Ela é pequenininha. Já foi menor. Uemar Araújo está há quase 80 dias na UTI Neonatal do Hospital da Mulher. Dentro da incubadora onde mora desde que nasceu, uma redinha de algodão destoa dos equipamentos de última geração. Mas é dentro dela que a bebê ameniza o estresse provocado por tão longa estadia e se recupera mais rapidamente. As mãos que carinhosamente embalam o sono dos recém-nascidos são de enfermeiras e técnicas de enfermagem.
A criança fica algum tempo acomodada na redinha, cuja técnica contribui para humanizar o tratamento, que, como o de Uemar, às vezes é longo. E ganham mais conforto. A intervenção é das mais simples, mas os resultados estão sendo os melhores possíveis para os prematuros. A técnica simples proporciona conforto aos recém-nascidos, melhora a sua postura, promove o relaxamento. Eles ficam na posição flexora, também chamada de fetal. Encolhidinho, como estivesse no útero materno.
A UTI do Hospital da Mulher tem oito leitos. Mas as redes, que remontam à cultura regional, são colocadas nos equipamentos dos recém-nascidos que respiram sem a ajuda de aparelhos. Aconchegados nas minirredes, os bebês diminuem a frequência cardíaca e respiratória. Com menor gasto de energia, eles ganham peso mais rapidamente e se recuperam em menor espaço de tempo. E deixam a UTI.
“Além de estimular o sistema vestibular, que é responsável pelo equilíbrio, de reproduzir, em certo nível, o ambiente do útero da mãe”, disse a fisioterapeuta Dayana Rego. Quando estão na rede, os bebês foram menos. A técnica foi criada por uma maternidade na Paraíba. Outra vantagem da minirrede é amenizar a má impressão provocada pelo aparato tecnológico que cerca o bebê.
De acordo com a enfermeira Milena Leite, as redinhas facilitam o trabalho dos profissionais. “Dentro delas os bebês ficam mais calmos, relaxados e choram menos”.
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