quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Estudantes indígenas da Uefs vão receber apoio financeiro

Fotos: Edvan Barbosa.

A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) firmaram termo de cooperação técnica com objetivo de estabelecer meios que garantam o acesso e a permanência dos estudantes indígenas na Universidade. O termo é voltado para o Projeto Permanência de Estudantes Indígenas na Uefs e prevê o apoio financeiro da Funai, no valor mensal de R$ 300, para 37 estudantes que ingressaram nas turmas de 2007 a 2010.
A partir de 2011 até 2013, serão contemplados até 15 indígenas por semestre aprovados no vestibular. A meta é atingir 90 beneficiados, podendo este número ser alterado por meio de termo aditivo. O termo de cooperação tem validade de quatro anos e foi publicado no Diário Oficial da União de 31 de janeiro de 2010.
Para Mariane Cruz Araújo e Emanuel Souza Pergetino, estudantes do curso de Odontologia e membros do povo Tuxá, do município de Rodelas, BA, a iniciativa é importante para a permanência no curso. Mariene Araújo disse que além dos gastos com material de estudo, os estudantes têm outras despesas, como deslocamento da cidade de origem. Emanuel Pergentino salientou que “o apoio financeiro contribui bastante porque os gastos com curso são muitos e aqui estamos distantes da nossa família”.
De acordo com o vice-reitor Washington Almeida Moura, em 2011 a busca de parceria será intensificada, visando fortalecer as ações de permanência. No início de março será concluída a reforma da residência universitária (não indígena) e entregue aos estudantes. O investimento na obra foi de 365 mil reais.
Esta é mais uma ação dentro da política de permanência para os estudantes oriundos do sistema de cotas. O sistema assegura duas vagas a mais, por curso, para membros indígenas e quilombolas que comprovadamente residem nestas comunidades. Também reserva 50% das vagas para estudantes que tenham cursado os três anos do ensino médio e pelo menos dois anos da 5ª a 8ª série em escola pública. Destas vagas, 80% são destinadas a quem se declarar afro-descendente.

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