segunda-feira, 18 de julho de 2011

R. Carvalho


Cerca de 100 operarios da R. Carvalho, uma das maiores construtoras de Feira de Santana, usando pedaços de paus, barras de concretos e correntes humanas, interditaram na manhã dessa segunda – feira ( 18), a avenida Getulio Vargas – sentido centro da cidade /Anel do Contorno – A ação obrigou policiais militares a desviarem o transito. Segundo funcionários da construtora, não houve demissão em massa, mas sim uma paralisação nas atividades, e a mais de 15 dias, não recebem seus salários e nem uma posição da empresa. “Estamos fazendo esse manifesto no intuito de recebermos nos direitos, já se passaram 15 dias e nem uma satisfação, não somos cachorros”, desabafou o pedreiro Eldo Bispo dos Santos. Paralisadas desde o dia 09 passado, atualmente, a R.Carvalho possui 36 empreendimentos em andamento e 5.200 funcionários estão sem trabalhar e com os pagamentos atrasados. A folha de pagamento da empresa gira em torno de R$ 8 milhões, com obras na Bahia, Pernambuco e Espírito Santo, totalizando 12.528 unidades habitacionais em construção. Segundo o operário Roque Barbosa, a justificativa da empresa para os trabalhadores é de que as atividades foram paradas para que seja feito um diagnóstico financeiro dos negócios da construtora, porém, “esqueceram que temos nosso débitos, são aluguel para pagar, água, luz, gás, comida, somos pais de família e merecemos respeito”, cobrou.” Hoje sai de casa e deixei meus nove filhos com apenas água, farinha e sal, devo mais de R$700 reais aos donos de tendinhas do bairro que resido, e eles querem receber, o gás já acabou e a mulher me perguntando o que estou fazendo com o dinheiro? Estou desesperado”, o desabafo é do servente Leonardo Alves Teixeira. A chegada de representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e dos Madeireiros deixou o clima meio tenso, segundo alguns operários, o sindicato esta indiferente a causa, “hoje tentamos ligar para eles mais de cinco vezes, em todas as oportunidades eles desligaram o telefone, quando conseguimos falar, eles alegaram que estávamos agindo de forma irregular e que não iram nos apoiar, só mesmo com muita insistência eles vieram para cá”. “Não recebemos o que temos direito e nem podemos fazer uns bico, já que estamos com nossas ferramentas presas nos canteiros de obras, e nem o sindicato consegue liberar”, disse Jesse Pereira da Silva.. Cercado por alguns operários que cobravam uma posição, Edvaldo Barbosa da Silva, representante do Sindicato, informou que por determinação da Procuradora do Trabalho Anelise Fonseca Leal Pereira, hoje (18) às 16 horas, haveria uma reunião entre representantes da R. Carvalho, Ministério Publico do Trabalho e o Sindicato da categoria para solucionar o impasse. Segundo a Procuradora, em entrevista para Radio Sociedade um representante da R. Carvalho se antecipou a reunião e prometeu quitar parte dos salários atrasados na próxima quarta -feira. O Sindicato não ficou satisfeito com a postura da empresa e promete aciona - lá na justiça, buscando bloqueios de seus bens, já que não houve um acordo documentado e apenas verbal.

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