sábado, 2 de março de 2013
Profissionais de saúde se manifestam contra privatização do Clériston
A privatização do Hospital Geral Clériston Andrade, anunciada pelo governo do Estado, continua gerando manifestos contrários em Feira de Santana. Ontem sexta-feira (1º), foi realizada uma audiência pública na Câmara de Municpal para debater o assunto. O evento contou com a participação de profissionais da área de saúde, da Ordem dos Advogados da Bahia, autoridades políticas e sociedade civil. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde-Ba), Sindicato dos Médicos no Estado da Bahia (Sindmed-Ba) e Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia (SEEB) alegaram que com a privatização, a empresa que administrar o hospital não terá obrigação de obedecer às normas do serviço público para contratação de pessoal, compras e serviços. Além disso, também segundo os sindicatos, será feito seleção de pacientes, devido ao limite de atendimentos. “O governo do Estado não está preocupado com a melhoria da saúde pública em Feira de Santana, mas com os cofres públicos”, afirmou o diretor do SEEB, Edklercio de Mendonça, que também se posicionou a favor da construção de outro grande hospital público no município. Para o deputado estadual Carlos Geilson (PTN), a presença de vereadores de partidos múltiplos na audiência demonstrou que a causa não é partidária, mas social. “O Clériston é um patrimônio nosso e não vamos permitir que ele seja entregue a iniciativa privada. Se isso acontecer, quem perde é o povo, não o governador”, assinalou. A defesa dos sindicatos é que ao invés de privatizar, o governo invista em condições de trabalho e assistência ao hospital, com fortalecimento do SUS, nomeação de gestores qualificados, salários adequados e mecanismos de gestão que comprometa e responsabilize o servidor. São medidas que, conforme os sindicatos, a Secretaria de Saúde do Estado tem total competência para tomar.
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