segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O Grande Tracajá

Garcia, no Ponto do Zequinha, sempre na companhia do pai Raimundo Ferreira

Há alguns anos criei uma rotina diária em minha vida: ler o blog do Reginaldo Tracajá e, daqui, mesmo nos 300 quilômetros que separam Aracaju (SE) de Feira de Santana, a Princesa do Sertão, sinto-me perto da minha cidade e de minha gente. Ao ler, por exemplo, as notícias sobre os preparativos para a festa e depois sobre a entrega do Troféu Tracajá, a vontade de estar na Princesa participando da muvuca encheu a minha alma.Mas, contentei-me em ver de longe – e acreditem, minha a alma estava pairando pelo Resenharia – e perceber pelas lentes do Tracajá a alegria de amigos como Roberto Tourinho, meu contemporâneo da Escola Ruy Barbosa, ao receber o troféu. Naquela época nos tratávamos de Roy Rogers, o velho faroeste que passava todas as tardes na TV, e até hoje, quando nos encontramos por aí, sempre nos remetemos a essa lembrança da infância. Vi a alegria estampada no rosto do também amigo Edson Borges, o primeiro a segurar a tão disputada honraria. Lembro-me que quando a Princesa me acolhia – deixei a cidade em 1991 e desde então resido em Sergipe Del Rey – eu ia sempre com o Edson e o Tracajá saborear a pizza e beber chope gelado no Timbau, restaurante do querido Romeu.Ao acompanhar diariamente os passos da Princesa do Sertão através do blog do Grande Tracajá sinto-me como se estivesse bem perto de todos vocês e lembro-me dos meus tempos de repórter do extinto Feira Hoje – onde comecei minha carreira – e da minha passagem pelas sucursais dos jornais de Salvador. E confesso: bate a nostalgia e a vontade de voltar e mergulhar de corpo e alma nas coisas de Feira, redescobrir sua gente, suas alegrias e suas mazelas.Saudade de sair às ruas com Reginaldo e fazer grandes reportagens, de dançar reggae ao som do Gilsan e Tonho Dionorina, de cantar com Cescé, de comer uma suculenta maniçoba na casa do Helder Alencar e Vera, ouvindo-o contar com riqueza de detalhes o passado recente da cidade. Saudades também de conversar com coronel Cláudio Brandão e a Nina, que também já me ofereceram, junto com minha Rose, uma deliciosa maniçoba. Enfim, a vontade de estar com todos é grande...
São tantos os amigos que eu gostaria de estar todos os finais de semana por aí, mas é quase impossível viajar toda sexta-feira. Os afazeres e o bolso não nos dão condições. Por isso, todos os dias vejo a Princesa – e todos os seus súditos – pelo blog do Grande Tracajá. E me sinto feliz com isso.

Bom. Chega de saudade!
Antonio Carlos Garcia
Garcia com os amigos Reinaldo e o Cel. Adelmario

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