terça-feira, 22 de agosto de 2017

#GrafitaÊ preenche as escolas estaduais de arte urbana

Grafitaê

A arte da grafitagem está cada vez mais presente no cotidiano escolar. Graças ao projeto #GrafitaÊ, movimento proposto pela Secretaria da Educação do Estado, os estudantes estão transformando diferentes espaços das unidades de ensino com desenhos temáticos relacionados com o seu cotidiano, como racismo, gênero, sexualidade, empreendedorismo, redes sociais, tecnologias e empoderamento juvenil. Nos colégios estaduais Antônio Balbino, em Ibipeba (centro norte) e Josevaldo Lima, no povoado Saco do Correio, em Serrinha (nordeste), as intervenções do #GrafitaÊ chamam a atenção pela criatividade e beleza.

 Por meio do #GrafitaÊ, os estudantes também demonstram como esta arte urbana está conectada com os conhecimentos gerados em sala de aula. Brenda Rocha, 13 anos, 7ª série, do Colégio Estadual Antônio Balbino, fala do seu envolvimento com entusiasmo. “É muito legal participar desse projeto porque estimula a nos comunicarmos e expressarmos os nossos sentimentos e opiniões através de desenhos. Grafitei mãos de várias cores de pele, representando o combate ao racismo. Também fiz o símbolo da paz, o que é bem significativo para os tempos atuais. A nossa escola está mais bonita, mais colorida”.

 O colega Elielton Oliveira, 13, 7ª série, também fala da sua experiência. “É uma iniciativa muito interessante porque nos leva a ser criativos e a trabalhar com temas que fazem parte do nosso dia a dia. Demos uma nova cara ao colégio e tivemos a contribuição do grafiteiro Renivaldo Cardoso, que realizou oficinas com a gente e nos passou a técnica”. Para estudante Samire de Lima, 17, 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Josevaldo Lima, sua escola ficou “ainda mais bonita do que já era” com o movimento #GrafitaÊ, que contou com a orientação da professora de Arte, Kelly Damasceno. “É uma atividade diferente. Estimula tanto os alunos que já sabem desenhar, como os que querem aprender. Tivemos oficinas com o grafiteiro Blot-MIR e, no final, colocamos a nossa cara nos muros da escola. Os desenhos transmitem os nossos sentimentos e nossas histórias de vida. Personalizamos o nosso ambiente escolar”.

 A diretora do Josevaldo Lima, Selma Mendonça, uma das maiores incentivadoras do projeto, diz eu a “ação é muito gratificante porque os alunos personalizam a escola através de imagens com as quais se identificam, bem como traduzem as suas inspirações e sentimentos por meio delas. Por meio da arte, eles mostram, sobretudo, sensibilidade e valorização pela vida humana, apropriando dos espaços que são deles e tornando o ambiente escolar ainda mais propício para o processo de ensino e aprendizagem. Quando eles veem as paredes pintadas com as suas obras se sentem muito orgulhosos e felizes, e o sentimento de pertencimento fica mais aflorado”.

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