quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Em Pequim, Rui conhece modelos de gestão de empresas chinesas


Em seu primeiro dia de trabalho em Pequim, capital da China, o governador Rui Costa visitou, nesta quinta-feira (31), duas empresas e um hospital chinês. "Fui a algumas empresas para conhecer seus modelos de gestão e tecnologias utilizadas. Passei em uma unidade hospitalar, uma fábrica de equipamentos para hospital e visitei o grupo Genertec que tem negócios em áreas como construção, energia e saúde. Estamos compartilhando conhecimento e buscando novos investimentos para a Bahia", detalhou o governador.

 O primeiro compromisso foi no grupo Genertec, onde Rui conversou com o vice-presidente da empresa, Jiang Xin, e conheceu o trabalho da companhia que atua principalmente na área de infraestrutura. Em seguida, a comitiva foi ao Beijing Tsinghua Chang Gung Hospital, onde Rui conheceu o modelo administrativo da unidade hospitalar que possui mil leitos.

 Finalizando os compromissos desta quinta, o governador visitou a fábrica de equipamentos hospitalares, Aeomed, fornecedora mundial de produtos de saúde com alta tecnologia. Acompanharam o governador na agenda desta quinta-feira os secretários estaduais Fabio Vilas-Boas (Saúde) e Bruno Dauster (Casa Civil).

 A missão internacional teve início em Kiev, na Ucrânia, onde o governador Rui Costa assinou termo de compromisso do Governo do Estado com a empresa ucraniana Indar, na manhã de terça-feira (29). Com a parceria, a Bahiafarma será o primeiro laboratório do Nordeste a produzir insulina, medicamento utilizado no controle do diabetes, e passará a abastecer 50% da demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo medicamento.

Concessão de novas linhas metropolitanas tem primeira audiência pública agendada

A primeira audiência pública sobre as novas linhas de ônibus metropolitanos, com nova frota e integração com o Metrô de Salvador, foi marcada para o dia 5 de outubro, na sede da Agerba, na capital baiana. Divulgada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (31), este é o primeiro passo para discutir e aprimorar os termos de referência do processo de licitação, que ocorrerá até dezembro.

 As linhas que serão licitadas são Praia do Forte/Terminal de integração Mussurunga, (via estação aeroporto) e Praia do Forte/Barra (via orla marítima). O secretário da Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, ressalta que a participação popular é importante para estabelecer as melhorias no serviço. “Neste momento é fundamental ouvir o que o usuário do transporte público deseja, para que a ampliação seja benéfica a todos”, explica.

 Aberta a pessoas físicas e empresas interessadas, a iniciativa tem caráter consultivo, com o intuito de recolher sugestões e tirar dúvidas sobre a licitação. Segundo o diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessôa, a documentação técnica será apresentada. “Já está disponível no site da Agerba orientações para quem deseja participar da audiência, onde vamos colher e analisar eventuais críticas e solicitações”, afirma o diretor.

 A intenção de licitar a concessão das linhas de Transporte Rodoviário Metropolitano foi publicada no início do mês de agosto. A operação deve começar até o início de 2018. A frota a ser renovada deverá ter veículos zero quilômetro equipados com validador para bilhetagem eletrônica, ar-condicionado, wi-fi, GPS, piso baixo e acessibilidade, ações que visam ampliar a qualidade do serviço e a integração plena com o metrô.

Concha Acústica abre espaço para blocos afro neste domingo

Concha Negra

O palco da Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador, abre espaço para a riqueza da música afro baiana. Neste domingo (3), o local recebe o Afoxé Filhos de Gandhy e convidados, como o músico e compositor Carlinhos Brown, para uma apresentação artística que dá início à temporada de estreia do projeto Concha Negra. A iniciativa do Governo do Estado se compromete com a promoção e apoio a entidades que representam as tradições artísticas e culturais da Bahia.

 “É uma ótima iniciativa. Muita gente pode até não lembrar, mas é a nossa cultura que atrai pessoas de todos os lugares. É necessária esta valorização e apoio. O Concha Negra faz uma ponte com o Carnaval, que é muito importante, pois atrai os olhares do nosso público”, afirma o presidente do Afoxé Filhos de Gandhy, Gilsoney de Oliveira.

 Além da visibilidade, também é garantida uma maneira de levantar fundos para as entidades culturais. Os blocos afros vão receber cachê fixo e terão direito ao valor arrecadado com a venda de ingressos, a preços de R$ 30 inteira e R$ 15 (meia entrada). “Normalmente, os grupos culturais realizam eventos próprios, isolados uns dos outros, o que faz com que nem todo mundo fique sabendo e vá. Aqui na Concha Acústica é possível reunir um número maior de pessoas e dá a elas a oportunidade de aproveitar a cultura e a arte”, ressalta a diretora artística do TCA, Rose Lima.

 A primeira temporada do Concha Negra vai até fevereiro de 2018, um domingo por mês, sempre a partir das 18h. Se apresentam nas próximas datas, o Muzenza (8/10), Ilê Aiyê (19/11), Cortejo Afro (17/12), Olodum (07/01/18) e Malê Debalê (04/02/18). Além das apresentações principais, cada espetáculo terá a participação de, pelo menos, um convidado especial e também uma abertura com o Janela Baiana – ação continuada da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) que dá espaço para artistas ou grupos emergentes da Bahia nos eventos da Concha.

Brasil reencontra Equador um ano depois da estreia vitoriosa de Tite

Já classificada nas eliminatórias para a Copa do Mundo 2018, a seleção brasileira de futebol enfrenta o Equador - Foto Lucas Figueiredo/CBF

Líder das eliminatórias sul-americanas e já classificada para a Copa do Mundo da Rússia quatro rodadas antes de terminar a disputa pelas quatro vagas do continente, a seleção brasileira de futebol joga nesta quinta-feira (31) contra o Equador, em Porto Alegre, apenas para cumprir tabela, mas com a responsabilidade de manter a posição conquistada sob o comando do técnico Tite, contra o mesmo adversário da estreia vitoriosa do treinador, há um ano, em Quito.

 Naquele jogo, no dia 1º de setembro, o Brasil estava em 6º lugar na tabela, fora da zona de classificação para a Copa de 2018, pois só os quatro primeiros colocados têm vaga garantida e o quinto tem o direito de disputar uma repescagem para tentar a classificação. O Brasil venceu a partida por 3x0, com dois gols do estreante Gabriel Jesus, então com 19 anos, que ainda sofreu um pênalti batido e convertido por Neymar.

 A seleção iniciava aí uma reação que a levaria ao primeiro lugar das eliminatórias, hoje com 33 pontos, nove a mais que o segundo colocado, a Colômbia, que tem 24. O time que entra em campo nesta quinta-feira, às 21h45, na Arena Grêmio, na 15ª rodada, deverá ser o mesmo do jogo de um ano atrás, já que o meia Phillipe Coutinho, do Liverpool (Inglaterra), deverá ficar no banco: Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Renato Augusto; Willian, Neymar e Gabriel Jesus. O capitão será o lateral-esquerdo Marcelo, do Real Madri (Espanha), seguindo um rodízio determinado por Tite.

 O jogo em Quito marcou também a quebra de um tabu que incomodava a seleção brasileira há mais de três décadas: o Brasil não vencia o Equador fora de casa desde 1983, quando ganhou por 1x 0, gol de Roberto Dinamite. Os outros jogos da rodada das eliminatórias são os seguintes: Venezuela x Colômbia; Chile x Paraguai; Uruguai x Argentina; Peru x Bolívia.

 O Brasil disputou 14 jogos, com 10 vitórias, três empates e uma derrota. Marcou 35 gols e sofreu 10, com saldo de 25. O índice de aproveitamento é de 78,6%. A classificação geral nas eliminatórias é a seguinte: 1º Brasil, 33 pontos; 2º Colômbia, 24; 3º, Uruguai, 23; 4º Chile, 23; 5º Argentina, 22; 6º Equador, 20; 7º Peru, 18; 8º Paraguai, 18; 9º Bolívia, 10; 10 Venezuela, 6.
Fonte: Agência Brasil

Incêndio de grandes proporções atinge áreas do Parque Nacional de Brasília

Brasília - Incêndio de grandes proporções atinge o Parque Nacional de Brasília (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Parque Nacional de Brasília está sofrendo com a seca que atinge o Distrito Federal (DF). Vários focos de queimadas foram identificados. Nessa quarta-feira (30), um incêndio de grandes proporções atingiu uma área próxima ao lixão da Estrutural. Hoje (31), queimadas com classificação de nível 3 foram detectadas na Chapada Imperial - região próxima a Brazlândia. Os fortes ventos e o clima seco contribuem para o alastramento do fogo.

 Equipes do Corpo de Bombeiros trabalham para conter as chamas que, em determinados locais, chegam a 2 metros de altura. “O incêndio de ontem foi controlado. Hoje, estamos trabalhando no combate ao fogo na Chapada Imperial. Seis equipes atuam na contenção das chamas”, informou o subtenente Hélio. Cada equipe conta com seis bombeiros que trabalham com o apoio de sete viaturas, um helicóptero e um avião.

 Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o incêndio de ontem consumiu uma área com cerca de 300 a 400 hectares, algo em torno de 400 campos de futebol. De acordo com bombeiros, as causas ainda não foram identificadas, pois ainda será feita uma perícia. O resultado sai em até 30 dias.

 De acordo com o ICMBio, um incêndio com a classificação 3 equivale a chamas de extensa complexidade de controle, em que se faz necessária a ajuda de equipes em terra, helicóptero e avião com tanque de água. Para a contenção das chamas, além dos bombeiros e de servidores do ICMBio, dez voluntários, treinados pelo instituto, ajudam na ação. A seca no DF já dura mais 100 dias.

 O Parque Nacional de Brasília é área de conservação federal administrada pelo ICMBio. São objetivos do instituto a preservação do cerrado, a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades educacionais. O local é também uma alternativa de lazer, com as piscinas de águas correntes abertas ao público.
Fonte: Agência Brasil

Militares brasileiros começam a deixar o Haiti

Força de Paz no Haiti

Depois de 13 anos ajudando a reorganizar as forças de segurança do Haiti e a controlar a violência e os efeitos da instabilidade política local, as tropas brasileiras começam a deixar hoje (31) o país caribenho.

 Na noite desta quinta-feira, uma cerimônia na capital, Porto Príncipe, marcará o início oficial da desmobilização do batalhão brasileiro. O evento contará com a presença do ministro da Defesa, Raul Jungmann, que viajou para o Haiti na companhia de uma comitiva formada por militares e civis.

 “À meia-noite do dia 1º de setembro, encerraremos oficialmente as operações. Isso quer dizer que, a partir de 2 de setembro, nenhum soldado brasileiro sairá às ruas armado para realizar patrulha ou qualquer operação”, disse o comandante da missão, general Ajax Porto Pinheiro, em entrevista à rádio Verde Oliva, do Exército brasileiro.

 O cronograma de desmobilização prevê que 85% dos 981 militares brasileiros no país sejam trazidos de volta ao Brasil até 15 de setembro. Os outros 152 militares soldados e oficiais ficarão encarregados de proteger as instalações brasileiras e cuidar das últimas medidas administrativas necessárias à repatriação de todo o material e equipamento brasileiro até 15 de outubro, quando também deixarão aquele que é considerado o país mais pobre das Américas e um dos mais carentes do mundo.

 “Acredito que estamos saindo no momento certo, em meio a um longo período sem manifestações de rua, sem embates políticos violentos, com índices de criminalidade mais baixos e sem as gangues estarem atuando há meses. Acredito que estamos deixando um país em condições de seguir seu próprio caminho e que esta estabilidade se manterá”, acrescentou o general, destacando que as forças de segurança haitianas ainda vão precisar de mais investimentos nacionais para reforço de pessoal e aparelhamento, mas já têm condições de manter a lei e a ordem.

 Segundo resolução do Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU), todo o efetivo militar da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) deve deixar o país gradualmente, até 15 de outubro, quando a operação será oficialmente encerrada. Após esta data, a ONU instituirá no país a Missão de Apoio à Justiça (Minujusth, da sigla em francês), cujo objetivo será apoiar o fortalecimento das instituições judiciárias; o desenvolvimento da Polícia Nacional e o monitoramento, relato e análise da situação dos direitos humanos.

 De acordo com a ONU, o Poder Judiciário haitiano ainda é pouco transparente e registra muitos casos de corrupção e impunidade, e o sistema prisional tem condições insalubres. De janeiro a julho de 2017, por exemplo, 137 presos morreram no Haiti em decorrência de condições desumanas, superlotação e quadros de doenças como cólera e desnutrição grave. Atualmente, mais de 72% dos detentos aguardam julgamento e metade destes está presa há mais de dois anos.

 Histórico

 Desde junho de 2004, quando foi escolhido para comandar o braço militar da missão de estabilização formada por tropas de 16 países, o Brasil enviou ao país cerca de 37,5 mil militares. O maior contingente é o do Exército, que mobilizou 30.359 homens e mulheres. A Marinha enviou 6.299 militares e a Aeronáutica, 350. Vinte e cinco militares brasileiros morreram durante o período, incluindo dois generais.

 Quando recebeu o convite do Conselho de Segurança da ONU para liderar a Minustah e ajudar a restabelecer a segurança e a normalidade institucional, após a turbulência política que culminou com episódios de violência durante protestos e manifestações políticas e com a consequente renúncia do então presidente Jean Bertrand Aristide, eleito em 2000, o governo brasileiro enxergou a oportunidade de, além de ajudar o Haiti, projetar a imagem do Brasil internacionalmente, o que coincidiu com o projeto estratégico de tentar consolidar a liderança regional do país.

 Ao longo dos anos, principalmente no início da missão, não faltaram críticas à iniciativa. Como as de entidades que classificavam a presença militar estrangeira como uma ação intervencionista, que desmobilizava a capacidade do Haiti de encontrar soluções democráticas para seus próprios problemas políticos.

 Em 2006, o então ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, enfatizou, durante reunião com representantes de 16 países e de 11 organizações internacionais, que a ação internacional deveria focar no combate à pobreza e no fortalecimento da capacidade do Estado haitiano de prestar serviços à população, com “bulldozers [escavadeiras] e betoneiras ocupando o lugar dos carros de combate”. 

Tragédias

 Em janeiro de 2010, quando o Haiti foi devastado por um terremoto de 7 graus na escala Richter, a situação humanitária se agravou e a ajuda internacional se tornou ainda mais necessária. Mais de 220 mil pessoas morreram, entre elas a médica brasileira Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e o diplomata brasileiro Luiz Carlos da Costa, vice-chefe da missão de paz da ONU.

 Cerca de 300 mil pessoas ficaram feridas e mais de 1,5 milhão de haitianos ficaram desabrigados. Em meio à destruição, uma epidemia de cólera se alastrou entre a população provocando uma nova onda de violência que precisou ser contida com o uso da força.

 Infelizmente, a tragédia haitiana ainda estava longe do fim. Em outubro de 2016, o país foi atingido pelo Furacão Matthew, que afetou cerca de 2 milhões de pessoas, matando centenas delas. O furacão também destruiu sistemas de água e esgoto recém-construídos, provocando inundações e agravando os problemas de saúde pública.

 O efetivo da Minustah foi novamente acionado para desobstruir estradas bloqueadas e levar água, comida e medicamentos à população de comunidades isoladas, além de, mais uma vez, ajudar na reconstrução de casas e da infraestrutura afetada.

 Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal, de 2004 até o fim de 2016 o Brasil investiu cerca de R$ 2,5 bilhões na Minustah. Cerca de R$ 431,3 milhões foram reembolsados pela ONU.

 “Esta é a mais importante missão de paz para as Forças Armadas do Brasil. Desde a Guerra da Tríplice Aliança [ou Guerra do Paraguai, de 1864 a 1870] não enviávamos para uma missão no exterior tantos militares quanto nesta. Também não tínhamos perdido tantos homens desde a Segunda Guerra Mundial. Pelo efetivo, pelo que representou, pelos resultados, pelo fato de o Brasil ter liderado a missão por tanto tempo – o que é um fato inédito na história da ONU, esta é a missão de paz mais importante de que o Brasil já participou”, disse o general Ajax Porto Pinheiro.
Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Fotografias do sorriso são utilizadas na identificação humana


A publicação de fotografias nas redes sociais, uma prática comum atualmente, tem sido útil na perícia de identificação de vítimas carbonizadas e corpos em avançado estado de decomposição. Neste contexto, o tema “Utilização de fotografias de sorriso em processos de identificação humana” foi apresentado na manhã desta quarta-feira (30), no Centro de Estudos do DPT, durante o Café com Ciência.

 A técnica é uma das possibilidades de atuação da Odontologia-Legal e consiste na identificação das vítimas a partir da comparação entre a arcada dentária e os elementos que constam numa fotografia de sorriso. “Quando as fotos possuem qualidade de imagem e de informações para comparação, possibilitam levantar características úteis à individualização humana”, explicou o Perito Odonto-Legal, João Pedro Cruz.

 O método pode ser utilizado nos casos de impossibilidade da identificação necropapiloscópica ou quando não existam prontuários odontológicos ante mortem para comparação. São procuradas características que individualizam a pessoa a exemplo de apinhamentos, fraturas, diastemas (espaços entre dentes), alterações de forma, de cor e tratamentos, como aparelhos ortodônticos, restaurações e próteses.

 Nestes casos as análises odonto-legais estão associadas aos achados antropológicos que permitem a determinação de sexo, estimativa de idade e estatura. “A realização deste tipo de perícia depende da condição do corpo, da qualidade da imagem e da análise dos elementos antropológicos encontrados”. 

O “Café com Ciência” acontece uma vez por mês e os temas discutidos são sugeridos pelas coordenações dos Institutos que compõem a Polícia Técnica. A atividade tem como objetivo integrar todos os profissionais das diversas áreas da perícia forense e é de iniciativo dos Peritos do Departamento de Polícia Técnica do Estado da Bahia.

Bahia é o 2º estado que mais reduziu déficit habitacional entre 2007 e 2015

Habitação

De acordo com dados analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretara do Planejamento do Estado (Seplan), a partir dos números divulgados pela Fundação João Pinheiro (MG) sobre o Déficit Habitacional do Brasil e suas unidades federativas, foi identificado que, na Bahia, houve importante avanço - a redução da 11,5% no déficit habitacional, que saiu de cerca de 511 mil domicílios em 2007 para 452 mil domicílios em 2015. 

Entre as 27 unidades federativas brasileiras, a Bahia foi a segunda que mais reduziu o Déficit (- 58.796 domicílios), atrás apenas do estado do Maranhão (-72.498 domicílios). O déficit habitacional baiano correspondia a 12,9% dos domicílios do estado em 2007. Já em 2015, houve redução de 3,8 pontos percentuais registrando 9,1% dos domicílios.

 Esta queda do Déficit Habitacional na Bahia foi resultado da melhora em dois componentes do déficit - Coabitação familiar (-139 mil domicílios) e Adensamento excessivo (-22 mil domicílios). Registraram aumento (suplantado pela redução dos demais), os componentes Habitação precária (cerca de 29 mil domicílios) e Ônus excessivo com aluguel (cerca de 72 mil domicílios).

 Ao analisar a participação de cada um dos quatro componentes na constituição do Déficit Habitacional observa-se que a Coabitação familiar correspondia a mais da metade do déficit habitacional em 2007 (63,3%) e em 2015 perdeu participação no déficit total, reduzindo-se a 40,8% deste. Por sua vez, o Ônus excessivo com aluguel, que representava 20,8% do déficit em 2007 cresceu e em 2015 representou 39,4%. Juntos, Coabitação familiar e Ônus excessivo com aluguel continuaram representando mais de 80% do déficit habitacional do estado.

 As habitações precárias, que em 2007 representavam 10,3% do déficit, ampliaram participação na composição, atingindo 18,2% do déficit em 2015. Entre os dois anos, 22 mil domicílios saíram da condição de adensamento excessivo, fazendo a participação deste componente no déficit declinar de 5,7% para 1,6%.

 Segundo o coordenador de pesquisas sociais da SEI, Guillermo Etkin, “as políticas habitacionais realizadas no estado que, entre outros resultados, promoveram a construção de 331.484 domicílios entre 2007 e 2015, também repercutiram na redução do déficit habitacional baiano reduzindo-o em cerca de 11,5%”. Este arrefecimento foi verificado em dois componentes do Déficit, com destaque para a redução em cerca de 43,9% no item Coabitação familiar. O componente Ônus Excessivo com Aluguel e Habitações Precárias registraram aumento no período sem, contudo, promover aumento no déficit total, visto que não suplantaram a redução dos demais componentes.

 Para o diretor de pesquisas da SEI, Armando Castro, as mudanças recentes no programa Minha Casa, Minha Vida podem ter reflexo negativo no déficit. “A questão habitacional é um dos principais problemas sociais do País. Com os cortes no programa Minha Casa Minha Vida, principalmente nas faixas de renda onde há presença dos quatro componentes, perderemos muito a capacidade de continuar reduzindo o déficit habitacional”.

 O que é déficit habitacional

 Como déficit habitacional entende-se a necessidade de construção de novas moradias para a solução de problemas de habitação. Para calcular o déficit habitacional são considerados domicílios que levam em conta pelo menos uma de quatro características - Habitações precárias (domicílios improvisados e/ou com paredes externas que não são de tijolos), Coabitação familiar (famílias que residem com outra no mesmo domicílio e têm intenção de se mudar e/ou residem em um cômodo), Ônus excessivo com aluguel (domicílio alugado cujo valor do aluguel excede 30% do rendimento domiciliar) e o Adensamento excessivo (domicílio alugado cujo número de residentes é maior do que três pessoas por dormitório).

Embasa divulga resultado de prova discursiva do concurso

O Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), organizador do concurso público da Embasa, divulgou nesta terça-feira (29) o resultado da prova discursiva do certame. Os candidatos podem verificar a classificação na internet, no endereço eletrônico www.ibfc.org.br.

 O concurso público da Embasa visa o preenchimento de 600 vagas para 11 funções dos níveis médio, técnico e superior. As vagas são destinadas a 64 municípios, contemplando unidades da Embasa em Salvador, região metropolitana e interior. Os salários admissionais variam de R$ 1.122,84 a R$ 6.793,31.

 As vagas de nível superior são oferecidas aos profissionais com formação em ciências contábeis; análise de sistemas, processamento de dados, ciência da computação, engenharia de computação ou sistemas de informação; engenharia civil ou engenharia de produção civil; engenharia sanitária ou engenharia sanitária e ambiental; e engenharia elétrica. As vagas de nível médio-técnico são destinadas para técnicos em edificações e técnicos em eletromecânica. Já para o nível médio, há vagas para agente administrativo, agente operacional, assistente de laboratório e operador de processos de água e de esgoto.

 O prazo de validade do concurso, organizado pelo Instituto IBFC, será de 6 (seis) meses, contados a partir da data da homologação do resultado final, podendo, a critério da Embasa, ser prorrogado uma vez por igual período, por conveniência administrativa da empresa.

Contas públicas têm déficit recorde de R$ 16,138 bilhões em julho

Real-Moeda Nacional

O setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, registrou déficit nas contas públicas em julho, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (30) em Brasília.

 O déficit primário, receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros, ficou em R$ 16,138 bilhões. Esse foi o pior resultado para o mês na série histórica iniciada em dezembro de 2001.

 O resultado de janeiro a julho também foi o maior para o período, chegando ao déficit primário de R$ 51,321 bilhões. Em 12 meses encerrados em julho, o déficit primário ficou em R$ 170,520 bilhões, o que corresponde a 2,66% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

 O governo enviou ao Congresso Nacional proposta de mudança da meta fiscal. Originalmente, a meta de déficit estava fixada em R$ 139 bilhões para este ano e em R$ 129 bilhões para 2018. O governo propõe a meta com déficit de R$ 159 bilhões neste ano e em 2018, para o governo central. 

"Com a revisão das metas, o governo vai tomar as medidas necessárias de refazer sua programação para que alcance o cumprimento das metas", disse o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Fernando Rocha.

 Governos estaduais têm déficit primário de R$ 1,924 bilhão

 Em julho deste ano, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) acusou déficit primário de R$ 13,977 bilhões. Os governos estaduais apresentaram déficit primário de R$ 1,924 bilhão, e os municipais, de R$ 728 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram superávit primário de R$ 491 milhões no mês passado.

 Em julho, os gastos com juros nominais ficaram em R$ 28,482 bilhões, contra R$ 40,597 bilhões em igual mês de 2016. Rocha explicou que a redução nos gastos com juros ocorreu porque a autarquia obteve ganhos com operações no mercado de câmbio (swaps cambiais), neste ano. Também houve redução na taxa básica de juros, a Selic, e na inflação, que são os principais indexadores das despesas com juros da dívida pública.

 O déficit nominal, formado pelo resultado primário e os resultados de juros, atingiu R$ 44,620 bilhões no mês passado ante R$ 53,403 bilhões de julho de 2016. Em 12 meses encerrados em julho, o déficit nominal ficou em R$ 598,711 bilhões, o que corresponde a 9,35% do PIB.

 Dívida pública

 A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 3,206 trilhões em julho, o que corresponde a 50,1% do PIB, com elevação de 1,4 ponto percentual em relação a junho. Esse foi o maior resultado desde dezembro de 2004, quando ficou em 50,2% do PIB. Esse foi o maior resultado desde dezembro de 2004, quando ficou em 50,2% do PIB.

 Rocha disse que o aumento na dívida pública ocorreu devido principalmente à queda do dólar. A dívida pública sobe quando há queda do dólar, porque as reservas internacionais, o principal ativo do país, são feitas de moeda estrangeira. No mês passado, o dólar caiu 5,4%.

 Para este mês, a previsão do BC é que a dívida líquida continue a subir e alcance 50,8% do PIB.

 A dívida bruta – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais - chegou a R$ 4,722 trilhões ou 73,8% do PIB, com aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao mês anterior. A projeção para a dívida bruta em agosto é 74,3% do PIB.
Fonte: Agência Brasil

Defesa Civil declara estado de emergência no DF devido à baixa umidade

Defesa Civil declara estado de emergência no DF devido à baixa umidade

Nos últimos dois dias, a umidade relativa do ar alcançou o índice mínimo de 11% no Distrito Federal (DF). A redução levou a Defesa Civil do DF a declarar estado de emergência. A declaração serve como alerta para os órgãos públicos e também para a população, que pode sofrer mal-estar e ter problemas como sangramento nasal.

 Crianças e os idosos são os que mais sofrem com a baixa umidade, mas seus efeitos podem atingir toda a população, por isso a Defesa Civil recomenda a adoção de medidas protetivas. Enquanto as condições climáticas se mantiverem assim, deve-se, por exemplo, evitar atividades físicas e trabalhos ao ar livre, como coleta de lixo, entre 10h e 17h, devido à maior incidência do sol.

 O órgão recomenda que a população aumente a ingestão diária de líquidos, bebendo pelo menos seis copos de água de tamanho médio durante o dia; comer refeições leves, incluindo frutas e verduras; evitar os banhos prolongados com água quente; usar protetor solar, creme hidratante ou óleo vegetal em abundância para evitar o ressecamento da pele; pingar duas gotas de soro fisiológico em cada narina, pelo menos seis vezes ao diapara evitar ressecamento e sangramento. O uso de umidificador ou de toalhas molhadas e bacias com água nos ambientes fechados, em vez de ar-condicionado, pode ajudar a manter o ambiente menos seco.

 Incêndios

 Segundo o Corpo de Bombeiros do DF, até o último dia 27 de agosto foram atendidas 4.756 ocorrências de incêndio florestal, atingindo uma área queimada de 6.370,64 hectares. Apenas no mês de agosto foram registrados, até o momento, 2.469 ocorrências, atingindo um total de 3.997.72 hectares.

 100 dias sem chuva

 De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), hoje completam 100 dias sem chuva no Distrito Federal. A tendência, de acordo com o órgão, é de que a situação piore nos próximos dias, podendo inclusive comprometer o desfile do 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios.

 A situação crítica atinge também outras localidades da região central do país. Por isso, também nesta quarta-feira, 30, o Inmet ampliou as áreas em alerta vermelho devido à seca. Além da região central de Goiás, em especial as cidades de Goiânia e Luziânia, e de pontos do entorno e do Distrito Federal, como o Gama, passaram a ser abrangidas por esse alerta as áreas da faixa oeste, centro e noroeste de Goiás; o leste do Mato Grosso; o sul e sudeste de Tocantins; e o oeste do DF, abarcando, entre outra localidades, o Plano Piloto, Vicente Pires, Guará, Taguatinga, Ceilândia, Mangueiral.
Fonte: Agência Brasil

Banco Central lança campanha para incentivar circulação de moedas

Moeda, dinheiro

O Banco Central (BC) lançou hoje (30) campanha nacional para incentivar a circulação de moedas no país. Um vídeo que será veiculado nas mídias sociais vai mostrar à população a importância de retirar moedas de cofrinhos, gavetas e cinzeiros, por exemplo, para aumentar a oferta do numerário, facilitar o troco e reduzir o gasto público.

 “É papel do Banco Central sensibilizar o público quanto à necessidade de promover a recirculação das moedas guardadas, pois o entesouramento, além de contribuir para a dificuldade de troco, motiva a necessidade de produção de novas moedas, cujos custos têm sido crescentes. A recirculação de moedas contribui para a redução do gasto público”, disse o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, ao lançar a campanha.

 De acordo com Goldfajn, o custo de suprimento de moedas alcançou cerca de R$ 243 milhões, no ano passado. “Além disso, colocar moedas para circular é bom para o setor real da economia e bom para o meio ambiente. Fabricar menos moedas implica, por exemplo, economia de energia e de minérios”, destacou.

 Goldfajn disse também que o conjunto das moedas entesouradas representa cerca de 35% do total. Se foram consideradas quase 25 bilhões de moedas de Real, emitidas desde 1994, chega-se ao número estimado de 8,7 bilhões de moedas entesouradas, o que corresponde aproximadamente a R$ 1,4 bilhão.

 “A quantidade de moedas hoje alcança R$ 6,3 bilhões em valor, o que corresponde a uma disponibilidade por pessoa de R$ 31 em moedas, equivalente a 123 unidades por habitante”, acrescentou Goldfajn.

 O presidente do Banco Central disse ainda que, no ano passado, foram postas em circulação 761 milhões de unidades de novas moedas, 11% acima do total disponibilizado eem 2015 (685 milhões). Neste ano, até o dia 31 de julho, já foram postas em circulação 434 milhões de novas moedas.

 Antes do discurso de lançamento da campanha, Goldfajn depositou R$ 3,90 em moedas em uma máquina do BC. A máquina emite um recibo que serve para trocar por cédulas no Banco Central. O equipamento só está disponível para funcionários da instituição. No entanto, Goldfajn disse que a iniciativa poderá ser levada a outros órgãos.
Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Aprovado estatuto que regula ações da Câmara do Turismo do Sertão


Representantes do poder público, entidades da iniciativa privada e sociedade civil aprovaram o 'Estatuto da Câmara Técnica Caminhos do Sertão' nesta terça-feira (29), em Alagoinhas, na região nordeste da Bahia. A câmara turística compreende os municípios de Adustina, Aramari, Araci, Banzaê, Canudos, Cipó, Conceição da Feira, Euclides da Cunha, Feira de Santana, Itapicuru, Irará, Monte Santo, Santa Bárbara, Sítio do Quinto e Tucano. A iniciativa tem o apoio da Secretaria do Turismo do Estado (Setur).

 Durante a reunião realizada nesta terça (29), na Fundação Iraci Gama, o diretor de Regulação e Certificação dos Serviços Turísticos da Setur, Divaldo Borges, destacou a importância do estatuto. “É imprescindível que as ações da câmara estejam ajustadas ao estatuto que estabelece sua missão, finalidade, direitos e obrigações, dentre outros aspectos”, afirmou.

 Instituídas pela Lei Estadual do Turismo, as câmaras das zonas turísticas são instâncias de governança que têm como objetivo articular o desenvolvimento do setor. Também cabe a elas promover a elaboração ou adequação de planos de desenvolvimento do turismo e acompanhar a implantação de projetos de Turismo. “O trabalho conjunto entre setor público e iniciativa privada propicia maior resultado para o plano de fortalecimento das regiões turísticas”, disse Divaldo Borges. 

Zona turística que agrega grande potencial para o turismo nos mais diversos segmentos, os Caminhos do Sertão têm como destaques estão o Turismo Religioso, em Monte Santo e Serrinha, onde é realizada, há quase 90 anos, a Procissão do Fogaréu.

Na Ucrânia, Rui assina acordo para construção de fábrica de insulina na Bahia


“Acabamos de assinar protocolo importante, da transferência de tecnologia e da implantação da unidade de produção de insulina na Bahia. É bom para a saúde dos brasileiros, e é bom para a economia brasileira”. A declaração é do governador Rui Costa, que publicou vídeo nas redes sociais após assinatura do termo de compromisso do Governo do Estado com a empresa ucraniana Indar em Kiev, capital da Ucrânia, na manhã desta terça-feira (29). Com a parceria, a Bahiafarma será o primeiro laboratório do Nordeste a produzir insulina, medicamento utilizado no controle do diabetes. 

“O Ministério da Saúde passa a fazer a aquisição [da insulina] por um preço muito menor, facilitando assim o acesso a esse medicamento para milhares de pessoas. É um passo importante para a saúde pública do Brasil, acrescentou Rui no depoimento gravado ao lado da presidente da Indar, Liubov Viktoriyna Vyshnevska. De acordo com pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde e divulgada em março deste ano, o número de brasileiros diagnosticados com diabetes cresceu 61,8% nos últimos 10 anos, passando de 5,5% da população em 2006 para 8,9% em 2016.

 A produção de insulina pela Bahiafarma, laboratório público da Bahia, em parceria com a Indar resultará na construção de uma fábrica nas proximidades do Centro Industrial de Aratu com capacidade para atender a demanda do Ministério da Saúde, que vai distribuir o medicamento para todo o país. “A fábrica será construída sem dúvida nenhuma e a insulina brasileira terá acesso ao mercado por um preço bem acessível”, afirmou a presidente da empresa ucraniana, que assegurou também a qualidade do medicamento que será produzido na Bahia.

 A expectativa é de que já em novembro a Bahiafarma comece a entregar para o Ministério da Saúde a insulina comprada pronta da Indar. O cronograma do acordo prevê que dentro de três anos a fábrica fique pronta. O investimento será de R$ 250 milhões com capacidade de produzir 25 milhões de frascos por ano, maior que a quantidade produzida na Ucrânia, 15 milhões frascos/ano. Na avaliação do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, o investimento na Bahia representa “mais emprego, mais inovação e mais desenvolvimento” para o estado.

 Para Ronaldo Dias, presidente da Bahiafarma, a parceria internacional “concretiza a política do governador Rui Costa de promover a industrialização do estado e amplia, ainda mais, a oportunidade de produtos que podem ser acessados pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”. A Indar possui mais de 15 anos de experiência em pesquisa e produção de insulina, utilizando tecnologia original e inovadora, além de realizar operações comerciais em diversos países. Para o secretário estadual da saúde, Fábio Vilas-Boas, o termo de compromisso “fará história na saúde pública do Brasil” na medida em que amplia o acesso da insulina para todo o povo brasileiro.

 Depois que a fábrica entrar em operação na Bahia, os problemas com a falta de insulina no Sistema Único de Saúde tendem a ser encerrados. Somente os portadores de diabetes tipo 1, dependentes regulares de insulina, representam hoje um universo de 600 mil brasileiros.

 O projeto de produção de insulina da Bahiafarma foi aprovado pelo Ministério da Saúde em agosto deste ano, por meio da Portaria 1.993, publicada no Diário Oficial da União. Com a publicação, o laboratório público do Estado da Bahia passou a estar apto a fornecer o medicamento ao Sistema Único de Saúde (SUS).

 O compromisso do governador Rui Costa na capital ucraniana integra a programação da terceira missão internacional do Governo do Estado. Nesta quarta-feira (30), ele inicia a agenda na China, onde dá continuidade às negociações que estão destravando projetos importantes para o desenvolvimento do estado, a exemplo da ponte Salvador-Itaparica.

Bahia sedia reunião das instituições de assistência aos servidores estaduais

O 5º Meeting das Instituições de Assistência aos Servidores Públicos Estaduais, previsto para o final de novembro deste ano, será realizado em Salvador, em local a ser confirmado. A nova sede do encontro foi sugerida pela coordenadora geral do Planserv, Cristina Cardoso, durante a última edição do evento, na semana passada, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. “Outros dois estados também demonstraram interesse, mas houve uma eleição e nós fomos contemplados”, disse a gestora, que coordena o grupo articulador para formação de uma Rede Nacional de Assistências.

 Segundo ainda Cristina, está sendo criada “uma forte rede com o propósito de intensificar a relação e a colaboração mútua entre as assistências aos servidores públicos estaduais existentes em vários estados brasileiros”. Os meetings entre instituições de assistência aos servidores públicos são promovidos trimestralmente pelo Conselho Nacional de Entidades de Saúde dos Servidores Públicos (Conessp). O objetivo é discutir assuntos de interesse, tais como inovação, ética e judicialização da saúde, e também determinar iniciativas em comum em busca das melhores práticas e da qualidade da assistência prestada aos usuários.

 Para a coordenadora, trazer o evento para a Bahia é importante porque valoriza as ações de gestão adotadas pelo Planserv, que pode contribuir para que as demais assistências à saúde otimizem seus processos, através de exemplos de boas práticas. “É claro que nós também ganhamos ao conhecer ferramentas que geram resultados positivos ‘lá fora’, e que podem ser adaptadas para aprimorar o nosso processo de gestão. Além disso, sediar o evento não deixa de ser uma forma de incentivar o turismo de negócios na capital baiana”.

Fiocruz aumenta liberação do Aedes com bactéria que reduz eficácia do mosquito

Mosquitos com Wolbachia no insetário da Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou hoje (30), no Rio de Janeiro, uma nova fase de combate ao mosquito Aedes aegypti (transmissor de doenças como a dengue, zika e chinkungunya) com a liberação - pela primeira vez em grande escala - do mosquito transmissor da doença com a bactéria Wolbachia.

 Ela reduz a proliferação e a eficácia da picada do mosquito. A iniciativa faz parte do projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil (EDB), que amplia, gradativamente, a área de liberação dos mosquitos no Rio.

 Nesta nova fase, foram beneficiados dez bairros da Ilha do Governador, entre os quais, o da Freguesia, da Ribeira, Zumbi, Monerá e Cacuia.

 Posteriormente, o objetivo é abranger toda a Ilha, expandindo a ação para outras localidades, como o centro e bairros das zonas norte e sul da cidade.

 As ações de liberação do mosquito irão até o fim do próximo ano, quando terão sido disponibilizados cerca de 2 milhões de mosquitos e beneficiados 2,5 milhões habitantes.

 Ao falar da importância do projeto, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, disse que a ação está inserida em um contexto maior da Fiocruz de “eliminar doenças transmitidas pela Aedes aegypti, especificamente a dengue, a zika e a chikungunya”.

 “O trabalho será acompanhado por profissionais, pesquisadores e epidemiologistas e a nossa expectativa é que resultados importantes comecem a aparecer a partir de 2020 a 2021, em decorrência das observações em projetos já realizados. Acho que vai ser um grande avanço no controle da doença em todo o país”, enfatizou.

 Mensuração da eficácia só em 5 anos

 Na avaliação do líder do programa Eliminar a Dengue: Desafio Brasil, o pesquisador da Fiocruz Luciano Moreira, somente entre três a cinco anos será possível avaliar realmente a dimensão e o impacto que a ação iniciada hoje trará para a população e até que ponto ela foi realmente beneficiada.

“Acredito que neste prazo poderemos realmente ter uma dimensão melhor do impacto que o projeto vai causar e os benefícios que ele trará para a população a ser abrangida pela iniciativa aqui no Rio de Janeiro”, disse.

 Ele ressaltou, no entanto, a necessidade de que, para vencer o mosquito, a população também terá que participar do programa. “É muito importante que as pessoas tenham a consciência de que têm que fazer a sua parte. Cuidar dos quintais, eliminar criadores e não deixar recipientes com água para que o mosquito possa proliferar”, ensinou.

 A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, ressaltou a importância da população. “Não podemos esquecer que a proliferação do mosquito está intimamente associada a questões sociais e ambientais e como lidamos com o ambiente, descartando objetos que podem se transformar em potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti”, afirmou.

Simulado de campo

 Para viabilizar a nova etapa do projeto, a Fiocruz colocou em funcionamento o Simulado de Campo, uma estrutura montada dentro da própria instituição com capacidade de produção em larga escala de Aedes aegypti com Wolbachia.

 A finalidade é suprir a maior demanda por mosquitos na fase atual e aumentar a capacidade de produção de ovos, que atualmente é de 600 mil a cada semana. Com o simulado, a capacidade passará inicialmente para 1,6 milhão de ovos e alcançará um pico de 3 milhões.

 A estrutura montada para maximizar a produção é única no país e poderá atingir 10 milhões de ovos de Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia. Segundo o líder do projeto, Luciano Moreira, “os ovos serão utilizados para a liberação nas áreas de abrangência do Eliminar a Dengue, para a manutenção da nossa colônia e também para as pesquisas conduzidas pelas equipes de especialistas do projeto”. 

No discurso em que anunciou o início da nova fase, a presidente da Fiocruz enfatizou a importância de novas iniciativas e de inovações tecnológicas como saída para o enfrentamento de doenças que afetam a saúde pública do país.

 Para ela, o projeto “é uma clara demonstração de como a inovação tecnológica pode contribuir para a superação de graves problemas de saúde pública, como as doenças que têm o Aedes aegypti como transmissor”.

 Como funciona o projeto

 Segundo informações da Fiocruz, o programa é uma iniciativa internacional, sem fins lucrativos, visando oferecer uma alternativa sustentável e de baixo custo às autoridades de saúde das áreas afetadas pela dengue, zika e chikungunya, “sem qualquer gasto para a população”.

 A sede do projeto mundial Eliminate Dengue: Our Challenge é na Universidade Monash, na Austrália. Os demais países em que a iniciativa está presente, em diferentes etapas, além do Brasil e da Austrália, são Colômbia, Índia, Indonésia, Sri Lanka, Vietnã, Fiji, Vanuatu e Kiribati.

 “O projeto propõe um método inovador capaz de reduzir a transmissão dos vírus da dengue, zika e chikungunya por meio da liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, promovendo uma substituição gradual da população de mosquitos em uma determinada área. Antes da liberação de mosquitos, a equipe de Engajamento e Comunicação do projeto vai a campo para interagir com a comunidade em busca da conscientização a respeito da importância da metodologia e da parceria com a população”, diz a fundação.

 As informações da Fiocruz indicam que o programa teve início em 2014, por meio de um projeto realizado em Tubiacanga, na Ilha do Governador, e Jurujuba, em Niterói. No final de 2016, ação foi expandida e agora está presente em 27 bairros de Niterói e em dez bairros da Ilha do Governador.

 No Brasil, o projeto é apoiado pelo Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis (Devit/SVS) e pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (Decit/SCTIE), ambos do Ministério da Saúde, com contrapartida da Fiocruz. 

Já o financiamento internacional inclui verba da Fundação Bill & Melinda Gates, via Universidade Monash (Austrália) e Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
Fonte: Agência Brasil

Presença das Forças Armadas no Rio completa um mês; balanço é positivo

Rio de Janeiro - Forças Armadas iniciam operação especial para os Jogos Olímpicos Rio 2016, e ocupam vias expressas da cidade (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O reforço da Forças Armadas na segurança do Rio de Janeiro completa um mês hoje (19), com a presença de 10 mil agentes federais no estado. O porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Roberto Itamar, fez um balanço positivo desse primeiro mês, mas disse que ainda é cedo para se fazer uma análise mais detalhada dos resultados.

 A operação tem vigência até o final do ano, podendo ser prorrogada até dezembro de 2018, conforme divulgado pelo presidente Michel Temer. “É um prazo ainda curto para se fazer uma análise mais detalhada dos resultados das operações. Principalmente porque o plano tem uma previsão de duração até o fim do ano que vem. Além disso, é um plano nacional, que envolve atividades em áreas de fronteiras, em outros estados, um plano de grande complexidade, que não é possível avaliar ainda”, disse.

 Iniciada em 28 de julho, a Operação Rio quer Segurança e Paz conta com 8,5 mil militares das Forças Armadas, que já atuaram em quatro oportunidades neste primeiro mês. Após a primeira fase do plano, que foi de reconhecimento para ambientar os militares com a área de atuação, foram feitas três grandes operações.

 A primeira, a Operação Onerat, no Complexo do Lins, foi feita no dia 5 de agosto e durou cinco dias, com início logo após a assinatura do decreto de Garantia da Lei e da Ordem, que autorizou a atuação das tropas na segurança pública do estado. A a segunda, a Operação Dose Dupla, ocorreu em Niterói, no dia 16 deste mês, seguida de ações em sete comunidades da zona norte da cidade, no último dia 21, que terminaram com cerca de 80 presos.

 O porta-voz do Comando Militar do Leste disse que as organizações criminosas têm mudado a forma de agir, pulverizando a distribuição de armas pelos bairros, o que dificulta o trabalho. Ele garantiu, no entanto, que não existe no Rio de Janeiro área na qual o Estado e o Poder Público não possam entrar. 

Roubos de carga

 De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, desde o início da Operação Égide, que já dura 45 dias, o número de roubos de carga diminuiu 44,51% nas rodovias federais de acesso ao Rio.

 Para o diretor de Segurança do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), coronel Venâncio Moura, a presença dos agentes federais contribuiu para a diminuição no roubo de cargas, mas o impacto poderia ter sido bem maior nesse primeiro mês. 

“Devemos chegar na casa dos 650 roubos neste mês de agosto. Em agosto do ano passado, foram 759 roubos. Vemos uma queda aproximada de 15%. Esperávamos uma queda maior, pois com o efetivo de mais 10 mil homens no território a expectativa é que inibiria mais a ação dos ladrões. Mas a queda, mesmo que seja pequena, é uma vitória para nós”.

 Desde o início do ano, foram registrados quase 7 mil roubos de carga, enquanto em todo o ano passado foram computados 9.950 roubos, segundo dados do Instituto de Segurança Pública. A média de roubo atualmente é de 20 por dia.

 O representante do sindicato disse que após o reforço das Forças Armadas na região metropolitana, os bandidos migraram para outras regiões, como Baixada Fluminense, Magé e Itaboraí.
Fonte: Agência Brasil

Confiança da Indústria avança 1,4 ponto em agosto, diz FGV

Pesquisa da CNI aponta estabilidade na produção industrial (Foto Arquivo - Agência Brasil)

O Índice de Confiança da Indústria avançou 1,4 ponto em agosto, totalizando 92,2 pontos, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgado hoje (29) em São Paulo. Houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais avaliados.

 O Índice da Situação Atual subiu 1,6 ponto para 90,0 pontos, o maior valor desde maio de 2014. Contribuiu para o resultado a melhor percepção sobre o nível dos estoques. A parcela de empresas que avaliam os estoques como excessivos caiu de 12,1% em julho para 10,8% em agosto, o menor percentual desde fevereiro de 2014.

 Aumentou também o percentual de empresas que consideram o nível de estoques insuficiente: de 3,3% para 3,6% entre julho e agosto. Na avaliação da FGV, após piora consecutiva por quatro meses, as empresas continuam com estoques industriais indesejados em agosto.

 O Índice de Expectativas aumentou 1,0 ponto e foi para 94,4 pontos. Contribuíram as melhores perspectivas para a produção nos três meses seguintes. O levantamento registrou alta na proporção de empresas prevendo produção maior de 29,1% para 34,2%. Aquelas que estimam produção menor passaram de 17,7% para 20,2% do total. Com o resultado, o indicador de produção prevista avançou 2,9 pontos, para 96,3 pontos.

 O Nível de Utilização da Capacidade Instalada recuou 0,6 ponto percentual em agosto para 74,1%, nível próximo ao de junho e inferior à média no ano, de 74,5%.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Estudantes homenageiam Luiz Gonzaga em peça de teatro


O Colégio Estadual Antonílio da França Cardoso, em Juazeiro, no norte da Bahia, está desenvolvendo um projeto para ampliar a relação dos estudantes com a arte teatral. O objetivo é discutir questões do cotidiano e relacionadas à cultura regional, tendo em vista que os estudantes participam de atividades complementares na unidade escolar, por meio do Programa Mais Educação. 

A montagem de uma peça, em forma de cordel, em homenagem a Luiz Gonzaga, é um dos desdobramentos do projeto. Intitulada 'Gonzagão: Cordel da Seca no Nordeste', a encenação já está sendo apresentada, abrindo as portas da escola para a comunidade local. No espetáculo, os estudantes fazem um passeio sobre a vida e obra do Rei do Baião, retratando aspectos que foram eternizados na música do cantor e compositor nordestino, a exemplo do povo sertanejo e a sua relação com a seca e o rio São Francisco.

 Breno Camargo, 17, estudante do 2º ano, participa do espetáculo e destaca os benefícios da atividade para o seu cotidiano escolar. “Depois que comecei a participar das oficinas, a minha vida mudou muito. Melhorei minhas notas na escola e minha convivência com a família e com os amigos. Estou gostando muito de atuar”, declara.

 A estudante Vitória Lima, 14, 9º ano, interpreta a mãe sertaneja e está muito envolvida com a atividade. “Interpreto a mulher, a mãe, a trabalhadora nordestina, retratando o seu sofrimento para cuidar da família a partir do convívio com a seca no Nordeste. O espetáculo é lindo”, relata Vitória.

 O professor Carlos Dias Júnior, monitor das oficinas de teatro na unidade escolar, comemora o resultado do projeto e explica que a iniciativa contribui para o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. “O objetivo do projeto é conseguir manter os jovens nas escolas, melhorar seu desempenho escolar e descobrir talentos a partir das oficinas de interpretação. Estamos canalizando esforços no crescimento pessoal e profissional deles e tem surtido muito efeito”, comemora.

 Teatro na escola

 A arte teatral é estimulada nas escolas estaduais por meio do projeto estruturante Festival Estudantil de Teatro (Feste), com vistas ao desenvolvimento das artes cênicas nos contextos escolares. A arte cênica é entendida como um processo artístico educativo, um jeito de comunicação, expressão e representação das distintas formas de manifestação da vida cultural.

 Nas escolas, as artes cênicas constituem-se como o lugar dos distintos gêneros teatrais (auto, monólogo, comédia, drama, fantoche, ópera, revista, tragédia, tragicomédia) voltados para a ação emancipatória.

Conder realiza encontro para orientar novos moradores do Centro Histórico de Salvador

As famílias beneficiárias do Programa de Habitação de Interesse Social (Phis) no Centro Histórico de Salvador são orientadas pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur), sobre a manutenção e preservação dos imóveis que estão sendo cedidos pelo Governo do Estado. A iniciativa também inclui dicas sobre o uso racional dos serviços essenciais, a exemplo do consumo de água, como aconteceu na tarde desta segunda-feira (28), na sede da instituição, no Pelourinho.

 A série de atividades tem como objetivo esclarecer aos moradores sobre os serviços que eles passarão a administrar, como as despesas com água e energia. “Orientamos cada uma dessas famílias, muitas provenientes do aluguel social ou bolsa aluguel, neste momento de transição. Nesses encontros eles recebem dicas importantes, como hoje, por exemplo, de cada uma das etapas da captação e da distribuição de água, assim como é possível controlar o consumo e entender a leitura da conta e os dados apresentados”, declara Marise Melo, coordenadora de programas habitacionais da Dircas/Conder que atendem às famílias do Centro Antigo de Salvador.

 Antônio da Conceição e Ednalva Santos serão vizinhos, num imóvel da Rua São Francisco. Para ela, o encontro serviu para esclarecer dúvidas sobre questões técnicas do consumo individual de cada unidade habitacional. “A gente sabe que como cidadão temos direitos e deveres também”, afirma.

 O que mais chamou a atenção de Antônio da Conceição foi a questão do desperdício. “Se não tomarmos cuidado, poderemos ficar sem esse bem tão essencial. Já vou chegar em casa e falar o que vi e ouvi aqui para meu filho e filhas”, declara se referindo ao vídeo sobre consumo consciente que foi apresentado durante o encontro.

 Moradias no CHS

 A Conder, por meio da Diretoria do Centro Antigo de Salvador (Dircas), é responsável pela elaboração e execução de projetos na área de habitação social, incluindo as 108 famílias inseridas no Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado em 2005 com o Governo do Estado. Deste total, 80% já foram contempladas com unidades habitacionais. Mais 11 unidades habitacionais serão entregues até o final deste mês. As famílias que ainda não foram atendidas recebem auxílio aluguel, enquanto aguardam a conclusão da reforma dos imóveis onde irão morar, prevista para este ano.

 As reformas fazem parte do Programa de Habitação de Interesse Social (Phis), que visa a recuperação de imóveis que se encontram em ruínas, desocupados ou subutilizados para uso habitacional de pessoas em estado de vulnerabilidade social. A partir desse serviço de revitalização, são criadas unidades habitacionais com novas instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias, que beneficiarão as famílias, com toda a estrutura adequada e condições dignas para que essas pessoas possam viver bem.

Encontro Nacional reúne gestores estaduais de Economia Solidária

A experiência do Programa Bahia Solidária, do Governo do Estado, será apresentada nesta terça-feira (29), durante o Encontro Nacional de Gestores Estaduais de Políticas Públicas Integradas de Economia Solidária, que acontece até o dia 31 de agosto, em São Paulo.

 A secretária do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Olívia Santana, participa da mesa de abertura sobre o Bahia Solidária, que visa a geração de trabalho e renda através do associativismo e cooperativismo solidário e a promoção do desenvolvimento local e territorial. Os Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol) e o Programa Estadual de Microcrédito (CrediBahia) estarão entre as ações destacadas pela secretária da pasta.

Pouso das Artes é inaugurado nesta quinta-feira

Um imóvel no Centro Histórico de Salvador receberá artistas e grupos culturais do interior do estado da Bahia, de outros estados brasileiros e até mesmo do exterior. O Pouso das Artes será inaugurado na quinta-feira (31), pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), com um cortejo festivo que sairá às 15h da Escola de Dança da Funceb em direção à casa de n° 22 na Rua das Laranjeiras, reunindo performances de várias linguagens artísticas.

O cortejo vai contar com a participação de alunos e professores do Curso Preparatório da Escola de Dança da Funceb, crianças e adolescentes com idades de 5 a 17 anos, tendo também como convidados a Escola Odemaster de Mussurunga, a Band'Axé, do Projeto Axé; a Banda Quabales do Nordeste de Amaralina; a Filarmônica Filhos de Apolo, de Santo Amaro da Purificação, e as manifestações culturais Nativas de Arembepe e Boi Mirim de Parafusos, além de artistas de rua, circenses e bonecos gigantes.

 A Funceb e o Ipac, entidades vinculadas à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), realizam em parceria o Programa de Dinamização e Ocupação Artística de Espaços e Prédios Públicos do Centro Antigo de Salvador por Artistas, Grupos e Coletivos Artísticos, do qual o Pouso das Artes faz parte.

 “Este é um projeto que dialoga com vários outros da Funceb, de formação, pesquisa, circulação, intercâmbio e difusão para as várias linguagens”, considera Fernanda Tourinho, diretora da Fundação Cultural.

 A gestora cita que são muitas as expectativas em torno do Pouso das Artes como a possibilidade de criação de um programa de residência artística; atividades de formação e capacitação a partir de ofertas de cursos, seminários, trocas de experiências, promovidos pelo Centro de Formação em Artes, ou ainda intercâmbios artístico-culturais promovidos pela Diretoria das Artes, pela Dimas e pelo Teatro Castro Alves, unidades da instituição.

 Com dois apartamentos de dois quartos, sala, cozinha e banheiros, acesso à internet, mesas e cadeiras para refeições e estudos, o pavimento já equipado e decorado conta com 14 leitos. “Revisamos sistemas elétricos e hidráulicos, colocamos novos pisos, revimos a estrutura, recuperamos lajes e restauramos portas e janelas, além da compra de mobiliários, geladeira e outros itens domésticos”, explica o diretor geral do Ipac, João Carlos de Oliveira, que mais uma vez comemora a parceria, que desde 2015 vem promovendo ações amplas e permanentes para atendimento das demandas do segmento cultural, bem como a dinamização e preservação do patrimônio material do Centro Histórico.

 Políticas públicas

 Duas ações da Funceb já iniciam o programa de ocupação do Pouso das Artes. Representantes de 10 grupos selecionados no projeto Pólo Teatral/2017, oriundos de sete territórios de identidade do estado, foram convidados a participar do FILTE – Festival Latino Americano de Teatro da Bahia, que acontece até 6 de setembro na capital baiana, sendo hospedados no Pouso das Artes, uma ação da Coordenação de Teatro da Diretoria das Artes.

 Também a Coordenação de Literatura da Dirart selecionou quatro artistas da palavra do interior do estado para participar da Oficina Voun rooh ho: a poesia do incômodo versus a atualidade da poesia doudou, com Eliane Marques, do projeto Escritas em Trânsito, possibilitando suas permanências até o dia 2 de setembro e dando plena ocupação ao Pouso já em sua primeira semana de inauguração. 

Segundo João Carlos, o Pouso das Artes é mais uma parceria da Funceb com o Ipac, que também disponibilizou casa para as Filarmônicas da Bahia, a Central das Filarmônicas. "Além de atendermos às políticas públicas de artes da Funceb, essa parceria traz mais excelentes projetos e dinamização urbana para o Pelourinho", completa.

 Regulamento 

 A demanda por local de hospedagem para artistas, grupos e coletivos artísticos na capital baiana é uma reivindicação dos artistas prevista nos Planos Setoriais das Artes, e finalmente atendida pela Funceb. A ocupação do espaço ocorrerá também por solicitação direta de artista/grupo que será analisada com base no regulamento que pode ser conferido no site da Fundação Cultural.

Centro Antiveneno da Bahia é referência em toxicologia no Nordeste


Inaugurado pela Secretaria de Saúde do Estado em agosto de 1980, o Centro Antiveneno da Bahia (Ciave) completa 37 anos de fundação. Para marcar a passagem da data é realizada a 3ª Semana Estadual de Prevenção das Intoxicações na sede da unidade localizada no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), no bairro do Cabula, em Salvador. A programação, iniciada na manhã desta segunda-feira (28), conta com palestras, exposições de animais peçonhentos em estado de conserva e plantas tóxicas, distribuição de materiais educativos, além de ações sociais, a exemplo da doação de sangue pela equipe de profissionais do Ciave.

 As comemorações envolvem capacitação, fator importante para a melhoria do serviço prestado à sociedade. O centro, referência em toxicologia no Nordeste, é responsável pela regulação e controle das atividades ligadas à toxicologia e ao envenenamento em todo o estado. O Ciave atua no apoio a ações de toxicovigilância em parceria com instituições de vigilância sanitária e epidemiológica; distribuição de soro antiveneno para hospitais regionais, além de garantir orientações para prevenção, diagnóstico e tratamento de intoxicação para profissionais da saúde e os cidadãos necessitados, por meio do telefone 0800 284 4343.

 “O Ciave realiza um conjunto de serviços que possibilita mais conhecimento aos profissionais da saúde e, sobretudo, à população. Tiramos dúvidas, orientamos e, quando necessário, realizamos atendimentos. Temos setores de pesquisa que estudam e buscam soluções para a prevenção do envenenamento e intoxicação“, explica o diretor do Ciave, Daniel Rebouças.

 A insttitução também realiza atendimento presencial para pacientes que dão entrada na emergência do Hospital Roberto Santos. Além disto, desenvolve estudos sobre animais peçonhentos em estado de conserva, assim como em plantas venenosas. Os resultados servem de embasamento para atendimentos em seres humanos e animais. O Centro tem laboratórios dedicados à análise de sangue e urina para a obtenção de diagnósticos.

 Somente no ano passado, mais de dez mil pessoas foram picadas por escorpião, por exemplo. O número assusta, mas com o apoio do Ciave quase não houve mortes. Anualmente, o centro atende cerca de 7,5 mil ocorrências tóxicas, 16 mil acidentes por animais peçonhentos, além de 3 mil casos de intoxicação em geral, através de notificações recebidas pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), ocorridas em todos os municípios da Bahia. Para isso, conta com equipe multidisciplinar com biólogos, psicólogos, enfermeiros, farmacêuticos, veterinários, toxicologistas e terapeuta ocupacional. Ao todo, são quarenta funcionários e 35 estagiários.

 “Estudo em universidade pública e vejo o Ciave como uma grande oportunidade de aprender na prática o que aprendo na teoria em sala de aula. Sem dúvida é um grande diferencial para a minha formação”, afirma a universitária, Louise Lima, estudante do curso de farmácia.

 A tentativa de suicídio é a segunda maior causa de intoxicação. De acordo com dados do Ciave, representa 22% dos casos, sendo a maioria por uso abusivo de medicamentos. Esta demanda de pacientes é atendida pelo Núcleo de Estudos e Prevenção do Suicídio (Neps), com acompanhamento psicológico e psiquiátrico. O público-alvo são pacientes com depressão grave, entre outros fatores de risco.

 “O Neps é um ambulatório de saúde mental que acolhe e atende pessoas que já tentaram o suicídio ou que tem potencial para fazer esta tentativa. Trabalhamos principalmente com a prevenção. Os atendimentos acontecem mediante agendamento que deve ser feito pelo telefone 3116-9440”, explica a coordenadora do núcleo, Soraya Carvalho.

Leilão de bens públicos do Estado arrecada quase R$ 2 milhões

O quinto leilão de bens públicos estaduais, realizado na última sexta-feira (25), arrecadou o total de R$ 1.959.150 – quase o dobro do valor estimado. Do total, mais de R$ 1,5 milhão arrecadado foi oriundo da alienação de veículos – 176 dos 241 lotes negociados são automóveis do Estado. Além dos veículos, foram leiloados móveis, sucatas, máquinas, materiais de informática, eletrônico e hospitalar, entre outros, também sem uso para o Estado.

 “Os itens alienados neste e nos demais leilões promovidos pelo Governo do Estado lançam mão de bens que se encontravam sem uso ou que originalmente pertenciam a órgãos públicos extintos. Todo o montante arrecadado será revertido para a Tesouro e investido no reaparelhamento do Estado, integrando as políticas públicas para qualificação do gasto público”, afirma o secretário da Administração, Edelvino Góes.

 O certame, realizado no Hotel Sheraton da Bahia, bairro do Campo Grande, em Salvador, teve a participação de 290 pessoas vindas dos estados da Bahia, Alagoas, Goiás, Paraíba, Paraná, Pernambuco e São Paulo, além de Brasília (DF). A participação no leilão é aberta a qualquer pessoa física ou jurídica, podendo ser pública ou privada no caso da segunda hipótese. A exceção é dos servidores públicos, que são vedados de celebrar contrato com a administração pública.

 O lote melhor avaliado, composto por equipamentos de informática, foi alienado por R$ 52 mil. Já o lote mais barato, também composto por itens de informática, foi avaliado em R$ 150. Todos os bens públicos disponíveis para a alienação estiveram distribuídos entre 20 diferentes locais de visitação, alocados em Brasília e mais 13 cidades baianas. A visitação ocorreu no período de 21 a 24 de agosto, como disposto em edital.

 Como funciona

 Os bens públicos são apregoados pelo lance mínimo, conforme avaliação feita pelo Estado. Os participantes fazem suas ofertas a partir do valor mínimo. Quem oferecer o maior valor arremata o lote. Após arrematar um lote, o licitante precisa pagar no ato 20% do valor do lote adquirido. Os 80% restantes devem ser quitados em até dois dias úteis, sob pena de perda do sinal e do bem arrematado. O licitante vencedor também pagará ao leiloeiro a comissão de 5% sobre o valor da arrematação, conforme determina o Decreto Federal nº 21.981, de 19.10.1932 e a Lei Estadual 9.433, de 01.03.2005.

 Cabe à Saeb alienar os bens públicos desativados do Estado, conforme artigo 7º do Decreto nº 9.461 de 20 de junho de 2005 - embora unidades da administração indireta também possam realizar leilões. Os bens são considerados inservíveis quando o custo de manutenção é mais caro para o Estado do que investir na compra de um novo.

ONU alerta para aumento de casos de doença misteriosa na América Central

Segundo especialistas, a origem da enfermidade renal ainda é incerta

Um grande número de jovens vivendo em comunidades de pequenos agricultores na América Central está sofrendo de uma misteriosa doença renal. Em comunicado, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), informou que a doença tem origem incerta e não está relacionada ao diabetes ou à hipertensão. A informação é da ONU News.

 A agência da ONU emitiu recomendações às áreas afetadas alertando que as pessoas mais propensas a desenvolver o mal renal são homens jovens em comunidades agrícolas de baixa renda. Para a Opas, a doença está associada a fatores como poluentes ambientais, condições de trabalho precárias e agroquímicos assim como baixa ingestão de água.

 Os primeiros casos surgiram há mais de 10 anos. Numa nova publicação, Epidemia de Doença Renal Crônica em Comunidades Agrícolas da América Central, a agência tenta estabelecer um plano de vigilância para a enfermidade.

 De acordo com a Opas, os sistemas de saúde da região precisam de mais informação sobre a epidemiologia para responder à situação e detalhar o que pode ser usado como estratégias. Uma das propostas é identificar pacientes com risco de insuficiência renal e que possam receber o tratamento adequado para mitigar esses riscos.

 Problema de saúde pública

 Um estudo recente mostrou que mais de 60 mil mortes causadas por complicações renais ocorreram entre 1997 e 2013 na América Central. Muitos casos só foram diagnosticados num estágio bem tardio.

 Entre 2005 e 2012, somente em El Salvador, as internações devido ao problema subiram 50%. Um ano depois, representantes da América Central e da República Dominicana emitiram uma nota sobre o tema indicando a epidemia de causas desconhecidas como um sério e urgente problema de saúde pública.

 A Opas informou que continuará acompanhando a situação para promover uma vigilância e mobilização na área além de promover melhorias no meio ambiente e condições de trabalhos dessas comunidades rurais.
Fonte: Agência Brasil

PF desarticula quadrilha que fraudava a Previdência Social

A Polícia Federal cumpriu hoje (28) dez mandados de busca e apreensão e nove mandados de condução coercitiva no distrito de Santa Maria, em Campos dos Goytacazes, norte fluminense, contra integrantes de uma quadrilha especializada em fraudes a benefícios assistenciais ao idoso, da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), da Previdência Social.

 As investigações indicaram que a associação criminosa, formada por três irmãos, utilizava documentos falsos em nome de pessoas fictícias para obter, de forma irregular, centenas de benefícios de prestação continuada. O grupo causou prejuízo estimado em cerca de R$ 13 milhões à Previdência Social. Parte do dinheiro obtido com as fraudes foi localizado em contas de “laranjas”, resultando no bloqueio judicial de R$ 6,6 milhões.

 De acordo com o delegado Vinicius Venturini, responsável pela investigação, da quadrilha faziam parte um grupo de ciganos instalados no município de Campos. Segundo ele, “esse foi um grande passo na investigação, porque a Justiça mandou bloquear R$ 6,6 milhões encontrados em contas da quadrilha, que retornarão aos cofres da Previdência Social”.

 Deflagrada em abril de 2016, a ação apurou a emissão irregular de certidões de nascimento tardias pelos antigos responsáveis pelos cartórios de registro civil de Travessão e Vila Nova, sem que houvesse o cumprimento dos requisitos legais, bem como a utilização de tais documentos junto ao INSS visando a obtenção irregular de benefícios assistenciais de prestação continuada.
Fonte: Agência Brasil

Dívida pública cai 0,48% e fica em R$ 3,34 trilhões em julho

dinheiro

A Dívida Pública Federal - que inclui o endividamento interno e externo do Brasil - apresentou redução em julho. O estoque da dívida caiu 0,48%, passando de R$ 3,357 trilhões em junho para R$ 3,341 trilhões em julho, informou hoje (28),em Brasília, a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.

 A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública que pode ser paga em reais, teve seu estoque diminuído em 0,27%, ao passar de R$ 3,233 trilhões para R$ 3,224 trilhões.

 Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal Externa, captada do mercado internacional, houve redução de 6,12% sobre o saldo apurado em junho, encerrando julho em R$ 116,41 bilhões (US$ 37,18 bilhões).

 Real se valoriza

 "A variação ocorreu principalmente devido à valorização do real frente às principais moedas que compõem o estoque da dívida externa e ao resgate líquido, no valor de R$ 2,54 bilhões", diz o relatório.

 A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta. A variação pode ocorrer também pela assinatura de contratos de empréstimo.

 Neste caso, o Tesouro toma empréstimo de uma instituição ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada região. Já a redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de títulos.

 De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida pública poderá fechar este ano entre R$ 3,45 trilhões e R$ 3,65 trilhões.

 Argumentação

 O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Leandro Secunho, disse que a tendência é que a dívida encerre o ano dentro do intervalo do Plano Anual de Financiamento, por conta da estratégia já definida pelo Tesouro e o cronograma de vencimentos dos títulos.

 Secunho afirmou que julho foi “um mês bastante positivo”, com redução de taxas de juros e leilões volumosos com concentração em títulos prefixados. “O ano tem sido mais positivo do que era nossa expectativa. Temos conseguido fazer leilões prefixados com volumes mais significativos do que estava na nossa estratégia, devido a esse movimento de queda das taxas de juros. A inflação tem surpreeendido positivamente para baixo”, disse.
Fonte: Agência Brasil

Gasolina fica mais cara a partir de amanhã nas refinarias

Mais de um milhão de pessoas continuam sem ônibus no Distrito Federal pelo segundo dia consecutivo. A população usa transporte alternativo e o trânsito fica complicado com mais carros nas vias (José Cruz/Agência Brasil)

A partir de amanhã (29), o preço da gasolina nas refinarias sofrerá um aumento de 1,1% e o do diesel de 0,4%. O anúncio foi feito hoje (28) pela Petrobras e segue a nova política de ajuste de preço, que tem como base o preço de paridade de importação.

 O ajuste anterior havia sido anunciado no sábado (26), com aumento de 1,2% na gasolina e diminuição de 0,7% no diesel. A nova política foi adotada no começo de julho e, desde então, os reajustes são feitos quase que diariamente. Os percentuais podem ser acompanhados no site da Petrobras.
Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Arrecadação federal em julho tem menor nível em sete anos

O fraco desempenho da economia e a redução de pagamento de tributos por instituições financeiras fizeram a arrecadação federal registrar em julho o menor nível em sete anos. Segundo dados divulgados há pouco pela Receita Federal, a arrecadação somou R$ 109,948 bilhões no mês passado, queda de 0,34% em relação a julho do ano passado, descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em valores corrigidos pelo IPCA, esse é o menor nível para o mês desde 2010.

 Nos sete primeiros meses do ano, a arrecadação federal acumula R$ 758,533 bilhões, também o menor valor desde 2010. O montante é 0,61% maior que o do mesmo período de 2016, descontando a inflação pelo IPCA. Esse crescimento acumulado, no entanto, decorre unicamente das receitas não administradas (principalmente royalties do petróleo), que subiram 49,9% de janeiro a julho acima da inflação em relação aos mesmos meses de 2016.

 Se forem consideradas apenas as receitas administradas pela Receita Federal (como impostos e contribuições), a arrecadação teria tido queda real – descontado o IPCA – de 1,7% em julho e de 0,41% nos sete primeiros meses do ano.

 Segundo a Receita Federal, os principais tributos que puxaram a queda da arrecadação em julho foram o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que caíram 18,6% em relação ao mesmo mês do ano passado descontando a inflação. Essa diminuição, ressaltou o órgão, foi motivada principalmente pela redução das projeções de lucro das instituições financeiras, que fez desabar o pagamento dos dois tributos com base nas estimativas mensais.

 A espera pelo Programa Especial de Regularização Tributária (Pert), que regularizará dívidas de contribuintes com a União e cujo prazo de adesão começou em agosto, também contribuiu para que as empresas adiassem o pagamento dos dois tributos. A queda na arrecadação de Imposto de Renda poderia ter sido ainda maior se o programa de regularização de recursos no exterior, chamado de repatriação, não tivesse arrecadado R$ 1,46 bilhão em julho.

 Em segundo lugar entre os tributos que mais contribuíram para a queda da arrecadação federal no mês passado ficaram a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Programa de Integração Social (PIS). A receita dos dois tributos, que incidem sobre o faturamento, caiu 4,07% em julho na comparação com julho do ano passado descontada a inflação.

 O PIS/Cofins reflete o comportamento das vendas. O volume de vendas de bens registrou crescimento de 4,33% em junho (fato gerador da arrecadação de julho) em relação a junho do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, as vendas de serviços caíram 3,03% e o desempenho do segmento financeiro também apresentou resultado negativo na mesma comparação, segundo o IBGE e a Receita Federal.
Fonte: Agência Brasil

MPE pode pedir que vítimas de naufrágio em Salvador sejam indenizadas

A partir da próxima segunda-feira (28), o Ministério Público do Estado da Bahia (MPE) passará a atender as vítimas e parentes de vítimas do acidente que resultou na morte de 18 pessoas e deixou outras desaparecidas, durante travessia marítima entre a Ilha de Itaparica e Salvador, na manhã de ontem (24). Segundo a promotora de Justiça do MPE Joseane Suzart, uma ação civil pública pode ser aberta para buscar indenização e responsabilização pelo ocorrido, caso as pessoas vitimadas tenham essa intenção.

 “A agência reguladora deveria estar atenta à situação e atuando de forma mais efetiva. A própria empresa sabe que obtém lucros e não se preocupa com a segurança da população. Precisamos entender que a responsabilidade é solidária, de todos os órgãos públicos e entidades, mas acima de tudo do proprietário da embarcação, que gera o serviço, é o responsável maior, porque presta um serviço inadequado”, constatou a promotora, durante coletiva de imprensa hoje (25), na sede do Ministério Público da Bahia, em Salvador.

 A empresa responsável pela lancha Cavalo Marinho 1 é a CL Transporte Marítimo. Por telefone, a empresa informou que ninguém falaria com a imprensa para comentar as ações do MPE.

 O coordenador da Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), Jacinto Chagas, assegurou que a quantidade de pessoas na embarcação (120) estava abaixo do máximo permitido (160). Além disso, ele garantiu que todos os itens de segurança estavam em dia, incluindo coletes e botes salva-vidas.

 “A embarcação foi vistoriada recentemente, cumpriu todas as exigências da Capitania dos Portos, conforme previsto nas normas de segurança. A Cavalo Marinho estava totalmente e adequadamente regularizada, a cada ano”, garantiu o coordenador.

 “O uso de coletes não é obrigatório na travessia. Muito embora, se o passageiro pedir, a tripulação tem obrigação de fornecer o equipamento. Nós operamos há aproximadamente 50 anos e não há nenhum caso de acidente desse tipo. Há caso de ficar à deriva ou de problema na embarcação, mas desse tipo nunca aconteceu”, destacou.

 Outras ações

 A promotora afirmou que o Ministério Público já tinha movido duas ações civis – em 2007 e 2014 - a respeito da qualidade das embarcações que fazem essa travessia e do serviço prestado pelas empresas de transporte hidroviário.

 “A ação de 2014 buscava prestação de serviço mais qualificado, seguro e, principalmente, a redução da tarifa. Nós temos um abaixo-assinado com mais de 400 pessoas reclamando das condições referentes à qualidade da atividade e ao valor exagerado que estava sendo exigido nas passagens”, disse a promotora, que contou ter solicitado à Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) constante fiscalização, acompanhamento e adoção de medidas cabíveis em relação ao serviço prestado.

 Em nota, a Agerba informou que as questões sobre “condições das embarcações, liberação de certificações e quesitos de segurança” devem ser apurados com a Marinha. Cabe à Agerba regular a prestação dos serviços, incluindo regulação de linhas, funcionamento dos terminais marítimos e cumprimento dos horários dos transportes. Além disso, a agência disse acompanhar “a documentação de segurança emitida pela Marinha, para permitir o funcionamento da linha e limpeza”.

 Além da Agerba, a ação cita a Capitania dos Portos que, segundo o MPE, enviou um ofício em 2014, no qual relata “que as embarcações estavam regulares, exceto duas que estavam em processo de regularização”. Apesar disso, Joseane Suzart destacou que “a prestação de serviço tinha de ser acompanhada, uma vez que um peso excessivo e outros aspectos operacionais podem tornar a atividade insegura”.

 Procurada pela reportagem, a Capitania dos Portos, vinculada à Marinha, nega ter sido notificada pelo MPE.

 Abaixo-assinado

À ação civil pública movida em 2014, o Ministério Público juntou um abaixo-assinado, contando mais de 400 nomes de pessoas que utilizam esse tipo de transporte para travessia.

 Segundo a promotora, o documento é mais um indício de que a qualidade do serviço e das embarcações “é questionável”. “Pelas mais de 400 pessoas que assinaram o abaixo-assinado, o transporte era considerado caro, inseguro e, acima de tudo, não eficiente para a necessidade dos passageiros. Nós acreditamos que esses reflexos são observados hoje com o acidente que ocorreu”, completou.

 O site da empresa LC Transporte Marítimo informa a cobrança de tarifas que vão de R$ 5,30 a R$ 7,10, a depender do dia da semana. Além disso, é cobrada uma taxa de embarque, no valor de R$ 1,20.

 Para a promotora, é importante levar em consideração que o serviço estava regularizado pelos órgãos fiscalizadores, mas “a maior responsável pelo acidente é a prestadora do serviço, a empresa”.

 “Temos que levar em conta dois aspectos: a Capitania dos Portos tem a responsabilidade de verificar a estrutura física da embarcação e, à época, a capitania relatou que as embarcações estavam em estado regular e a Agerba tem uma responsabilidade quanto à prestação do serviço. Ainda que a embarcação esteja regular, há que se observar a quantidade de passageiros, horários de embarque e desembarque, se alagamentos estão acontecendo, se há uma sobrecarga na embarcação”, argumentou a promotora que participou de visitas a essas embarcações, nos períodos das ações movidas e relatou “condições absurdas”, sobretudo nas avaliações sanitárias das embarcações.

 Condições

 Integrante da Associação em Defesa dos Passageiros José Batista Lima disse que vai a Mar Grande, amanhã (26), para se reunir com moradores da Ilha de Itaparica para discutir a qualidade dos transportes hidroviários que realizam as travessias diárias entre a ilha e a capital baiana. A reunião já estava agendada antes do acidente para discussão da situação do transporte e solicitação de providências às autoridades.

 “Eu já estava informado dos acontecimentos, que fizeram ofícios para os órgãos, pedindo uma audiência pública para mostrar a precariedade desse serviço das embarcações de travessia para Salvador. A embarcação Cavalo Marinho 1 deveria estar fora de operação, segundo os próprios moradores da Ilha, porque a situação estava precária”, destacou o representante dos passageiros. 

Durante as buscas que ocorreram nas horas seguintes ao acidente, populares se concentraram nas proximidades do Terminal Marítimo de Salvador, na Cidade Baixa, onde protestaram contra as condições das embarcações de travessia, sobretudo as lanchas. Entre os cartazes, dizeres como “tragédia anunciada não é acidente, é crime”.

 O funcionário público Ricardo Bonfim lamentava a perda de uma amiga no acidente. Ele contou que costuma fazer a travessia e que existem outras lanchas que precisam de atenção.

 “Estou triste pela perda da minha amiga Sandra dos Santos, estudou comigo, era alegre, cheia de vida e tinha uma vida enorme pela frente”, lamentou Ricardo, que pede atenção em relação a outras embarcações que oferecem o serviço de travessia.

 “Tem gente que não sabe nem como colocar o colete salva-vidas, não recebe instrução, tenho quase certeza de que há outras embarcações que podem estar em situação pior. Peço as autoridades que analisem isso. Será que só se aprende depois que morre um monte de gente?”
Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Centro de Atendimento a Múltiplas Vítimas é acionado pela primeira vez

Centro de Atendimento a Múltiplas Vítimas é acionado pela primeira vez

Pela primeira vez desde a inauguração, em 2016, o Centro de Atendimento a Múltiplas Vítimas do Hospital Geral do Estado (HGE) foi acionado para atender a uma emergência real. Na manhã desta quinta-feira (24), por volta das 7h, maqueiros, auxiliares administrativos, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos já estavam de prontidão para, caso necessário, receber e tratar até 25 vítimas simultâneas do naufrágio da lancha que fazia a travessia Salvador - Mar Grande.

 Após o acionamento do protocolo de emergência, em poucos minutos, o estacionamento da unidade se transformou em mais um núcleo de atendimento do hospital, com toda a infraestrutura necessária, a exemplo de macas, monitores, cardioversores e rede de gases. Apesar da mobilização, não foi necessário utilizar a infraestrutura.

 "O HGE tem equipes distintas de domingo a domingo, com seu coordenador médico, de enfermagem e todas as demais especialidades. Todas essas equipes estão sendo treinadas para atuar, independente do dia, para o atendimento de emergência em grandes desastres, sem prejuízo do atendimento normal do dia a dia", explicou o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, ao apontar que a equipe foi desmobilizada às 13 horas.

 Atendimentos 

 Até às 17h desta quinta (24), 24 pacientes foram atendidos nas unidades estaduais, sendo três no HGE, dois no Hospital do Subúrbio, 15 no Hospital Geral de Itaparica, um no Hospital Geral Ernesto Simões e três no Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus. 

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) também informa que disponibilizou medicamentos e equipamentos para as equipes do Samu localizadas na Ilha de Itaparica e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizada em Mar Grande. Não houve óbitos nas unidades da Sesab.