quarta-feira, 27 de julho de 2011

JUSTIÇA BLOQUEIA OS BENS DA R. CARVALHO E DE SEUS SÓCIOS.


O resultado da audiência na sede do Ministério Público do Trabalho, na tarde dessa quarta-feira ( 27), entre a Procuradora do Trabalho Analise Fonseca Leal,representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Madeireiras de Feira de Santana, e o advogado José Roberto Cajado Menezes, que representou a Construtora R. Carvalho, que tinha como objetivo uma definição da data para a indenização dos 5200 operários demitidos no último dia 19, se resumiu apenas a promessa de pagamento da 2ª quinzena dos funcionários que ainda não haviam recebido , para quinta-feira (28) e no dia 1º de agosto, ficou acordado a liberação do FGTS e a guia para o recebimento do Seguro Desemprego. Muito pouco para quem sonhava em receber suas indenizações como determina a Lei Trabalhista. No fim da tarde, ao menos uma noticia boa para a categoria: O juiz titular da 6ª Vara do Trabalho de Feira de Santana, Gilbert Santos Lima acatou o pedido de bloqueios de todos os bens da empresa R. Carvalho e de seus sócios, e tudo ficará a disposição da justiça até que se resolva o impasse. A ação foi movida na semana passada pela Procuradora do Trabalho Analise Fonseca Leal e pelo Sindicato. Segundo a advogada do Sindicato Solange Izabel Pacheco Martins, a liminar tem como objetivo resguardar os direitos dos trabalhadores “mesmo com a morosidade da justiça e ainda cabendo recurso por parte da empresa, essa liminar favorável aos operários, não deixa de ser uma vitória da categoria”, definiu. Após audiência, trabalhadores e Sindicato tiveram uma assembléia. A placa de transito sinalizando dois destinos, localizada na Praça da kalilandia, local da reunião, externava bem a situação dos operários. No local, muitas dúvidas, queixas e desesperos. Usando o microfone de um carro de som , José Nivaldo de Souza Lima,um dos representantes do Sindicato tentava orientar centenas de trabalhadores. “ Prestem bem a atenção, no dia 1º de agosto, vamos fazer a homologação na sede do Sindicato, porém com ressalvas, assim que for resolvido a situação, vocês terão direito ainda a indenização conforme a Lei Trabalhista” , dizia. Vários operários estavam inconformados com o saldo do FGTS. Com um extrato bancário em mãos, o servente Giselio Correia, 33 anos, pai de três filhos, estava muito aborrecido com a situação, já que segundo ele, a construtora recolhia e não vinha depositando o seu FGTS, “isso é um absurdo, trabalho há um ano e dez meses na empresa e só tenho R$ 300 reais recolhidos, vou invadir uma das casas que ajudei a construir e assim fazer justiça”, prometeu.
Agência / Foto&Grafia

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