As dificuldades que as mulheres vítimas de violência encontram ao solicitar socorro através do disque 190, da Polícia Militar, foi o tema da reunião realizada na terça-feira, 18, entre o Centro de Referência Maria Quitéria e a equipe do Centro Integrado de Comunicações – CICOM-PM. O encontro, que fez parte da programação da Agenda Março Mulher, aconteceu no Auditório do 1º Batalhão da Polícia Militar.
Participaram do evento o Capitão Rosuilson Cardoso, coordenador do Cicom, a titular da Delegacia da Mulher - Deam, Maria Clécia Vasconcelos de Morais Firmino Costa, a Defensora Pública, Amabel Mesquita, a juíza titular da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Ana Jamille Costa Nascimento, e a Polícia Militar.
Segundo Maria Luiza Coelho, coordenadora do CRMQ, a reunião foi bastante positiva. “Tivemos esse primeiro contato, falando e externando as dificuldades que as mulheres encontram ao discar para o número 190. Existem muitas mulheres que estão desencantadas em ligar, não acreditando mais no 190. Elas contam que o atendimento demora e quando os policiais chegavam no local, o agressor já fugiu. Há casos que a viatura nem chega no local”, relatou.
“Nosso objetivo é o fortalecimento para que diminua a quantidade e reincidência da violência”, observa. Ela disse ainda que a Polícia Militar tem papel fundamental neste aspecto. “Todas as vezes que a Polícia Militar for acionada através do disque 190, e houver resposta, os agressores vão perceber que a mulher hoje não está desamparada, pois existe uma estrutura de proteção e por conta disso as mulheres estão denunciando cada vez mais”.
Maria Luiza ressaltou que o papel do Centro de Referência é justamente articular a rede de forma democrática e participativa. “Todas essas estâncias e instituições estão dizendo sim, apoiando e entendendo que a violência contra a mulher deve ser combatida. Para isso, toda a rede precisa estar em comum união com um só objetivo. Por isso, saímos da reunião com ações que possam fortalecer cada vez mais o atendimento em rede. O diálogo foi bastante favorável e a Polícia Militar foi muito receptiva. Acredito que vamos ter muitos benefícios e retorno para estas ações”, explica. Ascom/PMFS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário