segunda-feira, 3 de abril de 2017

Macacos do Zoológico não oferecem risco relacionado à febre amarela

Macacos do zoológico de Salvador terão atenção especial para evitar infecção por febre amarela

Cerca de 200 primatas, de diferentes espécies, vivem no Parque Zoobotânico de Salvador, localizado no bairro de Ondina. Apesar das dúvidas e apreensão de baianos e turistas, eles não oferecem risco à população de infecção por febre amarela. A coordenação do parque, que é ligado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema), tem recebido ligações e perguntas de visitantes e esclarece que não há motivo para medo desses animais nem para agressões a outros macacos que vivem na natureza.

 “Os primatas são hospedeiros assim como nós, humanos. Mesmo que um macaco esteja doente, ele não é capaz de fazer a transmissão direta ao homem”, explica o coordenador e médico veterinário do Zoo de Salvador, Vinícius Dantas. O veterinário acrescenta que, “na verdade, a morte deles [primatas] serve como um alerta para a vigilância sanitária saber da presença do vírus e do risco da doença chegar aos humanos, mas não através do macaco. Temos que tratar esses animais como parceiros e não como vilões”.

 De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), fragmentos do vírus da febre amarela foram encontrados em quatro macacos mortos na capital baiana, nos bairros de Vila Laura, Paripe e Itaigara. No entanto, o veterinário do Zoológico destaca que ainda são necessários exames mais detalhados para afirmar que os animais morreram por complicações da febre amarela. Em todo o estado, até o momento, 23 casos foram positivos para a presença do vírus em primatas.

 Nenhum caso do tipo foi registrado entre os animais que vivem no Zoológico e algumas medidas de prevenção já foram tomadas pela equipe. “Infelizmente, não há vacina para esses animais. Algumas espécies são mais sensíveis à doença e o que estamos fazendo é colocar esses macacos em locais com uma tela de proteção que impede a passagem dos mosquitos. São medidas preventivas para diminuir o risco de ficarem doentes, mas as pessoas não precisam ter medo ou deixar de vir ao Zoológico”, afirma Dantas.

 Atualização 

 Conforme boletim divulgado pela Sesab, na última sexta-feira (31), a Bahia não possui nenhum caso confirmado de febre amarela em humanos, com infecção dentro do território do estado. O boletim epidemiológico registra 16 casos notificados, sendo que nove encontram-se em investigação e sete foram descartados.

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