sexta-feira, 22 de julho de 2011
A Igreja e as pesquisas embrionárias
A Igreja Católica assegura que as pesquisas com células embrionárias é uma forma disfarçada para a legalização do aborto. Segundo a ótica dos religiosos utilizar um embrião interfere no ciclo natural da vida humana, o que só é permitido a Deus. Em contra partida, temos a Ciência e a Medicina ratificando as vantagens das pesquisas com essas células, que, fundamentalmente, representam a esperanças para muitos tetraplégicos e de pessoas com deficiências degenerativas.
No meio de todo esse imbróglio encontramos uma incógnita aparentemente indecifrável: quando será que começa a vida? Quais garantias se têm sobre uma eventual afirmativa? Na realidade ainda não podemos fazer uma reflexão sobre este assunto. Uma pessoa é considerada morta quando ocorre a falência do sistema nervoso ou quando se dá a morte cerebral. A partir deste momento o indivíduo passa a vive mediante aos recursos de aparelhos.
Tomando como princípio a teoria de que não pode existir vida sem um cérebro em funcionamento pleno, é verdadeiro afirmar que um ser sem cérebro não possui vida, portanto ainda não é um ser em perfeito gozo da vida.
Será que para a Igreja é vontade de Deus que todos sofram? Não foi Ele que nos criou seres inteligentes, logo, com plenas condições de colocar em prática tal achado? Será que a igreja, desde tempos remotos, não já interferiu demais em assuntos que não são da sua alçada? A igreja estacionou no tempo e não evoluiu no desempenho de sua missão para com seus fieis.
Seus conceitos na maioria são ultrapassados, seus dogmas são arcaicos e não ajudam na evolução da humanidade. Pregam contra o aborto – que eu também sou contra quando não é clínico – contra o controle da natalidade, o uso de preservativo, a dissolução do casamento – divórcio – etc. Esta estagnação, ou falta de modernização nos seus conceitos, está levando os fiéis a trocarem de religião ou perderem a fé.
Texto/ Alberto Peixoto
Alberto Peixoto
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