sexta-feira, 15 de julho de 2011

A arte pede socorro


Em um rápido bate papo com minha amiga Suely Albuquerque, através de sua indignação com o descaso pelos que deveriam implementar a arte e a cultura de nossa cidade e não o fazem, ou fazem de forma equivocada, pude perceber o quanto o artista feirense é aviltado pelos gestores da “Cidade Princesa”. Para melhor entendimento do leitor, transcrevo as palavras da jovem senhora, que demonstra o quanto está indignada.

“Feira de Santana, maior cidade do interior da Bahia com mais de 500 mil habitantes, cognominada por artistas e figuras ilustres de Princesa do Sertão, Cidade Formosa e Bendita, Cidade Escola, Porta Áurea da Bahia, tem hoje dezenas de excelentes artistas no ramo da música, teatro, poesia, artes plásticas. Alguns com destaques internacionais como Juraci Dórea, mas, que não são valorizados nesta terra. Por falta de apoio político não conseguem se projetar nem aqui nem lá fora.
A arte hoje virou meio de vida para alguns “empresários” que elegem e fabricam artistas com o único propósito de ganhar dinheiro e os governantes fazem festas exclusivamente com eles. Esta falta de apoio político faz com que muitos dos nossos artistas fiquem fora do cenário cultural, pois, para mostrarem seus trabalhos tem que passar por humilhações e aceitarem as migalhas que lhes são oferecidas que não cobrem, sequer, as despesas das poucas apresentações que fazem em palcos secundários com um som de péssima qualidade. No entanto, aos “artistas” de fora pagam cachês milionários.
Senhores políticos, toda cidade deve ter interesse em mostrar o que tem de bom em belezas naturais, na arte, ou mesmo na própria política! São vocês os nossos representantes. Pensem nisso. Contratem nossos artistas, dêem a eles a oportunidade que esperam e merecem. Feira de Santana só tem a ganhar!”

Espera-se então, que os nossos gestores atendam as reivindicações dos nossos artistas. Caso contrario, teremos uma boa oportunidade no próximo ano de darmos a nossa resposta nas urnas.

Texto/ Alberto Peixoto

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