terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Município tem garantido assistência a pacientes falcêmicos


A ampliação na oferta de exames de imagens e consultas com especialistas, e assistência ambulatorial para tratamento de feridas com coberturas especiais foram alguns avanços que o Centro de Referência Municipal à Pessoa com Doença Falciforme assegurou aos pacientes nos últimos anos. Também tem realizado o exame de Doppler Transcraniano, que avalia o fluxo sanguíneo em crianças e adolescentes que possuem a doença, prevenindo-os contra um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

 O Centro de Referência fez parcerias com universidades para desenvolvimento de pesquisas de doutorado e mestrado, deu apoio às famílias em situação de vulnerabilidade social com distribuição de cestas básicas e recebeu a visita de representantes do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado, que reconheceram os serviços prestados.

 As ações desenvolvidas pelo programa foram destacadas pela coordenadora Luciana Brito durante encontro com os pacientes na manhã desta terça-feira, 13, no Centro Social Urbano (CSU), no bairro Cidade Nova, onde o centro funciona. O encontro contou também com a presença do presidente da Associação Feirense da Pessoa com Doença Falciforme, Sandoval Coutinho.

 Luciana Brito destacou ainda que o centro disponibiliza medicação específica para os pacientes falcêmicos e mantém parceria com o Hospital Inácia Pinto dos Santos, onde são realizados exames laboratoriais, e com o Hospital Dom Pedro de Alcântara. Nesse período foram realizadas diversas capacitações com os profissionais de saúde.

 400 pacientes cadastrados

 Atualmente o Centro de Referência possui cerca de 400 pacientes cadastrados - alguns estão sendo acompanhados desde o início das atividades da unidade. Eles apresentavam úlceras que foram tratadas e algumas curadas, através de tratamento de ponta oferecido pelo Município.

 A anemia falciforme é uma doença ocasionada pela alteração genética na hemoglobina – proteína responsável em absorver e transportar o oxigênio no sangue e liberá-lo no tecido. Acomete mais as pessoas negras - há poucos registros em brancos. É hereditária e não tem cura.

 Os portadores da doença apresentam fortes dores nos ossos, músculos e articulações, cansaço, tem anemia, olhos amarelados (icterícia), insuficiência renal aguda, feridas (úlceras). Em crianças pode haver edemas nas mãos e pés. O diagnóstico pode ser feito no bebê logo após o nascimento, através da triagem neonatal - “Teste do Pezinho” - e, quando adulto, pelo exame de eletroforese de hemoglobina.

 No Centro de Referência, os pacientes contam com atendimento de uma equipe multidisciplinar formada por clínico geral, hematologista, nutricionista, assistente social, enfermeiros, psicólogo, técnicos de enfermagem, entre outros profissionais. O programa é mantido apenas com recursos da Prefeitura de Feira de Santana, sem contrapartida estadual, federal ou de outros municípios.

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