sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Em Feira de Santana a calçada não é mais do pedestre

Por Alberto Peixoto/ Texto e fotos./ Nos últimos anos Feira de Santana tem crescido de forma extraordinária, porém sem nenhum planejamento, principalmente no que diz respeito ao trânsito e aos espaços das calçadas, que deveriam pertencer exclusivamente ao pedestre, que se ver obrigado a dividi-la com veículos estacionados, por motoristas mal educados e sem o mínimo de respeito aos transeuntes. Outro complicador são as mesas dos bares e botecos, que avançam quase sempre para a calçada.
Ouve-se dizer que, nos últimos quatro anos, os projetos relacionados às mudanças no trânsito da Cidade Princesa, eram elaborados por um engenheiro de trânsito de Porto Alegre - pago a peso de ouro - que nunca veio à Feira de Santana conhecer os problemas deste segmento. Dizem também que tudo era feito através de mapas e fotos, apresentadas a este “profissional”. Melhor dizendo, não existe um profissional especializado em Engenharia de Trânsito à frente deste segmento. Frequentemente encontram-se nas principais artérias da cidade, carros estacionados em filas duplas e sobre as calçadas, dificultando ainda mais o conturbado trânsito feirense e a circulação dos transeuntes. Sem fiscalização adequada, nos finais de semana este problema se alastra adquirindo proporções absurdas: as calçadas viram estacionamentos dos diversos bares e restaurantes, principalmente na Avenida Getúlio Vargas.
Não há mais a mínima condição de se conviver com os absurdos praticados pelos motoristas e donos de bares de Feira de Santana. Para alguns as vias da cidade se transformou em uma “verdadeira visão do inferno”, administrada por Gestores incompetentes e que estão pouco ligando para esta situação caótica em que se encontra, principalmente, o centro da cidade onde não há a mínima fiscalização por parte do órgão responsável por este segmento. É necessária a instalação de semáforos inteligentes, que dê oportunidade aos pedestres transitar com mais facilidade e segurança; pardais nos principais cruzamentos inibindo a prática da invasão dos sinais e uma guarda municipal atuante, orientando o trânsito nas faixas de pedestre que, na maioria das vezes, não são respeitadas pelos motoristas que fazem pouco caso dos transeuntes.
Por outro lado, as calçadas foram transformadas em uma espécie de segmento dos estabelecimentos comerciais, principalmente quando se trata de bares e restaurantes, com suas mesas impedindo a circulação dos pedestres pelas calçadas, forçando-os a disputar espaço com os carros nas pistas. A urbanização é um fenômeno que apresenta diversas propostas para o crescimento das cidades, principalmente nos países em desenvolvimento. Mas, não é só o trânsito que precisa de cuidados especiais para amenizar o caos que envolve o meio ambiente. Até mesmo o cidadão, que paga seus impostos, carecem de uma vida mais saudável. Infelizmente esta possibilidade em Feira de Santana é, definitivamente, impossível. Praticamente não existe arborização nas vias públicas da Princesa do Sertão, muito menos ciclovias. Acho que o descaso não é um fato inerente aos nossos Gestores, de forma única, que foram eleitos por nós para solucionar nossos problemas, mas também pelos que compõem o Ministério Público, pelos Ministros das diversas religiões que estão sempre clamando por Direitos Humanos e pelas autoridades policiais.
É necessário que tudo isto seja revisto e que a atual Administração Municipal, através das suas autoridades competentes, seja mais responsável e olhe para estes problemas com mais profissionalismo e menos politicagem.

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