O primeiro casamento coletivo indígena do país foi realizado ontem na aldeia Mapuera, no município de Oriximiná (PA), Promovida pela Defensoria Publica do Pará. A cerimônia reuniu cerca de 300 casais e atendeu a um pedido dos próprios indígenas.
Com o casamento, os indígenas pretendiam ter acesso a pensões, aposentadorias e demais benefícios previdenciários. Segundo a Defensoria Pública, essa foi à forma mais pratica para liberação dos documentos exigidos pele Previdência Social. A opção pelo matrimônio também tem cunho religioso – a maioria dos 1,2 mil índios que vivem na aldeia Mapuera se declara evangélica.
Mesmo submetidos ao casamento nos moldes cristãos, os noivos usaram trajes indígenas na cerimônia. Os casais fazem parte de dez etnias diferentes, entre elas wai wai, katwena, tunayana e caxuyana.
Como muitos dos casais não falam português, a Fundação Nacional do Índio fez a mediação entre os índios e o governo. O defensor Mário Printes atuou como juiz da cerimônia e também usou ornamentos e pinturas indígenas. “E uma forma de respeitar os costumes dessas etnias” disse Printes.
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