Duzentas e sessenta e quatro creches que estavam por iniciar ou com as obras paradas, em 152 municípios baianos, devem ser concluídas ainda este ano. A informação foi dada pelo presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Antônio Idilvan, na manhã desta quinta-feira (21), durante reunião com representantes do governo e de prefeituras, no prédio da União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador. No local foi montado um escritório do Fundo, órgão do Ministério da Educação que financia programas educacionais, para que os gestores municipais resolvam pendências envolvendo prestação de contas e obras e esclareçam dúvidas em relação às ações desenvolvidas pelo FNDE. A estrutura ficará disponível para atendimento até a hoje sexta-feira (22).
Iniciativa da Secretaria de Educação do Estado, por meio do programa Educar para Transformar, o encontro contou com a presença do governador Rui Costa, que destacou o efeito cumulativo da educação. "Os estímulos iniciais, chamados pelos especialistas de fase de desenvolvimento cognitivo da criança, são muito importantes e precisam ser conduzidos por pessoas capacitadas para isso. Investindo em creches estaremos formando uma nova geração de baianos, com uma capacidade criativa muito maior. São diversos os estímulos que as crianças recebem dentro da creche, com brinquedos, desenhos e músicas, por exemplo".
Na ocasião, Antônio Idilvan disse ainda que as obras paradas não são um problema apenas na Bahia, destacando que a interrupção não foi motivada por irregularidades ou falta de iniciativa das prefeituras. "Os problemas se deram com as empresas contratadas, que não cumpriram os contratos. As obras demoraram mais do que o prazo previsto, o custo aumentou e não foi possível fazer o aditivo. Agora estamos aqui reunidos para orientar os gestores, para que todos os entraves sejam vencidos e as próprias prefeituras façam a licitação e possam concluir a sua obra".
O governador ressaltou que em suas viagens pelo interior tem
inaugurado algumas creches e visto outras com problemas de execução. "Tem uma empresa do Paraná, por exemplo, que ganhou um lote grande e não executou quase nada na Bahia. O tempo vai passando, o orçamento fica defasado e não se consegue concluir. O objetivo aqui hoje é resolver os problemas dessa natureza".
A adesão dos prefeitos às ações do Estado voltadas para a educação também foi destacada por Rui. "Eu tenho orgulho de ter prefeitos e prefeitas que abraçaram a causa. Quase 400 gestores municipais estiveram afirmando seu compromisso com a educação e, hoje, esse auditório lotado é mais uma afirmação do compromisso deles com o item creche". Para Rui, o papel das creches é tão importante que os municípios que quiserem construir o equipamento terão o apoio do Estado com a doação de terrenos.
A presidente da UPB, Maria Quitéria Macedo, destacou a parceria entre os entes federativos para a resolução de problemas que interessa a todos. “A obra parada é um prejuízo para a criança que não está na escola, para o erário e a sociedade como um todo. Quando buscamos soluções junto com o Estado e a União, fortalecemos a democracia, resolvendo um problema social. Vieram agora as alternativas e soluções para obras importantes que estavam paradas no meio do caminho”.
Secom
Repórter: Raul Rodrigues
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