terça-feira, 19 de setembro de 2017

Encontro promove negócios entre grandes empresas e agricultura familiar

Encontro Alianças Produtivas Construindo Negócios Sustentáveis, promove oportunidades de negócio entre empresários e agricultores familiares.

Produtos da agricultura familiar da Bahia como o chocolate, a cachaça, doces de frutas, compotas, derivados da mandioca, cerveja artesanal, palmito, derivados do milho, castanhas, licuri, mel, além dos produtos in natura, como as frutas e hortaliças oferecem oportunidade de bons negócios para as grandes empresas, além do sabor e da produção artesanal. E foi pensando nisso, que o Governo do Estado através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), promoveu nesta terça-feira (19) o encontro Alianças Produtivas Construindo Negócios Sustentáveis, reunindo representantes de cooperativas baianas e empresas locais e nacionais.

 Durante o dia, os cooperados poderão apresentar pessoalmente seus produtos aos representantes e conhecer também, das empresas, as possibilidades de parcerias comerciais. Para o presidente-diretor da CAR, Wilson Dias, a ideia é juntar as duas “pontas” da cadeia produtiva. “A nossa avaliação é que nossos empreendimentos da agricultura familiar têm uma boa base, mas tem dificuldade de alcançar o mercado. Por isso, unimos o setor produtivo que tem a energia empreendedora do povo baiano, alinhando a base de produção com produtos sustentáveis de qualidade com as oportunidades de negócio para que o produto chegue com qualidade e com preço competitivo ao consumidor”, contou. 

Para os produtores, como os cooperados da Cooperativa dos Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Cooapatan), é uma chance de atrair novos investimentos e aumentar ainda mais a produção. “Trabalhamos com derivados da mandioca, além de banana da terra e abacaxi. Somos 280 cooperados que precisamos ampliar a comercialização para beneficiar mais agricultores, e esse projeto veio numa hora muito oportuna. Sem dúvida que espaços como este nos coloca em contato com empresários que não teríamos oportunidade nem de conhecer se não fosse por aqui”, comemorou o presidente da Cooapatan.

 Diferencial para empresas

 Para as grandes empresas, apostar na agricultura familiar e no pequeno produtor é, acima de tudo, adquirir um produto com o diferencial de quem trabalha com a terra e uma aposta no desenvolvimento do mercado nacional, como acredita a gestora da cadeia de suprimentos e sustentabilidade da empresa Mãe Terra, Marcela Scavone. “Tentamos colocar no mercado produtos que trazem a rica biodiversidade brasileira, e acreditamos que esses materiais vindo destes pequenos produtores têm ‘alma’, trazem uma verdade, uma história por trás, que envolvem famílias, um conceito socioambiental muito maior”, explicou.

 Próximos investimentos

 O evento, realizado pela CAR, da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), apresentou ainda novos investimentos para a cadeia produtiva, como o edital no valor de R$ 60 milhões, que deve ser lançado até o final deste ano, como falou o secretário da SDR, Jerônimo Rodrigues. “A gente só consegue desenvolver o campo quando o agricultor tem garantia de mercado, com preços competitivos. E esse edital vai levar recursos para serem investidos na gestão e infraestrutura desses produtores, para fazer, então, o ‘casamento’ entre o produto com o mercado”, contou.

 Para a diretora de promoção do desenvolvimento da SDE, Andreia Lanza, todas essas iniciativas são uma aposta nos pequenos produtores como uma forma de fortalecer a economia baiana. “Damos o apoio, através de incentivo e financiamento para adensar a cadeia produtiva do interior, para que isso venha atrair novas indústrias para o estado. Esse é um trabalho de levar emprego e renda para a região rural”, explicou Andreia.

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