quinta-feira, 27 de abril de 2017

Estudantes recebem indígenas de Alagoas em projeto sobre identidade cultural


Os estudantes do Colégio Estadual Elisabeth Chaves Veloso, localizado no bairro do Cabula VI, em Salvador, receberam visitantes especiais nesta quinta-feira (27), durante o projeto interdisciplinar 'Identidade e Cultura'. Indígenas da etnia Kariri-Xocó, que moram na região do baixo São Francisco, no município alagoano de Porto Real do Colégio, participaram da atividade e apresentaram aos estudantes um pouco do seu modo de vida, da sua cultura e das suas tradições.

 Utilizando cocás e pinturas cheias de significados pelo corpo, os indígenas também dançaram, cantaram e promoveram aos estudantes um dia rico de aprendizado. “Aprendi que a cultura indígena é riquíssima e muito importante para a formação do nosso povo. Os índios foram o primeiro povo a chegar ao país, então merecem todo o nosso respeito com a sua cultura. Eles têm uma dança muito bonita”, afirmou Caio de Souza, 12 anos, aluno da 6ª série, que, juntamente com outros colegas, se caracterizou de indígenas para homenagear os visitantes.

 Além da dança, a atividade envolveu performances musicais, de teatro e exposição de artefatos relacionados às culturas indígena, africana e europeia. Idealizado pelos professores da unidade, o projeto visa mostrar a formação miscigenada do povo brasileiro e, sobretudo, dialogar, através das apresentações, sobre temas como diversidade e tolerância cultural, social e religiosa. O evento contou ainda com museus temáticos, montados nas salas de aula, através dos quais foram abordados temas como plantas medicinais, vestuários, alimentação e religião.

 Estudante de antropologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), responsável pelo projeto 'Abril Indígena' e pela vinda dos índios da tribo Kariri-Xocó, Lisbela Cohen comentou que a proposta é fazer um intercâmbio cultural com as escolas. “Os índios mostram um pouco de sua cultura, fazem o canto de abertura do evento para purificar o ambiente, de acordo com a sua crença e, em troca, a comunidade escolar oferece alimentos não perecíveis que são levados para a sua comunidade indígena”, afirmou.

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