terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Feira precisa de uma grande maternidade pública

“Ou Feira de Santana tem uma maternidade ampla e moderna, à altura do município e da microrregião, ou muitas grávidas ainda vão viver o vexame e a falta de respeito na hora de dar à luz aos seus filhos”. A afirmação é do deputado estadual feirense Carlos Geilson (PTN), revelando que, nos últimos 20 anos, o município não passou dos poucos mais de 150 leitos de obstetrícia para pacientes do SUS. “São exatamente 154 leitos para atender a Feira de Santana e mais 28 municípios pactuados pelo SUS. Além disso, são apenas 12 leitos de UTI neonatal, para gravidez de risco, sendo seis no Hospital da Mulher e seis no Hospital Geral Clériston Andrade. É evidente que é muito pouco”, destaca o deputado. Campanha - Geilson, que é também radialista, está conclamando os colegas de imprensa a fazer uma campanha em prol da construção de uma maternidade pública digna para Feira de Santana e região. Ele lembra que os problemas no atendimento são constantes e, só nos últimos oito dias, aconteceram mais três casos de grávidas batendo de porta em porta, tentando vaga para dar à luz. Baseado em dados da Secretaria Municipal da Saúde, Geilson revela que para pacientes do SUS e dos 28 municípios pactuados há 54 leitos no Hospital da Mulher, 28 no Hospital Geral Clériston Andrade, 46 no Hospital Mater Dai e 26 no Hospital Dom Pedro de Alcântara. O parlamentar destaca, ainda, que nos três hospitais da rede privada (Emec, São Matheus e Unimed), que não tem convênio com o SUS, o número de leitos, para todas as especialidades, não chega a 300. Déficit - Segundo Geilson, estudos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo indicam que a especialidade obstetrícia deve ter um mínimo de 1,5 leitos para mil habitantes. Logo, somente Feira de Santana deveria ter atualmente 900 leitos para atender bem a sua população. “Contra números não há argumentos. E eles estão aí bem claros, evidenciando que a necessidade de uma maternidade para Feira e região é concreta, vital”, salienta o deputado.

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