segunda-feira, 18 de abril de 2016

Bahia produz primeiros queijos finos de cabra com vinho e cachaça

Os primeiros queijos finos de cabra baianos, produzidos conforme as normas sanitárias exigidas pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), já começaram ser produzidos no município de Juazeiro, no norte do estado. 

 Utilizando tecnologia francesa, o primeiro curso de fabricação de queijos finos utilizando leite de cabra, ministrado pela médica veterinária Maria Helena, consultora do Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), aconteceu nos últimos dias 15, 16 e 17, no laticínio Bom Sabor. “A Bahia sai na frente, com ação pioneira de fabricação de queijos finos, a partir do leite de cabra, tendo na sua composição e tecnologia, vinhos e cachaças produzidos na região do Vale de São Francisco”, declarou o secretário da Agricultura, Vitor Bonfim.

 Essa é a primeira ação do Projeto Cabra Produtiva e Rota do Leite, da Seagri, que pretende organizar e profissionalizar a caprinocultura de leite no estado, promovendo a inclusão dos pequenos produtores e fomentando a agroindustrialização, com produção especializada de queijos de cabra.

 Os queijos produzidos durante o curso serão apresentados ao público e aos empresários do ramo na Expovale 2016, realizada entre 17 e 22 de maio, em Juazeiro. Foram produzidos os queijos tipo Rreino, Coalho Maturado com Vinho e Cachaça, Boursin, Feta, Perladon, Valençay e Chabichou.

 O Cabra Produtiva, através da Rota do Leite, também vai apoiar a realização de torneios leiteiros nas exposições agropecuárias de Salvador, Juazeiro, Uauá e Senhor do Bonfim, atraindo animais e produtores da Bahia e de outros estados, com participação de cabras de melhor produtividade e genética aprovada. 

 Caprinocultura 

 A caprinocultura tem representação significativa no semiárido baiano, região que possui o maior rebanho do Brasil, com aproximadamente 2.768.826 milhões de animais, o equivalente a 30,22% do rebanho nacional, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, os dados oficiais da Adab revelam que a Bahia só beneficia 1,5 mil litros inspecionados de leite de cabra por dia e possui apenas três laticínios habilitados para processamento.

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