Grupos de defesa aos direitos das prostitutas na África do Sul pedem a descriminalização da prostituição no país antes da Copa do Mundo deste ano, em uma tentativa de evitar que a combinação de turistas e garotas e garotos de programa portadores de HIV se torne um desastre de saúde pública de grande proporção.
As autoridades sul-africanas esperam receber até meio milhão de torcedores do mundo todo para acompanhar a competição de perto. À rede de notícias CNN, o diretor da ONG Sweat (sigla para “força-tarefa para educação e ativismo dos profissionais do sexo”, em tradução livre), Eric Harper, afirmou que o fluxo de turistas deverá aumentar consideravelmente a demanda por prostitutas durante a Copa.
O grande problema é que quase metade dos profissionais do sexo na África do Sul são portadores do vírus da aids – em Johannesburgo, por exemplo, 46% das prostitutas têm o HIV, segundo um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Para Harper, a combinação dos dois dados potencializa os riscos de aumentos nos número de contaminações.
A proposta da Sweat, que tem sede na Cidade do Cabo, é legalizar imadiatamente a prostituição para facilitar o acesso a preservativos e permitir que os profissionais recusem clientes que não querem usá-los.
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