quatro anos comecei a desenvolver a pintura no colégio e a vejo como minha forma de independência. Com a venda dos quadros, estou conseguindo ajudar a minha mãe financeiramente e comprar algumas coisas que desejo, como televisão e ar condicionado”, disse. Ele ainda comenta que “a arte também proporciona muito aprendizado na escola”.

 Segundo a professora Valdelucia, o envolvimento do aluno com a arte o ajuda muito, frente às suas limitações. “Ele é muito focado nesta questão artística. Às vezes, temos que conversar para que Felipe não esqueça da importância das outras matérias. Entretanto, a atividade é muito benéfica para o seu desenvolvimento”, enfatizou.

 Inclusão 

 O Colégio Estadual Satélite trabalha com a educação inclusiva, por meio da qual os estudantes com deficiência estudam e convivem com alunos sem deficiência. Para favorecer a essa inclusão, na Sala Multifuncional são realizadas atividades de suporte pedagógico voltadas para estudantes com deficiência visual, física, intelectual e auditiva.

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