sexta-feira, 21 de março de 2014

Os cadeirantes e a Rua Marechal Deodoro


Por Alberto Peixoto

LEI FEDERAL N. 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989 dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências.

 Qualquer cidadão civilizado entende que se está na lei é para ser respeitado. Este raciocínio indiscutivelmente lógico evidencia uma contradição em Feira de Santana. Você já imaginou um cadeirante “tentando” transitar nas calçadas da Rua Marechal Deodoro? É verdadeiramente impossível, até para as pessoas que não são portadoras de necessidades especiais. Imaginem ainda, os que necessitam usar transporte coletivo.


As calçadas públicas de Feira de Santana foram invadidas por todo tipo de ambulantes, com barracas para vender lanches, CD`s e DVD`s piratas e toda espécie de “muambas”. O descaso com os cadeirantes está explícito não só nesta artéria, como em quase todas as calçadas públicas, principalmente no centro da cidade onde os feirantes privatizaram o espaço público, colocando seus tabuleiros para vender frutas, verduras entre outros produtos. E, para dificultar mais ainda, outra atitude ínfima é a dos que estacionam em vagas destinadas para os Portadores de Necessidades Especiais – PNE - e/ou em rampas de acessos para os cadeirantes, oferecendo obstáculos que impossibilitam o transito não só de cadeirantes, mas de qualquer pedestre

 “Está uma calamidade pública. Não dá para andar de cadeira de rodas nas calçadas de Feira de Santana” – protesta a cadeirante Ana Reis – “o ônibus adaptado é uma necessidade urgente” – conclui.


A falta de acessibilidade em algumas calçadas da cidade leva as pessoas e até mesmo os PNE`s, a disputar um espaço com os veículos nas diversas vias do centro da cidade. "Ainda é melhor andar pela rua, mesmo com o risco de ser atropelado. Na calçada temos que ficar tentando descobrir se do outro lado terá acessibilidade. Por que as ruas estão quase sempre melhor adaptadas para a circulação de veículos do que para pedestres? Os pedestres não deveriam ter na calçada uma condição tão boa quanto os veículos têm para circular na rua?" - questiona o cadeirante José Martins.


Com a palavra os gestores municipais, porém, sabe-se que é muito difícil imaginar uma gestão que solucione os diversos problemas que mais afligem a população.

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