segunda-feira, 10 de julho de 2017

Ponto de Cultura realiza gravação de CDs e oficinas de capoeira em área quilombola

O segundo ano de atividades do Ponto de Cultura Quilombola do Tomba, em Paratinga, no Território de Identidade do Velho Chico, começou com a abertura de inscrições para a nova oficina de capoeira e a chegada da aparelhagem para gravação de CDs. Os jovens capoeiristas vão praticar a dança, arte e luta de origem africana no Espaço João de Ouro, especialmente planejado para acolher a oficina. As inscrições começaram nesta segunda-feira (10), na sede do projeto. Já a gravação de CDs vai permitir a revelação de talentos musicais do Tomba, em Paratinga e cidades vizinhas.

 Segundo a diretora do Ponto de Cultura, Nilma Gomes de Sá, o objetivo é dar visibilidade ao trabalho desenvolvido pela Filarmônica Treze de Junho e pelo grupo de zabumba e pífanos Alecrim, além de artistas locais, como Paulinho Paratinga. “Neste segundo período procuraremos avançar mais, com novas oficinas, estruturação do estúdio multimídia e a busca incessante por melhorias para nossa comunidade”, afirma a diretora, satisfeita com o resultado do trabalho desenvolvido no bairro-quilombo.

 No primeiro ano de atividades do Quilombola do Tomba, entre junho de 2016 e junho de 2017, foram realizadas oficinas de iniciação teatral, dança afro, encontros de Pontos de Cultura da região, peças de Natal e palestras com a comunidade. Os remanescentes dos quilombos celebraram também a inauguração do Posto Saúde da Família e o novo espaço de capoeira. O bairro do Tomba, que antes apresentava aspectos de precariedade, hoje é destaque positivo na cidade.

 O Ponto de Cultura também organizou um cine-clube, que exibe para a comunidade filmes da produção nacional todas as noites de sexta-feira. Também tem destaque a parceria da Rádio Tomba FM, presente com o trabalho de divulgação cultural. Após inaugurar o espaço para oficina de capoeira e instalação do estúdio para gravação de CDs, a coordenação do Ponto de Cultura vai propor um projeto para um estúdio fotográfico, visando ampliar os recursos próprios para novas atividades culturais.

 Ao celebrar tantas conquistas, Nilma lembra da mãe, Chica do Cajueiro, considerada uma precursora da militância em prol da inclusão social através das atividades culturais desenvolvidas no Tomba, em Paratinga. Um dos 270 Pontos de Cultura espalhados por todos os territórios baianos, o Ponto de Cultura funciona sob supervisão da Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult), órgão da Secretaria da Cultura do Estado (Secult).

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