Foto e Texto: Luiz Tito
Em junho de 2002, mais precisamente no dia 22, domingo, ( para jornalista não existe sábados, domingos e feriados)Tim Lopes foi até a favela Vil Cruzeiro no bairro do Complexo do Alemão, subúrbio do Rio de Janeiro (continua lindo), com uma microcâmera escondida, para gravar imagens de um baile funk promovido por traficantes de drogas. Ele havia recebido uma denúncia dos moradores da favela de que no baile acontecia a exploração sexual de adolescentes e a venda de drogas. O premiadissimo jornalista foi flagrado por traficantes que o torturou, esquartejou e em seguida, carbonizou seu corpo em uma churraqueira ( termos usados pela policia carioca – um tanque cheio de pneus). Oito anos depois, o pancadão invadiu a Assembléia Legislativa, no Rio de Janeiro (Alerj) ontem de manhã, em audiência pública para discutir políticas públicas para o funk, debater o fim das restrições para bailes e provar que o gênero não quer mais ser visto como caso de polícia. Se aprovado, a galera vai tocar fogo na Babilônia, (na Argentina, A Maria Juana já foi liberada). Na verdade quem Créuuuuuuuuuuuuuuuuu, foi Tim Lopes.
Violência II
A violência predominante em Itabuna é aterrorizante, a população vive assusta com a própria sombra. Na segunda feira (sei que não é dia) após degustar de uma suculenta picanha (o colesterol ta lá em cima), acompanhada de uma geladissima ssssssssskol (coisa de carioca) claro, com alguns companheiros (nem tanto, já falam em PMDB), entre eles o jornalista Ederivaldo Benedito (no Restaurante do Soares), ao dirigir-me para o Flat, em que por hora me hospedo, fui escoltado pelo trio que participava comigo do lazer, até a entrada desse estabelecimento. Tive a sensação de encontrar-me em uma das mais perigosas favelas das grandes metrópoles do Brasil. No dia seguinte, ao sair com a equipe de reportagem do Jornal A Tarde/sucursal Itabuna, Ana Cristina e o piloto Fábio, para cumprir uma pauta de combate a dengue, fiquei estarrecido com tantas crianças em alguns bairros periféricos que, ao invés de estarem com uma bola ou um caderno e lápis nas mãos, portavam um revolver de brinquedo na cintura. Ontem o Senador Eduardo Suplicy, deu cartão vermelho para o também Senador José Sarney, na verdade, esse cartão deveria ser direcionado para todos que não enxergam a realidade de nossas crianças. Ou melhor, fingem não enxergar.
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