Revoltado com a falta de atendimento de um hospital próximo a Brasília, um travesti tirou o próprio sangue com uma seringa e perfurou várias vezes a mão de uma enfermeira. O agressor também mordeu o braço da técnica de enfermagem que tentava ajudar.
O travesti, de 28 anos, estava acompanhando uma amiga que passava mal. De acordo com testemunhas, o agressor entrou em desespero após esperar por mais de cinco horas no hospital.
Uma paciente disse o travesti ficou nervoso com a a falta de previsão no atendimento. “Ela se revoltou. Tinha várias pessoas chorando, desmaiando embaixo do banco, só que eu não gritei. Ela viu, deu a doida nela, e ela fez isso”, disse.
O travesti, que estava dentro da emergência, teve acesso à sala onde a equipe de enfermagem guardava as seringas. De acordo com os funcionários, ele tirou o sangue e saiu correndo pelo corredor. Quando a enfermeira-chefe tentou controlar a situação, teve a mão perfurada. E a técnica que tentou ajudar levou a mordida no braço.
O travesti foi preso em flagrante por um policial militar que estava no hospital e fez nesta segunda mesmo o teste que apontou que ele é mesmo portador do vírus de HIV.
As servidoras do hospital tomaram um coquetel de medicamentos contra o vírus e foram levadas para a delegacia. A técnica de enfermagem conta que o travesti também ameaçou os pacientes. “Ela tirou uma quantidade grande na seringa e ameaçava todo mundo. Os pacientes ficavam pedindo pelo amor de Deus para tirar ela dali”, disse.
De acordo com o delegado Onofre de Moares, o travesti vai responder por tentativa de duplo homicídio. “A partir do momento que ficou constatado no laudo que ele é soropositivo, vai responder por duas tentativas de homicídio qualificado. A pena para cada tentativa é de 12 a 30 anos, diminuída de um ou dois terços porque foi tentativa, e não homicídio consumado”, explicou o delegado. As informações são do G1.
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