Por Luiz Tito / Texto e fotos
"Essa ação esta me trazendo prejuízos emocionais, morais e financeiros", o desabafo é de Elaine Silva de Jesus, mãe de dois filhos, que assim como outros 36 trabalhadores informais, também teve sua barraca removida da Praça Presidente Médice, mais conhecida como “Triangulo”, ao lado do Feiraguai, em Feira de Santana ( a 109 Km de Salvador). A determinação partiu do Ministério Público estadual. Ação ocorreu nas primeiras horas da tarde de ontem terça-feira (11) e contou com a participação de agentes da prefeitura, com apoio de policiais militares. Dois caminhões estiveram à disposição da operação para transportar o material retirado.
Segundo a diretora do Departamento de Indústria, Comercio e Serviços, Márcia Ferreira, o local onde estavam instaladas as barracas sofrerá intervenções urbanas visando melhorar as condições de trafegabilidade. “Essa era uma reivindicação de moradores local e também de comerciantes do Feiraguai, ressalto que o procedimento transcorreu pacificamente, cumprimos a recomendação do Ministério Público”, disse.
Para a comerciante Elaine, tudo isso é um pesadelo já que comercializa roupas no local há seis anos. "Estamos aqui por determinação do ex prefeito Tarcísio Pimenta, ninguém aqui invadiu nada, vendemos produtos honestos e tiramos os nossos sustento daqui.O que iremos fazer para sobrevivermos?
De acordo com o fiscal de barracas, Jair Passos, lotado na Secretaria de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico do município, a ação era necessária já que no local a proliferação de ratos e insetos era crescente. “Uma verdadeira favela no coração da cidade". O uso e a comercialização de drogas no local também foi citado pelo agente. "Estamos aqui por solicitação do MP. O órgão busca o cumprimento da Lei 2.800, que garante o direito de ir e vir", explicou.
Segundo o servidor municipal, as barracas removidas foram levadas para a residência dos proprietários e outras transferidas para um estacionamento na localidade.
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