quarta-feira, 31 de maio de 2017

Sema articula força-tarefa de combate ao desmatamento ilegal na Mata Atlântica


A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) inicia, na próxima terça-feira (6), em Porto Seguro, uma força-tarefa de combate ao desmatamento ilegal da Mata Atlântica, no Sul e Extremo Sul da Bahia. Na oportunidade, serão alinhadas as primeiras ações da operação planejada da Sema e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) na região, com a participação de gestores e técnicos dos órgãos ambientais, incluindo as Unidades Regionais do Sul e Extremo Sul e os setores de fiscalização.

 Também participam representantes do Ministério Público, da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa), das Delegacias de Proteção Ambiental da região e secretarias municipais de Meio Ambiente. "Esta é uma ação emergencial que será acompanhada de um planejamento estratégico que a Sema e o Inema estão definindo para o combate ao desmatamento ilegal na área. Nos próximos dias, estaremos avaliando uma solução tecnológica para o monitoramento florestal, primeiro passo para dar mais eficácia às ações de fiscalização", disse o secretário do Meio Ambiente, Geraldo Reis, durante reunião realizada com as equipes da Sema e Inema nesta quarta-feira (31).

 O secretário também alinhou encontro com a SOS Mata Atlântica. A ONG cedeu as imagens do relatório técnico do Atlas dos Remanescentes Florestais, que indicam aumento da supressão de vegetação no período 2015-2016 em municípios do Sul e Extremo Sul da Bahia. As imagens do documento passarão por análise técnica dos órgãos ambientais e podem colaborar na investigação das possíveis causas da redução de áreas de Mata Atlântica na Bahia.

 Além de possíveis supressões ilegais, uma das situações já detectadas pelos técnicos do Inema são as queimadas e incêndios florestais. Historicamente conhecida como uma região com altos índices pluviométricos, o Extremo Sul passou por forte estiagem nos últimos dois anos, o que aumentou o registro de ocorrência de queimadas, tendo esse fato representado quase 45% das denúncias remetidas ao órgão no período. Imagens disponíveis na base do Google Earth indicam a existência de uma única área de 1.390 hectares com indicativo de incêndio florestal. Medidas de restauração florestal também estão sendo planejadas para a região.

Governo garante mais R$ 70 milhões para agricultura familiar

programa safra

Por meio do Governo do Estado, estão assegurados mais R$ 70 milhões para a agricultura familiar na Bahia. Em evento realizado na União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador, na manhã desta quarta-feira (31), o governador Rui Costa assinou a adesão do Estado ao programa Garantia-Safra – que destina renda mínima para até 345 mil famílias que perderem a lavoura - e anunciou novas ações do Bahia Mais Forte, programa estadual executado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). O evento teve participação de prefeitos, secretários e outras autoridades.

 Mais da metade dos investimentos anunciados nesta quarta-feira será aplicada no programa Garantia-Safra. Serão R$ 47 milhões direcionados para o seguro, que garante renda mínima à famílias de agricultores que sejam prejudicados por falta ou excesso de chuva. Para Rui Costa, o Garantia-Safra “é importante porque significa recursos que entram nos municípios baianos para as famílias dos agricultores no caso de uma seca, como a que tivemos no último ano".

 Além de garantir recurso para aqueles que perderam sua lavoura, o Governo do Estado também está dando as condições para os agricultores familiares que podem manter sua atividade agrícola. “Apenas para citar dois exemplos, "até julho, 170 tratores agrícolas chegarão ao interior para ajudar a agricultura familiar na Bahia, e estamos comprando R$ 3 milhões em mudas de palma para alimentar os rebanhos dos produtores”, acrescentou Rui.

 Segundo o secretário da SDR, Jerônimo Rodrigues, “essas ações revelam a preocupação que o governador Rui Costa tem dado à agricultura do estado da Bahia. Nós temos uma agricultura pujante e a maior população rural no Brasil, portanto ao invés do governador ver isso com um problema, ele vê com uma possibilidade de desenvolvimento econômico”.

 O Governo também assume 50% dos valores devidos pelos municípios e pelos agricultores. Essa medida é adotada desde 2009. As inscrições para os a safra 207/2018 ainda estão abertas. Para o presidente da UPB, Eudes Ribeiro, os investimentos chegam em um momento ideal. “A Bahia e o Brasil vivem um estado lamentável de baixa arrecadação, de crise econômica e uma mídia como essa só vem aquecer a economia local, a economia dos munícipios. Vem fortalecer não só a agricultura, mas o comercio local. Em um momento de crise política e econômica é fundamental para a Bahia, principalmente para os municípios pequemos e mais pobres e sofridos do nosso estado”, disse Ribeiro.

 A família do agricultor Dido Souza aderiu ao programa e, durante a solenidade, recebeu o primeiro cartão seguro da safra 2017/2018. “Com certeza vale a pena aderir”, afirma o agricultor que veio da cidade Cansanção com a esposa e a filha para participar do evento.

 Mais ações 

 Outras ações completam o pacote de investimentos. Uma delas é a aquisição das mudas de palma forrageira, que proporciona reserva estratégica para alimentação do rebanho caprino, ovino e bovino de leite, principalmente em períodos de longas estiagens. Durante o evento, o governador Rui Costa entregou o primeiro título de terra ao agricultor José Ferreira Santana, emitido em parceria com os Consórcios Públicos. A ação faz parte do projeto Bahia Mais Forte, Terra Legal, executado pela SDR por meio da Coordenação de Desenvolvimento Agrário. O Terra Legal tem o objetivo de ampliar a regularização fundiária nos municípios. A meta é promover o programa em 60 cidades até 2018.

 Outra ação é a criação da Ronda Maria da Penha Rural, que oferece ações preventivas e integradas de enfrentamento da violência cometida contra mulheres da agricultura familiar, quilombolas e marisqueiras. A iniciativa será aplicada nos 27 Territórios de Identidade, por meio de oficinas educativas, como parceria da SDR com as secretarias da Segurança Pública (SSP), de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), de Políticas para Mulheres (SPM), da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) e de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS). O investimento é na ordem de R$ 291,6 mil.

Projeto estimula empreendedorismo de jovens negros

Projeto Afrotonizar abre inscrições para oficinas de formação e promoção do empreendedorismo para jovens negros com foco na economia criativa.

Formar e promover o empreendedorismo entre jovens negros de Salvador com idade entre 14 e 30 anos é o principal objetivo do Afrotonizar. O projeto, financiado pelo Fundo de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), vai oferecer oficinas gratuitas de economia criativa, moda, cosméticos, gastronomia e audiovisual entre os dias 3 e 29 de Julho para as comunidades de Plataforma, Uruguai, Dois de Julho e Curuzu, na Liberdade. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas através deste link.

 De acordo com a coordenadora do projeto, Naymare Azevedo, o objetivo é estimular o surgimento de espaços de representatividade para os jovens negros na capital baiana. “Vamos oferecer oficinas em diversos setores do empreendedorismo em regiões muito populosas e com uma grande parcela de população negra. A intenção é criar oportunidades para em setores da economia criativa e desenvolver neles a noção de como elaborar um projeto e desenvolver ideias que podem gerar lucro e algum tipo de valor”.

 A estilista Loo Nascimento, que vai ministrar a oficina de estamparia, acredita que o projeto abre portas e cria novas possibilidades de renda para os jovens. “Nosso conceito não será simplesmente aprender a estampar o tecido, mas produzir uma identidade afro-brasileira. Vou apresentar tecidos africanos e brasileiros, propondo a produção de uma estampa para que os alunos possam produzir suas estampas dentro dessas referências. Queremos que eles enxerguem um novo meio de produzir com as próprias mãos algo muito maior do que eles esperavam antes”, afirma.

 Para Mona Soares, esteticista responsável pela oficina de cosméticos, o projeto vai mostrar que é possível abrir um negócio com produtos de fácil acesso.“Os ingredientes utilizados nas oficinas são facilmente encontrados, muitas vezes vendidos nos próprios bairros onde os alunos vivem. Eu acho que eles vão poder amadurecer esse conhecimento rapidamente seja para vender esses produtos ou trabalhar em clinicas de estéticas e salões de beleza.”

 O Afrotonizar ficará durante uma semana em cada bairro, de 3 a 8 de julho no Curuzu, de 10 a 15 de julho, no Espaço Cultural Alagados, de 17 a 22 de Julho, no Centro Cultural Plataforma e de 24 a 29 de Julho, no Centro Cultural ‘Que Ladeira é Essa?’, na Ladeira da Preguiça, no Dois de Julho. A iniciativa conta ainda com apoio da Universidade Federal da Bahia (Ufba), do site Lista Negra e organizações dos territórios onde as oficinas serão realizadas, como o bloco afro Ilê Ayiê, o Centro Cultural ‘Que Ladeira é Essa?’ a Rede de Protagonistas de Itapagipe (Reprotai) e o Movimento de Cultura Popular do Subúrbio (MCPS).

Expo Guanambi recebe curso de piscicultura e doação de alevinos

Os piscicultores de Guanambi, no sudoeste baiano, serão contemplados com uma série de atividades desenvolvidas pela Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura do Estado (Seagri), durante a Exposição Agropecuária de Guanambi. As ações acontecem durante todo o decorrer da exposição, de quinta (1º) a domingo (4), incluindo palestra sobre sistema bioflocos, distribuição de 85 mil alevinos de tambaqui e exposições de projetos.

 O ponto alto das ações é no sábado (3), às 10h, quando a empresa realiza a distribuição de 85 mil alevinos de tambaquis para famílias pré-selecionadas. “Nossa equipe faz o acompanhamento técnico de todas as etapas, desde a seleção das aguadas para recebimento dos alevinos, a escolha do melhor tipo de ração, o acompanhamento durante a fase de engorda até a retirada do peixe para consumo e venda”, explica o gerente de operações da Bahia Pesca, Antônio Laborda. A entrega acontece no Parque de Exposições.

 Ainda no sábado (3), às 14h, acontece uma palestra sobre sistema bioflocos. O método de produção permite que os produtores baianos – especialmente aqueles localizados no semiárido – possam ter 'fazendas' de peixes mesmo em locais com baixo suprimento de água. O sistema permite que o produtor passe até seis meses sem precisar renovar a água de seus tanques. As inscrições para o curso podem ser feitas no estande da Seagri montado no evento. O espaço estará aberto entre quinta (1º) e domingo (4), das 10h às 22h.

Questão ambiental é destaque no desenvolvimento do agronegócio

Presente na abertura do Bahia Farm Show, maior feira de tecnologia agrícola do Nordeste, em Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, o secretário do Meio Ambiente do Estado, Geraldo Reis, destacou a questão ambiental como um agregador importante para o desenvolvimento do agronegócio, representando uma vantagem competitiva no ramo. Na programação do evento, o secretário também participou do Fórum de Debate, na terça-feira (30), juntamente com representantes do agronegócio e pesquisadores, onde foram discutidos questões sobre o potencial hídrico da região.

 “O Governo tem a preocupação estratégica de promover o desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade para a região do oeste da Bahia. Há um cuidado de que os ativos naturais, como a água, sejam utilizados adequadamente, de acordo com a legislação. Por isso, o estudo sobre a capacidade hídrica do Aquífero Urucuia, por iniciativa da Associação de Produtores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em convênio de cooperação técnica com a Sema, Inema e universidades, a fim de quantificar a disponibilidade de água para uso agropecuário, será importante para uma decisão consistente a respeito da possibilidade de ampliação da irrigação na região”, disse Geraldo Reis.

 Para o titular da pasta, tanto a SEMA como o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), vem trabalhando na implementação de políticas que impactem positivamente nas conservações de nossas reservas de águas subterrâneas.

 De acordo com a diretora geral do Inema, Márcia Telles, o Aquífero Urucuia tem a responsabilidade de manter perene, nos períodos de estiagem, os rios do Oeste da Bahia, região com maior demanda de água, principalmente para a agroindústria. “Existe uma preocupação com a preservação e o uso sustentável desse aquífero, que é a maior reserva de água subterrânea do estado. Com novos dados e o compartilhamento de estudos, será possível, por exemplo, definir as áreas que devem ser protegidas e o volume de água que pode ser retirado”, explicou.

 A Secretaria do Meio Ambiente disponibilizou na Bahia Farm Show, que acontece até sexta-feira (02), um stand de atendimento ao público do Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir). Os produtores podem tirar dúvidas relativas ao cadastramento de suas propriedades e realizar o cadastro de suas terras.

Copom reduz juros básicos da economia para 10,25%, menor nível em três anos

Pela sexta vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu hoje (31) a taxa Selic em 1 ponto percentual, de 11,25% ao ano para 10,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

 Com a redução de hoje, a Selic chega ao menor nível desde janeiro de 2014, quando estava em 10% ao ano. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história, e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia.

 Em comunicado, o Copom destacou que a inflação continua em queda e que o cenário internacional segue favorável para o Brasil. O Banco Central, no entanto, informou que o aumento das incertezas em relação ao clima político e ao andamento das reformas pode levar à redução do ritmo de corte da taxa Selic nas próximas reuniões.

 “O Copom ressalta que a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá, dentre outros fatores, das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira. O comitê entende que o aumento recente da incerteza associada à evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira dificulta a queda mais célere das estimativas da taxa de juros estrutural e as torna mais incertas. Essas estimativas continuarão a ser reavaliadas pelo comitê ao longo do tempo”, informou o colegiado em nota.

 A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 0,14% em abril, no menor nível da história registrado para o mês.

 Nos 12 meses terminados em abril, o IPCA acumula 4,08%, a menor taxa em 12 meses desde julho de 2007. Até o ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecia meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Para este ano, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto percentual. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano.

 Inflação 

 No Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerrará 2017 em 4%. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,95%.

 Até agosto do ano passado, o impacto de preços administrados, como a elevação de tarifas públicas, e o de alimentos, como feijão e leite, contribuiu para a manutenção dos índices de preços em níveis altos. De lá para cá, no entanto, a inflação começou a desacelerar por causa da recessão econômica e da queda do dólar.

 A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores impulsionam a produção e o consumo num cenário de baixa atividade econômica. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de apenas 0,41% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2017. No último Relatório de Inflação, o BC reduziu a estimativa de expansão da economia para 0,5% este ano.

 A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.
Fonte: Agência Brasil

Chuva: governo federal reconhece emergência em cidades de Alagoas e Pernambuco

Pernambuco registra 23 cidades afetadas pelas chuvas. O governador Paulo Câmara sobrevoou hoje as regiões atingidas

O Diário Oficial da União traz publicadas, na edição de hoje (31), portarias do Ministério da Integração Nacional em que reconhece a situação de emergência em municípios de Alagoas e de Pernambuco devido aos danos causados pela chuva.

 Estão na lista da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Social as cidades pernambucanas de Água Preta, Amaraji, Barra de Guabiraba, Barreiros, Belém de Maria, Caruaru, Catende, Cortês, Gameleira, Ipojuca, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Jurema, Lagoa dos Gatos, Maraial, Palmares, Primavera, Quipapá, Ribeirão, Rio Formoso, São Benedito do Sul, Sirinhaém, Tamandaré e Xexéu.

 Em Alagoas, fazem parte da portaria os municípios de Atalaia, Barra de Santo Antônio, Cajueiro, Capela, Chã Preta, Colônia Leopoldina, Coruripe, Coqueiro Seco, Igreja Nova, Japaratinga, Joaquim Gomes, Murici, Paulo Jacinto, Paripueira, Pilar, Quebrangulo, Rio Largo, Satuba, São Luiz do Quitunde, São Miguel dos Campos, Santa Luzia do Norte, Jacuípe, Jundiá, Viçosa e União dos Palmares.

 Recursos 

 O reconhecimento do estado de emergência foi pauta do encontro ontem (30), em Brasília, entre os governadores de Alagoas, Renan Filho, e de Pernambuco, Paulo Câmara, com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho.

 O aporte financeiro poderá ser liberado ainda esta semana, de acordo com o ministério. Cerca de R$ 30 milhões devem ser destinados às cidades afetadas como parte do apoio federal.

 Entre as ações previstas estão recursos para a instalação de hospitais de campanha do Exército, aquisição de kits de ajuda humanitária, auxílio às famílias desabrigadas, contratação de maquinários para limpeza das vias públicas e ações de recuperação de danos nas regiões mais afetadas pelas fortes chuvas.

 O grande volume de chuva que atingiu Pernambuco no fim de semana causou enchentes e transtornos em mais de 20 municípios e afetou também o sistema de abastecimento de água do estado. Na capital alagoana, Maceió, a forte chuva provocou mortes por soterramento e deixou centenas de pessoas desalojadas.
Fonte: Agência Brasil

Sistema informatizado do Fies volta a funcionar nesta quinta-feira

Devido a problemas técnicos, o Sistema Informatizado do Fundo de Financiamento Estudantil (SisFies), que está fora do ar, voltará a funcionar amanhã (1º), às 18h, segundo o Ministério da Educação (MEC) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O prazo para a renovação de contratos, que terminaria hoje (31) foi adiado para o dia 16 de junho.

 Em nota, o MEC diz que o Fies conta com um sistema complexo, que envolve cerca de 30 subsistemas, sendo o de aditamento um deles e que os estudantes não serão prejudicados.

 A pasta informa ainda que iniciou um processo de desenvolvimento de um novo sistema para o Fies: "a previsão é de que esteja pronto para entrar em funcionamento até o fim de 2018. O novo sistema será integrado e otimizado, melhorando a qualidade dos processos e das informações".

 Os contratos do Fies devem ser renovados a cada semestre. O pedido de aditamento é feito inicialmente pelas faculdades e, em seguida, os estudantes devem validar as informações inseridas pelas instituições no SisFies. Cerca de 1,28 milhão de estudantes devem realizar o aditamento neste semestre. Até a manhã desta quarta-feira, 1,05 milhão haviam sido renovados.

 No caso de aditamento não simplificado, quando há alteração nas cláusulas do contrato, como mudança de fiador, por exemplo, o estudante precisa levar a documentação comprobatória ao agente financeiro, que são o Banco do Brasil ou a Caixa, para finalizar a renovação. Já nos aditamentos simplificados, a renovação é formalizada a partir da validação do estudante no sistema.
Fonte; Agência Brasil

Tabagismo custa R$ 56,9 bilhões por ano ao Brasil

 morte, doença e política de preços e impostos

O Brasil tem prejuízo anual de R$ 56,9 bilhões com o tabagismo. Desse total, R$ 39,4 bilhões são gastos com despesas médicas e R$ 17,5 bilhões com custos indiretos ligados à perda de produtividade, causada por incapacitação de trabalhadores ou morte prematura.

 A arrecadação de impostos com a venda de cigarros no país é de R$ 12,9 bilhões, o que gera saldo negativo de R$ 44 bilhões por ano, revela o estudo Tabagismo no Brasil: Morte, Doença e Política de Preços e Esforços, feito com base em dados de 2015. O trabalho foi apresentado hoje (31), Dia Mundial sem Tabaco, pelo Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), em evento no Rio de Janeiro.

 A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é a enfermidade relacionada ao tabagismo que mais gerou gastos aos sistemas público e privado de saúde em 2015, com R$ 16 bilhões. Doenças cardíacas vêm em segundo lugar, com custo de R$ 10,3 bilhões. Também entraram no levantamento o tabagismo passivo; cânceres diversos, entre os quais o de pulmão; acidente vascular cerebral (AVC) e pneumonia.

 Em 2015, morreram no país 256.216 pessoas por causas relacionadas ao tabaco, o que representa 12,6% dos óbitos de pessoas com mais de 35 anos. O estudo informa ainda que, desse total, 35 mil foram vítimas de doenças cardíacas e 31 mil de DPOC. O câncer de pulmão é o quarto motivo de morte relacionado ao tabagismo, com 23.762 casos. O fumo passivo foi a causa de morte de 17.972 pessoas.

 A diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho, destaca que o tabagismo é a principal causa de mortes evitáveis no mundo. “O Brasil é um dos pioneiros nessas políticas e os números mostram uma relação direta entre o controle do tabagismo e a redução da prevalência de determinados tipos de câncer, relacionados a esse hábito. São doenças absolutamente evitáveis, é um problema mundial, mas a conscientização acerca dos males relacionados ao tabagismo só vem aumentando, e os governos precisam adotar políticas de Estado, de nação, para efetivamente buscar essas estratégias de redução do uso do tabaco.”

 Novas medidas 

 O estudo fez uma simulação para os próximos 10 anos com a elevação de 50% no preço dos cigarros. Essa medida evitaria mais de 130 mil mortes, 500 mil infartos, 100 mil AVCs e quase 65 mil casos de câncer, além de ganhos econômicos de R$ 97,9 bilhões com o aumento da arrecadação tributária e a diminuição dos gastos com a saúde e da perda de produtividade.

 Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que participou do evento por videoconferência, essa é uma das medidas em discussão no governo. “Há uma proposta do aumento de 50% no preço dos cigarros, que implicaria em redução do consumo. Mas, se houver muito contrabando, não teremos o efeito que queremos com o aumento do preço e perderemos o controle da qualidade. Os cigarros contrabandeados representam mais da metade do consumo no Brasil e, evidentemente, não esão sob controle da nossa vigilância sanitária”.

 O ministro disse que outra medida é proibir os aditivos de sabores ao cigarro, pois, segundo ele, esse é um subterfúgio para atrair adolescentes para o consumo de tabaco. “Foi uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa] para proibir os aditivos de sabor ao cigarro. Foi judicializado pela indústria do tabaco e está sob julgamento no Supremo Tribunal Federal, sob relatoria da ministra Rosa Weber. Está com pedido de vista. Temos feito visitas, já fui pessoalmente, e temos insistido com a Advocacia-Geral da União para agilizar isso.”

 Vigitel

 Também foram apresentados hoje os dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2016) relacionadas ao tabagismo. De 2006 a 2016, a prevalência de fumantes na população caiu de 15,7% para 10,2%. Homens fumam mais do que mulheres em todas as faixas de escolaridade, indo de 17,5% para homens e 11,5% para mulheres com até oito anos de estudo e caindo para 9,1% dos homens e 5,1% das mulheres com mais de 12 anos de estudo.

 Por faixa etária, a prevalência é 7,4% entre jovens com menos de 25 anos e 7,7% entre idosos com mais de 65. A faixa com mais fumantes, 13,5%, é a de adultos entre 55 e 64 anos. Entre as capitais, Curitiba tem a maior proporção de fumantes (14%), seguida de Porto Alegre (13,6%) e São Paulo (13,2%). A menor prevalência é em Salvador, com 5,1% de fumantes.

 A professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e assessora técnica do Ministério da Saúde, médica Fátima Marinho, que apresentou os dados do Vigitel, explica que o Brasil tem três marcos que contribuíram para a redução do tabagismo: a proibição da propaganda e da glamurização do fumo em 2000, a proibição de fumar em ambientes fechados em 2005 e o aumento do imposto sobre cigarro de 2011 a 2016, aliado à obrigação das imagens de advertência nos maços (2008) e oferta do tratamento para deixar de fumar pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para Fátima, agora, é preciso uma nova política para seguir reduzindo o consumo.

 “Com o avanço na política, o consumo começa a se reduzir. Depois, começa a estabilizar. e é necessária uma nova medida. O Brasil era um dos países com o menor preço de cigarro no mundo, e quando mexe no bolso consegue convencer as pessoas a fumar menos. Então, em 2011, começa essa nova fase com o preço mínimo. A partir de agora, precisa-se de uma nova política, como as que o ministro anunciou”, acrescentou a médica.

 Segundo a secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, Tânia Cavalcante, o Brasil é exemplo mundial de combate ao tabagismo, implementando as medidas do tratado. Para Tânia, uma ação que precisa avançar é a de oferecer alternativas aos produtores de tabaco do país.

 “Somos o segundo maior produtor, o mais exportador, e temos 150 mil famílias presas nessa cadeia produtiva, dependentes economicamente [do tabaco]. O que arrecadamos com o cigarro corresponde a 23% do que gastamos em saúde. Isso é um estudo que ainda subestima o custo, porque não avaliamos o impacto ambiental que essa produção causa, a contaminação por agrotóxico, a saúde do trabalhador, que também adoece pelas doenças relacionadas ao tabaco, a poluição das águas, o desmatamento, já que é uma das culturas que mais desmatam. Sem contar o custo intangível, que é o sofrimento das famílias e do indivíduo que contrai as doenças e da morte prematura.”

 A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a campanha Tabaco: uma ameaça ao desenvolvimento, para discutir os impactos socioambientais em todo o planeta gerados pela produção e consumo de produtos derivados do tabaco. Segundo a OMS, o consumo do tabaco mata mais de 7 milhões de pessoas todos os anos, sendo responsável por cerca de 16% de todas as mortes provocadas por doenças crônicas não transmissíveis. O custo aos lares e aos governos passa de US$ 1,4 trilhão em despesas com saúde e com a perda de produtividade.
Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 30 de maio de 2017

Combate ao Aedes chega a escolas estaduais de Camaçari


A campanha estadual de combate ao mosquito Aedes aegypti chega aos colégios de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A caravana com caminhões está levando o cinema ao ar livre, os óculos de realidade virtual e outras atividades, nesta terça-feira (30), aos estudantes do Colégio Estadual José de Freitas Mascarenhas. Nesta quinta (1º), os equipamentos estarão no Colégio Estadual Polivalente de Camaçari.

 Na atividade, os estudantes também têm a oportunidade de interagir com o vídeo 360°, mini gincana e mini cinema. Também podem ainda aprender sobre ciclo de vida do mosquito com o auxílio de microscópios e dos vídeos educativos. Ação está sendo desenvolvida pelas secretarias estaduais da Saúde (Sesab), Educação e Comunicação (Secom) e utiliza a interatividade de um vídeo 360°, além de uma comunicação via redes sociais, como o Instagram, Facebook e Youtube, para ampliar o alcance e engajar os públicos diversos.

Feira de tecnologia agrícola atrai mais de 60 mil visitantes ao Oeste baiano

Desta terça-feira (30) até sábado (6), o município de Luís Eduardo Magalhães, a 943 quilômetros de Salvador, sedia a Bahia Farm Show. Considerada a maior feira de tecnologia agrícola e de negócios do Norte e Nordeste, o evento se consolida, ano a ano, no cenário nacional, como um dos principais vetores de incremento da economia.

 Segundo os organizadores, mais de 60 mil visitantes serão atraídos pelas novidades tecnológicas apresentadas pelos cerca de 200 expositores, o que impulsiona as vendas do agronegócio e das pequenas e médias empresas da região, além de movimentar os setores de hotelaria, alimentação e transporte. A expectativa de fomento no setor de turismo reflete-se em números. Nos hotéis e pousadas da cidade, a perspectiva de ocupação varia entre 80% e 100%, segundo a Associação Comercial e Empresarial de Luís Eduardo.

 O presidente da Acelem, Jother Lopes Arcanjo, garante que a Bahia Farm Show gera emprego e renda para a cidade ao movimentar toda uma rede de fornecedores que oferecem suporte à organização, expositores e visitantes.

Mão de obra baiana é principal diferencial na atração de investimentos para o estado

"Não tenho dúvida em afirmar que hoje a Bahia é a melhor opção de investimento no país, onde é promovido um excelente ambiente de negócios para o investidor", afirmou Jaques Wagner, secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE), durante a reunião ordinária do Conselho Estadual Tripartite e Partidário de Trabalho e Renda que aconteceu nesta terça-feira (30) na Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte.

 Wagner chamou atenção especial para mão de obra baiana, que além de qualificada e eficiente, é comprometida com altos níveis de produtividade. "Aqui temos o Senai Cimatec, um lugar onde o empresário pode capacitar sua mão de obra de acordo com sua demanda e isso conta muito na hora da atração", afirma o secretário.

 A infraestrutura que será construída em Camaçari vai abrigar plantas piloto de grande porte, capazes de atender segmentos como o de energias renováveis, além de aviação, automotivo e fármacos. O projeto vai atender a serviços que precisam de espaço e galpões industriais para se desenvolver, o que não seria possível na unidade de Salvador.

 Apesar da crise, a SDE continua firme no seu trabalho de atração. Entre janeiro e maio deste ano, foram assinados 43 protocolos de intenção com a estimativa de investimentos de R$ 1,6 bilhões e geração de 5.371 empregos. "O Estado gera crescimento sem abrir mão do desenvolvimento social e elevação da qualidade de vida da sua gente", finaliza.

Detran inicia recadastramento de veículos com placas de final 7

O recadastramento obrigatório dos veículos registrados em Salvador, com placas de final 7, no sistema do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA), começa nesta quinta-feira (1º). O procedimento é gratuito e deve ser feito pelo site do órgão. Com a atualização das informações, o Detran espera dar mais celeridade à entrega de documentos pelos Correios e evitar a ação de fraudadores.

 O cidadão precisa preencher o formulário no site, usando como palavra-chave o Código de Endereçamento Postal (CEP). Caso o número não seja reconhecido, ele terá que se dirigir à Central de Atendimento do Detran, na Avenida ACM, ou nas unidades do órgão nos SACs dos shoppings Bela Vista e Paralela, portando documento de identificação e comprovante de residência. No local, as informações da pessoa serão cruzadas com os dados do órgão para a confirmação do procedimento.

 O Detran alerta para a importância de fazer o recadastramento e evitar transtornos, como não receber o documento do veículo e pagar multa. Os retardatários com placas de final 1, 2, 3, 4, 5 e 6 ainda podem atualizar os dados.

Estudante com doença degenerativa se torna artista plástico e expõe criações aos colegas em Salvador


Superar as limitações de uma doença degenerativa sempre foi o maior desafio do estudante Felipe Almeida Bittencourt, 3º ano, do Colégio Estadual Satélite, no bairro de Patamares, em Salvador. Após o diagnóstico de uma atrofia muscular, aos 5 anos, originada de um sarampo, o aluno encontrou nas artes visuais uma forma de se expressar e de apresentar a sua maneira de ver o mundo. No último sábado (27), ele realizou a sua segunda exposição na unidade escolar, quando compartilhou com colegas, amigos e professores o seu talento com as telas e as tintas.

 Mantendo apenas o movimento da mão direita, Felipe expressou, com a ajuda de Valdelucia Rodrigues, professora da Sala Multifuncional, o que significa a arte na sua vida. “Há quatro anos comecei a desenvolver a pintura no colégio e a vejo como minha forma de independência. Com a venda dos quadros, estou conseguindo ajudar a minha mãe financeiramente e comprar algumas coisas que desejo, como televisão e ar condicionado”, disse. Ele ainda comenta que “a arte também proporciona muito aprendizado na escola”.

 Segundo a professora Valdelucia, o envolvimento do aluno com a arte o ajuda muito, frente às suas limitações. “Ele é muito focado nesta questão artística. Às vezes, temos que conversar para que Felipe não esqueça da importância das outras matérias. Entretanto, a atividade é muito benéfica para o seu desenvolvimento”, enfatizou.

 Inclusão 

 O Colégio Estadual Satélite trabalha com a educação inclusiva, por meio da qual os estudantes com deficiência estudam e convivem com alunos sem deficiência. Para favorecer a essa inclusão, na Sala Multifuncional são realizadas atividades de suporte pedagógico voltadas para estudantes com deficiência visual, física, intelectual e auditiva.

Teste para diagnóstico precoce da hanseníase deve ficar pronto em 2 anos

Dentro de dois anos, o Brasil pode ter disponível, na rede pública de saúde, o teste molecular para diagnóstico precoce da hanseníase, doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae. O protótipo, desenvolvido pelo laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz, da Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), com apoio do laboratório Carlos Chagas, da Fiocruz no Paraná, já está em fase de validação e registro.

 Segundo o chefe do laboratório, Milton Moraes, a ideia é colocar o produto disponível em laboratórios de referência em todo o país. “Nos últimos 10 anos, o Laboratório de Hanseníase da Fiocruz tem investido em um exame para diagnóstico baseado na detecção da micobactéria que causa a doença. Estes projetos hoje estão desenvolvidos em um ponto que já podemos oferecer ao paciente – em um centro de referência como o nosso – o diagnóstico preciso para que ele possa ser tratado adequadamente”.

 O objetivo é fazer o diagnóstico precoce e interromper a transmissão da doença, que ainda afeta 25 mil pacientes por ano no Brasil. Moraes afirmou que o teste atual, sorológico, é menos sensível para detectar a doença quando o paciente tem poucos bacilos. “O teste molecular é feito com a biópsia de pele ou o raspado dérmico do lóbulo auricular. Coloca-se em um tubo, recupera-se o DNA do material e ele é testado para o DNA da micobactéria. Pode ser uma lesão precoce, ainda sem a deformidade, que é um dos problemas maiores da doença quando ocorre o diagnóstico tardio”.

 Seminário

 Milton Moraes foi um dos participantes do seminário Estratégias para Detectar e Interromper a Transmissão Global da Hanseníase, promovido pela Fundação Novartis, que ocorre hoje (30) e amanhã na Fiocruz. O evento debate com especialistas internacionais as inovações e os casos de sucesso na área.

 A diretora da Fundação Novartis, Ann Arts, mostrou a estratégia de levar o serviço para fora da rede de saúde. No Brasil, o trabalho é feito com a Carreta da Saúde, que percorre o país desde 2011fazendo diagnósticos da hanseníase nos municípios e já atendeu mais de 20 mil pessoas, encontrando 2 mil pacientes com a doença.

 “Temos que levar os serviços para fora da rede de saúde, as pessoas não podem esperar horas para medir a pressão ou conseguir uma prescrição. O Brasil tem um dos melhores sistemas de informações em saúde do mundo, com o mapeamento das doenças, então podemos dirigir os cuidados específicos para cada área. O diagnóstico móvel funciona no seu país!”

 Ann destacou que, apesar do número de novos casos ter diminuído muito, desde o ano 2000, ainda são registrados mais de 200 mil novos casos por ano no mundo.

 A coordenadora-geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde, Carmelita Filha, afirmou que o Brasil ainda precisa avançar muito para combater a doença, sendo atualmente o segundo país em número de casos, atrás apenas da Índia. Ela disse que a estratégia do governo segue as metas e metodologia de trabalho da Organização Mundial de Saúde (OMS), de reduzir a zero o número de crianças e menores de 15 anos diagnosticadas já com alguma incapacidade física.

 “Hoje temos [uma média anual de] 52 crianças que, quando recebem o diagnóstico de hanseníase têm incapacidade física, que é carro-chefe para o preconceito, mesmo sabendo que a hanseníase tem cura, tem tratamento. Então, nosso foco são as crianças, mas temos a meta também de reduzir a incapacidade física na população em geral. Por ano, de 25 mil casos em 2016, 7,5% são pessoas que tem uma incapacidade física. Se não tratar, vai ser uma limitação para essas pessoas para o resto da vida”.

 Diagnóstico e tratamento

 O tratamento da hanseníase é feito na rede de atenção primária de saúde e está disponível em todos os municípios do Brasil, segundo o Ministério da Saúde. A recomendação é que os familiares e pessoas que tiveram contato frequente com o paciente nos últimos cinco anos façam o exame de contato, pois são as que têm mais possibilidade de contrair a doença. No Brasil, a concentração de casos está na Região Norte, parte do Nordeste e do Centro Oeste, nas áreas centrais do país.

 De acordo com o coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Mohan), Artur Custódio, o Brasil está muito atrasado na eliminação da doença.

 “O Brasil é o primeiro lugar em índice de hanseníase, a Índia é o primeiro em número absoluto, mas tem a população muito maior [cerca de 1,2 bilhão de habitantes]. Somos o único país que não atingiu a meta da OMS, que é de um caso para cada 2 mil habitantes. O mundo todo está propondo a erradicação, que é chegar a zero, o Brasil ainda está lutando pela eliminação, que é chegar num índice aceitável de 1 a cada 10 mil. Esse é o desafio.”

 Os principais sintomas iniciais da hanseníase são dormência, manchas esbranquiçadas com perda de sensibilidade e nódulos avermelhados. O Mohan oferece um serviço telefônico para tirar dúvidas sobre a doença, o Tele-Hansen, pelo número 0800 026 2001.
Fonte: Agência Brasil

Aneel deverá revisar metodologia de bandeiras tarifárias no ano que vem

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deverá revisar no ano que vem a metodologia que define o acionamento das bandeiras tarifárias, para evitar mudanças bruscas de um mês para o outro. Segundo o diretor-geral da Aneel Romeu Rufino, a agência tem preocupação de não causar confusão na cabeça do consumidor.

 “É uma questão que nos causa um pouco de incômodo a bandeira ter esse grau de oscilação, de volatilidade que está tendo. A bandeira é um instrumento relativamente novo, a cada ano a gente revisita a metodologia e já está no nosso radar, olhando para a frente, para o ano que vem, reavaliar essa metodologia que define o valor da bandeira”, disse.

 Na semana passada, a Aneel definiu que a bandeira tarifária para o mês de junho será verde, sem cobrança extra para os consumidores. Desde abril, a bandeira acionada era a vermelha patamar 1, o que representa um acréscimo de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

 Rufino explicou que o sistema atual que define qual bandeira deve ser acionada em cada mês é muito sensível ao volume de chuvas registrados em algumas regiões nas semanas anteriores à definição da bandeira, sem levar em conta o nível de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas. A cor da bandeira (verde, amarela ou vermelha) depende do custo de operação das termelétricas que são acionadas para garantir o suprimento de energia.

 O diretor não quis fazer novas previsões para as bandeiras neste ano. “Não temos um convênio muito fiel com São Pedro, às vezes ele nos surpreende. Nesse caso, positivamente”, disse. Recentemente, Rufino havia previsto que a bandeira vermelha continuaria acionada até o fim do ano.
Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 29 de maio de 2017

PM realiza Casamento Coletivo de 47 casais da corporação

Casamento Coletivo

Nesta edição do Casamento Coletivo, ação que realiza pela quinta vez, a Polícia Militar da Bahia (PMBA), por meio do Departamento de Promoção Social (DPS), oficializou a união de 47 casais da Corporação em uma cerimônia inter-religiosa na Casa Pia dos Órfãos de São Joaquim, em Água de Meninos, na capital baiana.

 A cerimônia aconteceu no domingo (28), teve a trilha sonora entoada por policiais militares, que também são músicos, e a presença do comandante- geral da PMBA, coronel Anselmo Brandão, do diretor do DPS, coronel Jorge Inácio Diniz, de representantes do Judiciário, de membros das Capelanias Evangélica e do Núcleo de Religiões de Matrizes Africanas (Nafro), que ministraram a bênção matrimonial aos casais.

 Para o policial militar Roberto Lebre e sua esposa Marcela Vieira, a iniciativa trouxe muita alegria. “É muito bom ter o apoio da PM para a realização de um grande sonho, ainda mais em tempo de crise. Estou muito feliz e realizado”, afirmou o noivo. Também demonstrava satisfação, o casal de policiais Reinaldo Brito e Adriana Luzia. Eles se conheceram durante um serviço. “Estávamos trabalhando e surgiu o interesse mútuo. E hoje, com 11 anos de relacionamentos, a PM que proporcionou o nosso namoro, agora está oficializando nossa união”, disse Brito.

 Para o coronel Anselmo Brandão, a valorização da família é um dos principais objetivos do Casamento Coletivo. “Essa celebração demonstra a importância da família, uma união que é abençoada por Deus. Acima dos valores materiais estão os valores espirituais e familiares. Sejam felizes, se amem e amem seus filhos, pois a sociedade está carente desse amor familiar”, enfatizou durante a cerimônia.

Lacen contará com laboratório NB3, que detecta agentes de alto risco de contaminação

Em 2018, o Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Muniz (Lacen), unidade da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), vai contar com uma unidade de Nível de Biossegurança 3 (NB3), que consiste numa área especial instalada e equipada para o desenvolvimento e execução de estudos relacionados ao diagnóstico e à detecção de agentes de alto risco de contaminação para humanos.

 Mais de R$ 4 milhões serão investidos pelo Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), na construção e aparelhagem do laboratório NB3. O início das obras está previsto para o segundo semestre deste ano. Hoje, a rede dos 27 laboratórios centrais do país, vinculados ao SUS, conta com apenas cinco unidades de NB3, localizados em São Paulo, Distrito Federal, Ceará, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

 Esta instalação representará o fortalecimento da vigilância epidemiológica nos âmbitos estadual e nacional, considerando que o Lacen está classificado como um dos cinco maiores laboratórios centrais do país, em especial para doenças de transmissão aérea, provocadas por vírus, bactérias e fungos que pertencem à Classe de Risco III, tais como os vírus que provocam a hantavirose ou as bactérias do Antraz ou da tuberculose, ou que, por exigência metodológica, exigem o aumento da concentração desses agentes biológicos, como isolamento dos flavivirus causadores da dengue, zika ou febre amarela.

Cortejo Cultural abre programação do São João em Cruz das Almas nesta quinta-feira

Forró pé de Serra, comidas típicas e muita animação, tudo o que uma boa festa de São João tem direito. Na próxima quinta-feira (1), a cidade de Cruz das Almas, no interior da Bahia, dará o pontapé inicial em sua programação junina. Um grande cortejo formado por manifestações culturais como Terno de Reis, Marujada, quadrilhas e trios nordestinos irá percorrer as principais ruas do município, anunciando a chegada do mês de junho e das festas típicas.

 O dia começa com a tradicional queima de fogos conhecida como ‘Alvorada’ na Rua Rio Branco. A concentração para o desfile tem início às 8 horas na Praça dos Artificies, com um café da manhã. De lá saem fanfarras e manifestações culturais como a Marujada de Saubara e Zambiapunga, com um conjunto do município de Nilo Peçanha. Ao todo, 16 grupos vão compor a apresentação. A caminhada termina na Praça Senador Temistocles, aonde os artistas vão se reunir numa grande festa com o público.

 O evento abre as comemorações do São João na cidade baiana, que entre os dias 22 e 25 de Junho irá receber diversas atrações. De acordo com o prefeito Orlando, Cruz das Almas está se preparando para fazer uma volta às tradições da festa junina. “É uma época do ano diferenciada. É a maior festa popular do estado. Não vamos deixar que ela perca a essência. Vamos celebrar nossa cultura e fazer um forte trabalho de valorização às manifestações mais genuínas de nossa gente e de nossa terra para a população local e os milhares de turistas que vão curtir com a gente”, afirma.

 Com uma programação voltada para bandas de forró e ritmos nordestinos, a expectativa é que a cidade receba em torno de 360 mil pessoas nos quatro dias de festa. Manifestações folclóricas, grupos culturais e atrações musicais como Flavio José, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Targino Gondim, Zelito Miranda, Lucy Alves, Adelmário Coelho, Carlos Pita, Sarapatel com Pimenta, Acarajé com Camarão, Santana, O Cantador, entre outros, farão a festa das pessoas nas praças Sumaúma, Multiuso e do Coreto.

Flica anuncia novo curador para a edição 2017

A 7ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira já tem seu curador. O escritor e jornalista Tom Correia assume este ano a função que foi ocupada em 2016 por Emmanuel Mirdad, um dos idealizadores e coordenador geral da Flica. Autor de quatro livros individuais de contos e com participação em várias coletâneas, Tom iniciou sua trajetória ao vencer o Prêmio Braskem de Literatura com “Memorial dos medíocres”.

 Com inúmeros trabalhos em jornalismo literário, a exemplo da grande reportagem “Vidas suspensas”, sobre pessoas desaparecidas em Salvador, a sua relação com a Flica surgiu desde a 1ª edição. Em 2013, ele foi um dos autores convidados e, no ano seguinte, foi mediador da mesa com a escritora baiana Mariana Paiva e o português Gonçalo M. Tavares. “Ter feito parte da festa como público, autor convidado e mediador, além de grande aprendizado me proporcionou uma visão mais ampla da dinâmica da festa. Acredito que isso pode ser um fator importante no momento de compor as mesas desta edição”, afirmou.

 Além da atuação em Literatura, Tom desenvolve atividades paralelas em Fotografia. No início deste ano, ele morou durante dois meses em Lisboa para dar início a “Breve cartografia do silêncio”, projeto de residência fotográfica selecionado por edital de mobilidade artística. Atualmente ele pertence ao conselho diretor do Instituto Sacatar, onde também fez parte de um programa de residência literária. Esta não será a primeira experiência de Tom na função. No final de 2013, ele foi um dos responsáveis pela curadoria do “Jorge +100: a Bahia de Jorge Amado nos dias de hoje”, evento literário que reuniu autores nacionais e locais para debater a literatura contemporânea em Salvador.

 Consolidada como um dos maiores eventos literários do país, a Flica tem o patrocínio do Governado do Estado da Bahia, que, desde 2015, vem ampliando sua atuação na festa, com a participação articulada de diferentes secretarias e órgãos para o desenvolvimento de ações relacionadas às áreas de educação, cultura e turismo. A maior parte da programação acontece no Espaço Educar para Transformar, localizado em frente à Câmara Municipal de Cachoeira. Lá, o público pode participar de diferentes atividades, a exemplo de lançamento de livros, exposições, apresentações artísticas, contação de histórias e saraus.

 Fliquinha

 Já a Fliquinha, a programação infantil de sucesso da Flica, permanece pelo 5º ano consecutivo com a curadoria de Lília Gramacho e Mira Silva, jornalista, psicóloga, analista em formação pelo Instituto de Psicologia Analitica da Bahia, Pós-Graduada em Comunicação de Marketing, pela ESPM-SP e em Roteiro para cinema e televisão. Atuou por mais de 10 anos no mercado publicitário, e como roteirista para vídeos empresariais e publicitários. Atuou como Gerente de Produção e Criação de programas televisivos, tendo realizados projetos para canais de televisão como GNT Portugal, Multishow, Globo Internacional, Futura, e da Rede Bahia de Televisão. Integrou a equipe que implantou a grade de programação da TV Salvador, tendo realizado programas como Na Carona, Em Off, Rutz, Noite à Dentro, Salvador Cultura e Arte, além do Programa Mosaico e Aprovado da Rede Bahia de Televisão. Atualmente, exerce a função de Gerente de Marketing Corporativo da Rede Bahia. É autora dos livros infanto-juvenis Camila e o Espelho – Ed. Aeroplano; O Filho do Meio, editora Formato – selecionado para integrar o acervo de bibliotecas e escolas públicas de São Paulo, selecionado pela produtora Portuguesa Abre-te-Césano, para ser adaptado para a Rede de Televisão Portuguesa. Vencedora do Edital para Curta Metragem de Ficção Infanto- Juvenil do Ministério da Cultura, para realizar o curta-metragem Camila e o Espelho.

 Vencedora de prêmio Mirian Muniz de teatro com a peça infanto-juvenil Camila e o Espelho. Selecionada pela Fundação Pedro Calmon no edital de publicação do livro infantil A Menina que Não Gostava de Ler. Vencedora da Off Flip 2010, com o conto Fim, Ponto. Curadora da Fliquinha desde a primeira edição da programação infantil da Flica (Festa Literária Internacional de Cachoeira), de 2013 a 2016. Curadora da programação infantil do lançamento da Flica Salvador em 2015 e do evento Flica na Caixa em 2016, ambos na sede da Caixa Cultural em Salvador. Curadora da FliCaixinha, a programação infantil da FliCaixa (Festa Literária da Caixa), nas sedes da Caixas Cultural em Salvador, Fortaleza e Curitiba, em abril, maio e setembro de 2017.

 Atualmente, dirige o programa Aprovado que vai ao ar todos os sábados, às 8 da manhã, pela TV Bahia, afiliada Globo no estado. Curadora da Fliquinha desde a primeira edição da programação infantil da Flica (Festa Literária Internacional de Cachoeira), de 2013 a 2016. Curadora da programação infantil do lançamento da Flica Salavdor em 2015 e do evento Flica na Caixa em 2016, ambos na sede da Caixa Cultural em Salvador. Curadora da FliCaixinha, a programação infantil da FliCaixa (Festa Literária da Caixa), nas sedes da Caixas Cultural em Salvador, Fortaleza e Curitiba, em abril, maio e setembro de 2017.

Governo amplia recursos para Hospital Regional de Ruy Barbosa

Governador Rui Costa assina novo contrato para funcionamento e amplia os recursos do Hospital Regional de Ruy Barbosa

Um novo contrato ampliando os recursos e vinculando os valores à produtividade do Hospital Regional de Ruy Barbosa, no centro norte da Bahia, foi assinado nesta segunda-feira (29), no gabinete do governador Rui Costa, em Salvador. Mensalmente, a unidade vai receber mais de R$ 900 mil e passará a realizar 159 cirurgias eletivas, 140 ortopédicas e 100 de catarata por mês. Participaram da solenidade o senador Otto Alencar, o prefeito do município, Cláudio Serrada, o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, e os 13 vereadores de Ruy Barbosa.

 Na ocasião, o governador destacou que a ampliação reforça o atendimento em toda a região central da Chapada Diamantina. “A unidade tem um bom perfil, uma boa construção, mas vinha produzindo pouco. Nós refizemos o contrato, aumentamos o valor para mais de R$ 900 mil, mas isso vai depender da produtividade. A nossa confiança nos gestores é grande. Vamos comprar novos equipamentos para o hospital, fazer cirurgias ortopédicas e, a partir daí, realizar o planejamento para a instalação de uma UTI na unidade”, afirmou Rui.

 De acordo com Cláudio Serrada, para atuar por produtividade e atender às demandas do município, será necessária a contratação de novos profissionais. “Em fevereiro, nós recebemos do Estado uma ambulância que já está com 50 mil quilômetros rodados. O hospital não estava tendo capacidade para resolver os problemas e estávamos encaminhando os pacientes para Salvador ou Feira de Santana. Esse novo contrato vai desafogar não só Ruy Barbosa, mas o povo carente da região, dando maior conforto à população”.

 Para Otto Alencar, o novo contrato vai promover resolutividade ao hospital. “A unidade vem sendo bem cuidada por seus provedores e vem formando vários médicos filhos da terra. Com essa nova posição, vamos dar mais atendimento a várias outras especialidades, como ortopedia, cirurgia geral e obstetrícia. Cerca de 80% da população baiana não têm seguro de saúde, então precisam da assistência do Estado”, comentou.

 Diferença entre os contratos

O contrato antigo era de R$ 451.040,88 mensais, totalizando R$ 2.706.245,28 repassados semestralmente. Com o novo contrato, a unidade vai receber mensalmente R$ 629.308,34, totalizando R$ 3.775.850,04 semestrais, o que representa um aumento de 39,52%. Com a nova modalidade, na atenção ambulatorial, por exemplo, os procedimentos vão aumentar em 27%, passando de 4.736 para 6.003, com a inserção do ambulatório de ortopedia e outros serviços que também serão ampliados.

 Ainda pelo novo contrato, após a comprovação da produção, serão repassados mais R$ 151.178,00 referentes a 159 cirurgias eletivas mensais; R$ 193.619,55 referentes a 140 cirurgias ortopédicas mensais; e R$ 68 mil referentes a 100 cirurgias de catarata mensais. O total pós produção é de R$ 412.797,33.

Ronda Maria da Penha faz mais de 4,6 mil atendimentos e visitas

Criada no dia 8 de março de 2015, a Operação Ronda Maria da Penha já realizou cerca de 4.660 atendimentos e visitas, além de atender mais de 1.100 mulheres. Em pouco mais de dois anos, a ação está na capital e em mais sete municípios baianos, levando também atividades de prevenção. E é para alinhar essas estratégias e trocar experiências que as comandantes da unidade, vinculada à Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP), e policiais militares envolvidos no combate à violência contra à mulher estão reunidos no Primeiro Encontro da Operação Ronda Maria da Penha (ORMP). O evento, que acontece em Salvador, começou nesta segunda-feira (29) e promove atividades também durante esta terça (30).

ORPM

 Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Brandão, que falou durante a abertura do encontro, no Quartel dos Aflitos, a experiência tem disso de sucesso na capital e no interior. “Esse encontro é também para coroar essa proposta de trabalho que lançamos em 2015 e sentimos a necessidade de sua expansão, diante da grande demanda. Esse é um momento de ajuste, mas também para avaliarmos a produtividade e os bons frutos que a Ronda Maria da Penha tem apresentado, trazendo muito benefícios para sociedade, especialmente por tratar de temas como a violência doméstica, o feminicídio. E onde já temos a Ronda hoje, temos resultados bastante significativos e animadores”.

 Além do número de atendimentos, os policiais militares envolvidos na Operação Ronda Maria da Penha levam ações de prevenção da violência contra a mulher para escolas, universidades, órgãos públicos, empresas privadas, e outros espaços, com palestras e atividades educativas. Somente com essas ações, mais de 7,7 mil baianos já foram alcançados. De acordo com a comandante da Ronda, major Denice Santiago, durante esses dois anos, muita coisa mudou com o avanço da ORMP.

 A major acredita “que uma das maiores conquistas da Ronda tenha sido a volta da credibilidade da mulher vítima de violência na segurança pública, que encontra na força policial militar pessoas para apoiá-la, assegurar e salvaguardar sua vida. Então, para todos nós, é um trabalho extremamente gratificante, porque temos a certeza de estar oferecendo um serviço de qualidade”.

 Não é só a Polícia Militar da Bahia que tem enfrentado a violência contra a mulher na capital e no interior. Acreditando em ações em rede, a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Julieta Palmeira, também destacou durante o evento a importâncias das instituições atuarem integradas. “Trabalhamos em diferentes municípios baianos a campanha ‘Respeita as Mina’, e acreditamos muito nessas parcerias, nessa interação com outros órgãos, como Ministério Público, Tribunal de Justiça, e outros, para o sucesso dessas ações. A Ronda tem tido um protagonismo importante em inibir essa violência, e precisamos continuar avançando”.

Desmatamento na Mata Atlântica cresce quase 60% em um ano

Mata Atlântica

O desmatamento na Mata Atlântica cresceu 57,7% em um ano, entre 2015 e 2016, quando o bioma perdeu 29.075 hectares, o equivalente a mais de 29 mil campos de futebol. O número foi apresentado hoje (29) pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).

 No período anterior (2014-2015), o desmate no bioma havia sido de 18.433 hectares. Segundo a diretora executiva da SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, há 10 anos a área, que se espalha por 17 estados, não registrava um desmatamento dessas proporções. “O que mais impressionou foi o enorme aumento no desmatamento no último período. Tivemos um retrocesso muito grande, com índices comparáveis aos de 2005”, disse. No período de 2005 a 2008, a Mata Atlântica perdeu 102.938 hectares de floresta, ou seja, média anual de 34.313 hectares a menos.

 Estados 

 Em 2015-2016, a Bahia foi o estado onde houve mais desmatamento, com 12.288 hectares desmatados, 207% a mais que no período anterior, quando foram destruídos 3.997 hectares de vegetação nativa. Os municípios baianos de Santa Cruz Cabrália e Belmonte lideram a lista dos maiores desmatadores com 3.058 hectares e 2.119 hectares, respectivamente. Se somados aos desmatamentos identificados em outras cidades do Sul da Bahia, como Porto Seguro e Ilhéus, cerca de 30% da destruição do bioma no período ocorreu nesta região.

 “Essa região é a mais rica do Brasil em biodiversidade e tem grande potencial para o turismo. Nós estamos destruindo um patrimônio que poderia gerar desenvolvimento, trabalho e renda para o estado”, avaliou Marcia.

 Minas Gerais aparece em segundo lugar no ranking, com 7.410 hectares desmatados. Os principais pontos de desflorestamento ocorreram nos municípios de Águas Vermelhas (753 hectares), São João do Paraíso (573 hectares) e Jequitinhonha (450 hectares). Segundo os dados da SOS Mata Atlântica e do Inpe, a região é reconhecida pelos processos de destruição de vegetação nativa para produção de carvão ou pela conversão da floresta por plantios de eucalipto. Minas liderou o desmatamento em sete das últimas nove edições do Atlas da Mata Atlântica.

 No Paraná, o desmatamento do bioma passou de 1.988 hectares entre 2014 e 2015 para 3.545 hectares entre 2015-2016, o que representa aumento de 74%. Este foi o segundo ano seguido de crescimento do desmate no estado. Segundo o relatório, a destruição está concentrada na região das araucárias, espécie ameaçada de extinção, com apenas 3% de florestas remanescentes.

 No Piauí, pelo quarto ano consecutivo os maiores desmatamentos ocorreram nos municípios de Manoel Emídio (1.281 hectares), Canto do Buriti (641 hectares) e Alvorada do Gurguéia (625 hectares), todos próximos ao Parque Nacional Serra das Confusões.

 Retrocesso 

 Segundo o diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, a situação é gravíssima e indica uma reversão na tendência de queda do desmatamento registrada nos últimos anos.

 “O setor produtivo voltou a avançar sobre nossas florestas, não só na Mata Atlântica, mas em todos os biomas, após as alterações realizadas no Código Florestal e o subsequente desmonte da legislação ambiental brasileira. Pode ser o início de uma nova fase de crescimento do desmatamento, o que não podemos aceitar.”
Fonte: Agência Brasil

Brasileiros já pagaram este ano R$ 900 bilhões de impostos e taxas

O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou nesta segunda-feira (29) R$ 900 bilhões de tributos acumulados pagos pelos brasileiros desde o início de 2017. O valor se refere à arrecadação de todos os impostos, taxas e contribuições que vão para a União, os estados e os municípios.

 A marca de R$ 900 bilhões chega 14 dias antes do que no ano passado. Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, isso reflete a atual fase da economia. “Como a economia não está crescendo, o que impulsiona a arrecadação é o efeito da inflação, é o aumento de alguns impostos”. Ele considera, no entanto, que o aumento é positivo na medida em que o governo está procurando equalizar as finanças.
O Impostômetro foi implantado pela ACSP em 2005 para conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar dos governos serviços públicos melhores. Outros estados aderiram ao projeto e hoje existem painéis com o Impostômetro em Florianópolis, Guarulhos, Manaus, Rio de Janeiro e Brasília. Em São Paulo, fica localizado na Rua Boa Vista, 51, no centro da capital.
Fonte: Agência Brasil

Missões de Paz da ONU custam menos de 1% de gastos militares globais

Mais de 124 países contribuem com o contingente das forças de paz da ONU, conhecidas como boinas azuis ou capacetes azuis

Nesta segunda-feira, 29 de maio, celebra-se em todo o mundo o Dia Internacional dos Boinas-Azuis, em homenagem aos “soldados das Nações Unidas", também conhecidos como capacetes-azuis, que atuam na mediação e prevenção de conflitos em todo o mundo. Desde o início das Missões de Paz da ONU, em 1948, mais de 1 milhão de homens e mulheres já serviram à bandeira da organização "com orgulho, distinção e coragem". As informações são da ONU News.

 Apesar da sua importância internacional na resolução e prevenção de conflitos, o orçamento anual das Missões de Paz da ONU gira em torno de US$ 7,8 bilhões, o que representa menos de 0,5% dos gastos militares globais. O secretário geral das Nações Unidas, António Guterres, destaca que este é um "investimento na paz global, na segurança e na prosperidade".

 Atrás dos boinas-azuis, existe toda uma operação logística para o seu funcionamento efetivo, incluindo 14 mil veículos, 310 clínicas médicas, 158 helicópteros, 54 aviões e sete navios.

 Baixas e presença efetiva

 Ao longo dos seus quase 60 anos de atuação, mais de 3,5 mil boinas-azuis morreram em serviço, incluindo o sargento brasileiro Vicente Medeiros, que perdeu a vida no ano passado quando servia à Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah).

 Medeiros foi um dos 117 homenageados pelo secretário-geral da ONU numa cerimônia em Nova Iorque na semana passada. Guterres frisou que "os soldados de paz se colocam à frente do perigo todos os dias, no meio de grupos armados que estão tentando se matar ou causar danos aos civis".

 Atualmente as Nações Unidas têm 16 Missões de Paz em operação em quatro continentes, com presença em países como Haiti, Chipre, Mali, República Centro-Africana, República Democrática do Congo e Sudão do Sul.

 Mais de 124 países contribuem com os cerca de 122 mil integrantes das forças de paz da ONU, incluindo tropas militares, policiais e funcionários civis. Todos trabalham para "salvar vidas, prevenir atrocidades em massa e garantir a paz" nas regiões em que atuam.

 Reforma

 Em editorial publicado no jornal Boston Globe de hoje (29), o chefe da ONU mencionou os casos recentes de exploração sexual envolvendo as forças de paz. Guterres reafirma que essas ações "violaram todos os valores das Nações Unidas" e que "combater o flagelo é prioridade da organização". Ele já apresentou um plano aos 193 países-membros para acabar com a impunidade e garantir que todas as missões tenham defensores para os direitos das vítimas.

 O chefe da ONU aproveitou o Dia Internacional dos Boinas-Azuis para lembrar que as Missões de Paz muitas vezes são alvo de extremistas violentos. Para lidar com essa realidade, ele quer uma "séria reforma estratégica, baseada na análise dos mandatos, das capacidades das missões e das parcerias com governos".
Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Feiras Agroecológicas atraem população com alimentos saudáveis

Feira agroecológica no campus I da Universidade Federal da Bahia

Comprar alimentos frescos e sem conservantes tem sido a principal escolha na hora de fazer a feira do mês. A população está cada vez mais atenta à importância de se alimentar bem. Dos alimentos saudáveis que chegam à mesa do brasileiro, 77% têm origem da agricultura familiar, um dos principais pilares da economia baiana. Itens como frutas, legumes, hortaliças e seus derivados, sem agrotóxicos, podem ser achados facilmente nas Feiras Agroecológicas que são realizadas, com o apoio do Governo do Estado, em Salvador, na região metropolitana e algumas cidades do interior do estado.

 Na capital, uma das opções para os dias de sexta-feira é a Feira Agroecológica do Campus Ondina da Universidade Federal da Bahia (Ufba). No local, próximo ao Instituto de Biologia, pessoas de diversas partes do estado escolhem com calma os alimentos que servirão de base para a alimentação da semana. Fazer compras na feira toda sexta já faz parte da rotina do casal Manoel Messias e Tássia Nascimento. A mudança nos hábitos alimentares do casal aconteceu após um grande susto, no final do ano passado.

 “Há oito meses infartei na rua. Não imaginava que pudesse acontecer comigo, mas aconteceu. Com orientação médica, resolvi mudar a minha alimentação. Hoje faço a feira aqui. Os alimentos são saudáveis e os preços regulam o do mercado, e, às vezes são até mais em conta”, disse Messias, que é técnico em prótese. Além da feira instalada na Ufba desde o ano passado, o Governo do Estado executa ações de apoio à produção e comercialização dos produtos da agricultura familiar, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). O suporte oferecido gera renda e fortalece a economia local.

 “O Governo atua em três principais frentes no suporte ao produtor. As ações contemplam educação ambiental e de produção, intermediação comercial e fiscalização da qualidade. Uma maneira de atestar que aquele determinado item é saudável e realmente bom para consumo”, afirma o diretor de Inovação e Sustentabilidade da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater) da SDR, Welliton Hassegawa.

 Outra estratégia da SDR é a qualificação das feiras livres no interior do estado. Por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR/SDR), nos últimos dois anos, o Governo do Estado já entregou mais de 6,2 mil barracas padronizadas para comercialização dos produtos. A venda sem intermediários é uma das principais vantagens para os produtores, como Alexandre Afonso, que cultiva cogumelos. “A gente consegue melhorar a renda, pois temos as condições de comercializar diretamente com o consumidor. Isso nos proporciona garantir nossa renda, criar relacionamento de confiança com o cliente e identificar o que devemos melhorar em relação a nosso produto”.

Parque Tecnológico sedia workshop nacional sobre certificação ambiental

Parque Tecnológico sedia workshop nacional sobre certificação ambiental

Todos os anos, o Workshop Nacional Bandeira Azul é realizado pelo Instituto Ambientes em Rede (IAR) - órgão gestor da Bandeira Azul no Brasil, em uma capital do país. Este ano, Salvador foi escolhida para sediar a décima edição do workshop, por ser a primeira capital do Nordeste a ter uma praia com o selo de qualidade ambiental – Bandeira Azul. A certificação da praia da Ponta de Nossa Senhora, na Ilha dos Frades, é resultado do trabalho da startup Preamar – Gestão Costeira, incubada no Parque Tecnológico da Bahia, onde aconteceu o evento, na quinta-feira (25).

 O workshop reuniu proprietários de marinas, representantes de associações e de empresas de turismo náutico, além de figuras da Secretaria do Meio-Ambiente de Santa Catarina, do Governo do Estado da Bahia e de Alagoas, para debater sobre a importância da conscientização da sociedade e gestores públicos sobre a necessidade de proteger os ambientes marinho/costeiro e lacustre, a fim de incentivar a busca por qualidade.

 A Fundação Bahia Viva, gestora da Ilha dos Frades, e a Preamar auxiliaram a realização do evento, que contou com palestras, debates, troca de experiências, e com uma visita à praia da Ponta de Nossa Senhora, que acontece, nesta sexta-feira (26), para que os participantes do workshop conheçam, na prática, uma praia que possui certificação Internacional Bandeira Azul.

 Leana Bernardi, coordenadora nacional do programa Bandeira Azul, conta que a certificação diferencia uma praia de qualquer outra. “Quando uma praia se torna bandeira azul, ela passa a ter um diferencial garantido, que é o olhar do poder público, da comunidade e dos usuários, que prezam, principalmente, pelo meio-ambiente”. Destaca, ainda, o suporte oferecido pela praia: “tem toda a infraestrutura, com banheiro, estacionamento, acessibilidade, serviços e sinalização”.

 Para manter o selo de qualidade ambiental da bandeira azul, é necessário que todos os anos o município comprove que continua cumprindo os critérios de infraestrutura, balneabilidade, segurança e serviço. O diretor executivo da Preamar, Mateus Lima, comemora: “Como padrinhos, ficamos felizes com a renovação da certificação 2016/2017. Isso mostra que nosso trabalho foi feito com sucesso e mesmo não estando na ilha, a própria comunidade, o poder público e a iniciativa privada manteve aquela conquista”.

II Encontro Territorial de Regularização Florestal reuniu 23 municípios em Conquista

O II Encontro Territorial de Regularização Florestal/Cefir, realizado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), reuniu na quinta-feira (25), em Vitória da Conquista, representantes de 23 municípios da região. Cerca de 130 pessoas, entre representantes das prefeituras municipais, sindicatos de trabalhadores rurais, entidades e órgãos públicos, participaram do evento, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção de Vitória da Conquista. O objetivo foi mobilizar os municípios e alinhar ações para realização do Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir).

 “Entendemos que é necessário fazer uma verdadeira caravana pela Bahia para que o Estado alcance a meta de 319 mil imóveis rurais de até quatro módulos fiscais cadastrados no Cefir pelo contrato com o BNDES. Há três meses, tínhamos 4600 imóveis cadastrados, hoje já estamos na casa dos 70 mil”, disse o secretário do Meio Ambiente Geraldo Reis, que reforçou a importância do cadastro para a proteção ambiental. “O Cefir é um instrumento de planejamento e gestão ambiental e de recursos hídricos. Quando estiver finalizado, teremos um verdadeiro mosaico com informações de cada propriedade rural no estado”.

 O Cefir, no âmbito estadual, corresponde ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), instituído no âmbito federal como pilar da política de regularização ambiental no Brasil. O cadastro dos imóveis rurais é obrigatório, a fim de compor uma base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. A partir de dezembro de 2017, a lei condicionará a inscrição no CAR/Cefir para a concessão de crédito agrícola pelas instituições financeiras, dentre outros benefícios para o agricultor.

 A parceria do Governo do Estado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para cadastramento gratuito de imóveis rurais de até quatro módulos fiscais, é uma das estratégias da Sema/Inema para ampliar o número de cadastros na Bahia.

 No território de identidade Sudoeste Baiano, composto por 24 municípios, a Sema e o Inema têm como meta alcançar 22 mil imóveis rurais cadastrados pelo contrato com o BNDES. Mais de seis mil imóveis já foram cadastrados pela empresa vencedora do lote, a Saltus Consultoria Ambiental e Florestal. Para o coordenador das atividades na região, Diego Leonarczyk, “este evento é de muita importância para o sucesso do nosso trabalho, é o primeiro contato com alguns municípios, e quebra a barreira para esse apoio importante, porque é através de lideranças comunitárias, sindicatos e das prefeituras que os pequenos proprietários rurais ficam sabendo do cadastramento e são mobilizados para participar”.

Rui entrega nova sede da delegacia da mulher em Paulo Afonso

Governador Rui Costa inaugura a Delegacia Especializada para Atendimento a Mulher (DEAM), no município de Paulo Afonso

Um ano após receber a Operação Ronda Maria da Penha, a cidade de Paulo Afonso teve inaugurada, pelo governador Rui Costa, nesta sexta-feira (26), a nova sede da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam). Com um investimento de R$ 2,3 milhões, a unidade é um importante equipamento para o combate à violência contra a mulher. Esta é a segunda Deam inaugurada pelo Governo, no interior, neste mês de maio. Há 15 dias, o município de Alagoinhas recebeu uma estrutura semelhante. “Com a inauguração dessas unidades, estamos garantindo melhores condições de trabalho para as nossas delegadas e para os nossos policiais, na questão da segurança e do respeito às mulheres”, destacou Rui Costa.

 De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública, Maurício Barbosa, a nova unidade atende a um modelo de construção que o Governo está adotando em todo o estado. “Com esta reestruturação, estamos oferecendo muito mais conforto aos policiais, além de prestar o acolhimento necessário às vítimas de crimes. Nas Deams, esta atenção não poderia ser diferente", afirmou Barbosa, lembrando que, antes, a delegacia em Paulo Afonso funcionava em imóvel adaptado.

 Titular da Deam em Paulo Afonso, a delegada Juliana Fontes Barbosa revelou que, somente em 2016, foram registradas 1.400 ocorrências contra a mulher na cidade. Este ano, o número já chega a 500. “A maior parte dessas ocorrências é referente a ameaças, crimes que demandam uma grande atenção da polícia por conta da possibilidade de evoluir para uma agressão física ou até para o feminicídio", explica.

 Bahia Produtiva

 Ainda no município, o governador autorizou a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), a celebrar dois convênios no âmbito do Programa Bahia Produtiva. Os investimentos totalizam R$ 2,1 milhões. Serão beneficiadas, diretamente, 147 famílias. Segundo o governador, o objetivo é melhorar a qualidade de vida em toda a região. “Esses convênios do Bahia Produtiva têm como objetivo apoiar os agricultores, para que eles possam aumentar a produção e também melhorar a qualidade dos seus produtos. Acreditamos que apoiando o agricultor, estamos investindo indiretamente, no comércio, na economia, estamos viabilizando uma melhor qualidade de vida para a população”, destacou Rui.

 Nesta sexta, foram entregues veículos utilitários, de assistência técnica e extensão rural, uma unidade de beneficiamento e comercialização de pescado, kit com tanque-rede de aquicultura e kit familiar para criação de galinhas caipiras. Os convênios foram assinados com as associações do Povo Indígena Truká-Tupan de Paulo Afonso, dos Pequenos Criadores de Peixe de Lagoa do Junco e a Associação dos Pequenos Aquicultores da Malhada Grande.

 Mais melhorias

 O trânsito de Paulo Afonso também passou por melhorias nos últimos meses. A visita de Rui Costa marcou a entrega da nova sinalização do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA), na qual foram investidos R$ 1,1 milhão. O projeto teve como objeto a implantação de quase duas mil placas em postes de aço e semi pórticos, dentre placas de regulamentação, advertência, indicação e placas educativas, além de 389 metros quadrados de pintura em pavimento asfáltico, 55 tachões mono e bi direcionais refletivos, e 250 prismas de concreto com elementos refletivos.

 Para completar as ações na cidade, o lago do Capuxu, no Parque Belvedere, ganhou dez alevinos do peixe Pirarucu. O local é um importante ponto de lazer e atração turística da cidade, que ainda conta com belas paisagens e outros lugares que atraem visitantes e moradores.

Encontro promove maior integração entre organismos de inteligência


Foi encerrado nesta sexta-feira (26) o Encontro dos Chefes de Organismos de Inteligência (Enchoi), que reuniu em Salvador, desde a última terça-feira (23), representantes do setor de todos os estados do Nordeste. Ao final do evento, ficou definida uma maior integração entre os órgãos da região, como o compartilhamento de informações sobre organizações criminosas.

 Pela primeira vez na Bahia, o encontro também marcou o processo de sedimentação das informações para construção do Banco Nacional de Inteligência de Segurança Pública. Realizado no auditório do Centro de Operações e Inteligência 2 de Julho, a jornada – que contou com uma apresentação do Grupo de Teatro da Polícia Militar da Bahia – tratou durante quatro dias e em grupos de trabalho, de temas como homicídios, roubos a banco e grupos criminosos em ascensão no país.

 Promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o encontro abriu espaço para que cada representante de estado nordestino apresentasse a situação da segurança de sua região e o fortalecimento das ações relacionadas ao Plano Nacional de Segurança Pública.

 Para o coordenador de Inteligência da Senasp, delegado federal Rômulo Berredo, o mais importante foi a integração de todos diante de um propósito comum, o combate ao crime organizado que atua com ramificações em diversos estados da federação. “Foi muito importante sediarmos esse encontro aqui na Bahia, inclusive porque debateu temas do nosso programa estadual de segurança pública, o 'Pacto Pela Vida', que vem tratando dos crimes violentos letais e intencionais (CVLI) e do combate às organizações criminosas”, destacou o superintende de Inteligência da SSP, Rogério Magno de Almeida.

Inscrições para concurso da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar seguem até junho

Já estão abertas as inscrições para o concurso público da Polícia Militar da Bahia e do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia. Ao todo, estão sendo ofertadas 2.750 vagas, distribuídas pela capital e doze municípios: Juazeiro, Feira de Santana, Itabuna, Ilhéus, Porto Seguro, Vitória da Conquista, Barreiras, Itaberaba, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus e Teixeira de Freitas. As inscrições podem ser feitas até 19 de junho, exclusivamente pela internet , seguindo o horário de Brasília. A taxa é no valor de R$ 70.

 De acordo com o edital, duas mil vagas são destinadas ao Curso de Formação de Soldado da Polícia Militar e 750 vagas são voltadas ao Curso de Formação de Soldado do Corpo de Bombeiros Militar. Podem concorrer jovens de nacionalidade brasileira ou portuguesa, entre 18 e 30 anos, que tenham concluído ensino médio ou formação técnica profissionalizante de nível médio, sendo também observadas outras exigências do edital.

 Uma vez habilitado para o curso de formação, seja da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar, o candidato irá ingressar no quadro das corporações como aluno soldado, recebendo bolsa de R$ 937 durante o curso de formação. Quando tiver concluído o curso e, posteriormente, lotado na região de sua escolha, o soldado terá carga horária de 40 horas semanais. A remuneração, composta de soldo e gratificação, é de R$ 3.019 (40h), para as duas corporações.

 O edital de abertura de inscrições, elaborado conjuntamente pela Secretaria da Administração (Saeb) e pelos Comandos Gerais da Polícia Militar da Bahia e do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, foi publicado dia 10 de maio, no Diário Oficial do Estado (DOE). Com validade de um ano, prorrogável por igual período, o concurso terá duas etapas e será realizado pela Saeb e pelo Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), que, na Bahia, é responsável pelos concursos públicos da Embasa e Agerba.

Fanfarras escolares fazem ensaio coletivo para desfile do 2 de Julho

Foto: Elói Corrêa/GOVBA

Como preparativo para as festividades do 2 de julho, dia em que acorre a celebração da Independência da Bahia, grupos de fanfarras de seis escolas da rede estadual de ensino participaram de um ensaio coletivo nesta sexta-feira (26), no bairro de Mussurunga, em Salvador. O Encontro Intercolegial de Bandas e Fanfarras reuniu os estudantes em um desfile pelas ruas da comunidade.

 Hermival Rêgo, responsável pelas fanfarras, acredita que, ao se prepararem, os estudantes aprendem mais sobre a história da Bahia. “Eles aprendem sobre aspectos que serão levados para o desfile, para que tudo corra bem. Outro ponto muito positivo é que estamos conseguindo com atividades como essa inserir nesses jovens uma consciência critica sobre a importância do 2 de julho para o nosso estado”, destaca.

 Para a diretora do Colégio Estadual Raul Sá, Nancy Rodrigues, as fanfarras desempenham um importante papel pedagógico, funcionando como um ambiente de aprendizagem e de incentivo ao protagonismo juvenil. “Os alunos que participam desse projeto musical acabam ficando mais envolvidos com a escola, ficam mais interessados e começam a entender a escola como uma extensão da vida, um lugar para que eles possam se desenvolver como indivíduos”, afirma. 

Transformação

 Depois que começou a participar das fanfarras, a estudante Lais Nascimento, 18 anos, passou por uma grande mudança de comportamento. “Eu era muito nervosa e não respeitava nenhum tipo de autoridade. Depois que entrei para a fanfarra e comecei a aprender música, eu mudei muito. Estou mais calma e disciplinada, dentro e fora da escola. Aprendi a me controlar, a não brigar e a respeitar mais as pessoas ao meu redor. Estou muito melhor, sem dúvidas”.

 Participaram do ensaio os alunos dos colégios estaduais João Caribé, Ruben Dário, Raul Sá, Visconde de Mauá e Helena Matheus, além do Centro Estadual de Educação Profissional (Ceep) Navarro de Brito. O próximo ensaio geral do Encontro Intercolegial de Bandas e Fanfarras acontece no dia 16 de Junho, na Avenida General San Martin, no bairro Fazenda Grande do Retiro.

Mais brasileiros estão tirando o dinheiro da poupança para pagar despesas

Mais da metade da população brasileira (65%) não tinham uma reserva financeira em março último, taxa ligeiramente acima da registrada no mês anterior (60%), segundo o Indicador de Reserva Financeira, do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

 Iniciada em dezembro do ano passado, a pesquisa mostra, no entanto, pequena redução na proporção dos que não conseguiram guardar dinheiro, passando de 80% (em fevereiro) para 76% (em março). Em janeiro, esse percentual era de 62%. A parcela que fez poupança chegou a 19% e a média geral financeira foi de R$ 502, totalizando R$ 14,2 bilhões.

 A maioria (64%) opta pela caderneta de poupança. Um total de 20% dos entrevistados declarou que a reserva tinha o objetivo de comprar a casa própria. O interesse em fundos de investimento foi indicado por 10%, a previdência privada por 7%, o CDB por 6% e o Tesouro Direto por 4%.

 A pesquisa mostra também que a minoria (14%) faz a poupança, pensando em tê-la como reserva na hora de se aposentar. Por renda, a proporção de poupadores foi maior nas classes A e B do que nas classes C, D e E. Entre os mais ricos, 37% pouparam, ante 60% que não pouparam. Entre os mais pobres, 13% pouparam, ante 80% que não.

 Na análise da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, além da falta de hábito dos brasileiros de poupar, a crise econômica também impede a reversão desse comportamento. “O desafio de boa parte das famílias é superar a queda de renda decorrente do aumento do desemprego e do avanço recente da inflação, que corroeu o poder de compra do consumidor.”

 Resgastes

 Entre os detentores de alguma reserva financeira, mais da metade (55%) sacaram o dinheiro e a maioria fez o resgate para quitar as contas de casa (13%). Onze por cento empregaram em despesas relacionadas a imprevistos (11%). Os demais motivos detectados foram despesas extras (9%), viajar (4%) e comprar casa ou apartamento (4%).

 A pesquisa foi feita com 800 entrevistados de 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Foram ouvidas pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais.
Fonte: Agência Brasil

Contas de luz de junho terão bandeira verde, sem acréscimo na tarifa

Conta de luz (Arquivo/Agência Brasil)

A bandeira tarifária que será aplicada nas contas de luz no mês de junho será a verde, o que significa que não haverá custo extra para o consumidor. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o retorno da bandeira verde foi possível pelo aumento das chuvas nos reservatórios das hidrelétricas em maio e pela perspectiva de redução do consumo de energia elétrica no país.

 Desde abril, a bandeira estava vermelha, o que representa um acréscimo de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

 A previsão da Aneel era que a bandeira tarifária vermelha patamar 1 continuasse em vigor até o fim do período seco, que vai até novembro.

 Como funcionam as bandeiras tarifárias

 O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração.

 Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas.

 Segundo a Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o uso consciente.
Fonte: Agência Brasil

Anatel deverá bloquear celulares sem certificação

Brasil atinge 273 milhões de celulares

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) poderá bloquear os celulares que não tenham certificação. A proposta apresentada pela área técnica da Anatel já foi aprovada em reunião administrativa da agência, mas deve passar pelo Conselho Diretor e ainda pode sofrer mudanças. 

Antes de bloquear os celulares, as operadoras deverão avisar os clientes que têm aparelhos não regularizados e, somente, após 75 dias poderão bloqueá-los. A previsão é de que as empresas comecem a mandar mensagens com avisos para os usuários a partir do dia 30 de julho, mas pode haver um adiamento no início da implantação do sistema.

 Segundo a Anatel, serão bloqueados os celulares que não tenham certificação da agência e Imei válidos. O Imei é uma sequência de números que identifica o celular internacionalmente e são listados no banco de dados da GSMA, organismo internacional que reúne as empresas de telefonia móvel. Ele equivale ao número do chassi dos carros. Os aparelhos sujeitos ao bloqueio são principalmente os vendidos irregularmente no mercado nacional.

 O projeto do bloqueio de celulares e sua forma de implantação vem sendo estudados pela Anatel em conjunto com as operadoras de telefonia móvel e a Associação Brasileira da Indústria Eletro e Eletrônica (Abinee).
Fonte: Agência Brasil