quinta-feira, 21 de julho de 2011

O inferno está nas ruas


É evidente que o substancial aumento no número de veículos tornou mais problemático o trânsito em Salvador e Feira de Santana, as duas maiores cidades da Bahia. Mas é óbvio que isso não deve servir de tentativa de explicação para o inferno que é circular hoje em dia de carro. Na realidade, o que está faltando mesmo é mais planejamento e operacionalidade dos órgãos responsáveis pelo setor, exatamente para enfrentar esse crescimento.
A mais evidente falta de operacionalidade pode ser verificada, rotineiramente, nos horários de pico do trânsito. Nem em Feira, nem em Salvador, se vê agentes de trânsito em locais críticos, tentando dar fluidez.

Uma minoria infratora é também beneficiada pela total ausência de uma planejada e sistemática fiscalização para flagrar as famosas “roubadinhas”, contramão, invasão de sinal, parada em fila dupla e mais todo tipo de infração que termina, na realidade, estressando e muito quem faz tudo pra trafegar de acordo com as regras estabelecidas.
A multa é sim uma forma de reprimir essa marginalidade no trânsito, mas em alguns casos não é suficiente: por exemplo, carro em fila dupla tem de ser guinchado, porque a multa, por si só, não vai resolver o problema enfrentado pela maioria dos motoristas.
O tratamento que a administração pública de uma cidade dispensa ao trânsito é, hoje, um dos maiores ítens de avaliação de uma gestão e passou a pesar muito no cômputo geral da imagem do governo perante a comunidade, justamente porque um veículo (carro ou moto) deixou de ser um privilégio das elites e se tornou um bem popular.
Fonte/farinhanosaco.com.br
Fotos/Reginaldo Tracajá

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