domingo, 24 de março de 2013

Lampião da Feira


Motivo de várias notas neste espaço e de amplas matérias no jornal Folha do Norte, que sempre lhe apoiou na luta que ele empreendia no sentido de tentar provar a sua paternidade, em relação à apresentadora de TV Angélica, faleceu no dia 15 deste mês, Fidelis Marques - o Lampião da Feira,que se notabilizou pela caracterização do cangaceiro homônimo, inclusive participando de filmes e novelas representando o cangaço. Lampião era uma pessoa dedicada à cultura nordestina indispensável em eventos [z1] como a Caminhada do Folclore, o Bloco Tracajá, Encontro de Figuras, Populares, Troféu Tracajá, Feira do Livro e diversas manifestações culturais promovidas pela Universidade Estadual de Feira e outras instituições. Lampião participa do filme “Era uma vez no sertão”, de Redivaldo Brito e Pedro Vieira sobre o cangaço ainda em conclusão quando foi surpreendido por uma doença que minou a sua saúde já abalada. Fixou seu nome nas lides culturais de Feira de Santana, com o seu tipo um tanto extravagante, mas humano e querido por todos que o conheciam. Os sentimentos e a saudade desta coluna!



Homenagem ao “cangaceiro"  
 É meta da coordenação do Bloco Tracajá que este  ano vai comemorar onze anos  participando da Micareta nas ruas da cidade princesa, prestar uma  homenagem ao “cangaceiro" no desfile que fará, como sempre ocorre, durante a festa de momo deste ano, de 25 a 28 de abril. Lampião deverá estar ao lado do Tracajá, símbolo do bloco, na camisa que será vestida pelos foliões no grande desfile! Vale lembrar que no ano passado, quando do lançamento do livro “Lampião Mata Sete” de autoria do juiz aposentado Pedro Moraes que trata o cangaceiro como gay, Fidelis - o nosso Lampião, indignado falou aos  meios de comunicação da cidade protestando contra o teor do livro e ainda ameaçou se deslocar até  Aracaju para tentar falar com o juiz. “Vou dizer a ele, pessoalmente, que Lampião, era muito macho, assim como eu sou. Ele não dava nada! Ele dava era muito tiro!” disse a uma emissora de rádio. A morte de Lampião nos faz lembrar outra figura querida na cidade em especial desta coluna que há algum tempo já não está fisicamente entre nós: Ozias Alves Amorim- Zia, que se tornou o mais famoso babalorixá do país “Painho da Bahia”, chegando ao ponto de ter sido transformado em um dos personagens do humorista Chico Anísio. Conhecedor dos segredos do candomblé - raspado e catuado -, “Painho” durante muitos anos fez as suas previsões através deste Jornal e de A Tarde, com grande índice de acerto. Por isso mesmo era procurado por figuras expressivas da politica e da sociedade nacional. O desaparecimento  de pessoas de pessoas como essas, enfraquecem e empobrecem a vida cultural de Feira de Santana. (RT)

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