Há pessoas que passam pela vida de forma intensa e por isso se fazem notar com facilidade. Outras discretas e humildes, mas que se tornam conhecidas, talvez pela simpatia que trazem consigo. Alicio, (foto) era assim. Faleceu aos 82 anos no dia 6 deste mês, e pela sua simplicidade o fato quase passou em branco. Mas os freqüentadores do Mercado de Arte Popular (MAP) e aqueles que ali trabalham sentem a sua falta. Pouco se sabe sobre ele, como observa o ex- jogador de futebol Alberto Portugal (Beto Leguelé ) freqüentador também do Mercado . Alicio Lourenço Borges nasceu em Bonfim de Feira, filho de uma família humilde. Veio para a cidade ainda garoto, por volta de 13 anos, para trabalhar em uma casa de família. Aos 20 anos começou a vender bilhetes de loteria no beco do antigo Mercado Municipal nos bares de China e Edvaldo. Muitas pessoas foram premiadas com os bilhetes por ele vendidos. Também fazia jogo de bicho e levava a vida com simplicidade, mas era visível a sua felicidade em épocas de festejos populares como o carnaval quando vestia roupas coloridas, usava colares e turbantes. Ultimamente adoentado passou a morar na pensão de Aragão, que sempre lhe ajudava. Na sua mansidão, quem sabe, talvez esteja Alicio em um plano superior descansando em paz por ter comprido a sua missão na terra.
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