quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Dia Mundial de Combate à Aids em destaque

Dados do Ministério da Saúde apontam que, para cada quatro brasileiros infectados com o HIV, agente causador da Aids, um não sabe que é portador. No sábado (1º) é celebrado o dia mundial de combate à doença e, preocupada com a situação, a deputada estadual Graça Pimenta (PR) se pronunciou sobre a data na tribuna da Assembleia Legislativa (AL) nesta quarta-feira (28). “A Aids está presente em todo o mundo. Por conta de sua gravidade, inúmeras instituições pesquisam o tema na tentativa de buscar meios mais eficazes de combate à doença. As campanhas educativas sobre como se prevenir a Aids são essenciais para evitar a infecção, porém quando a dúvida existe a melhor saída é fazer o teste que identifica o HIV o mais rápido possível. Doença identificada em fase inicial é sinônimo de tratamento com maiores chances de sucesso”, alerta a parlamentar, que é enfermeira e vice-presidente da Comissão de Saúde e Saneamento da Casa. A análise feita pelo Ministério da Saúde demonstra que das 530.000 pessoas portadoras do hiv, uma incidência de 0,4% da população entre 15 e 49 anos, 135.000 delas, ou seja 25,4%, não sabem que estão infectadas. Do número total, 217.000 infectados recebem tratamento com antirretrovirais e cerca de 70% apresentam carga viral negativa ou indetectável após seis meses de terapia com medicamentos. Esse é um indicativo de que os portadores do HIV estão vivendo mais e com uma melhor qualidade de vida. Ainda segundo a avaliação, 30% dos infectados procuram os serviços de saúde já com o sistema imunológico comprometido. Em 2011, o Ministério da Saúde detectou 38.800 novas infecções. Quase metade dos novos registros foi identificada em homens de 15 a 24 anos de idade que mantêm relações sexuais com outros homens. Na Bahia, no mesmo ano, foram notificados 1.146 casos de Aids, sendo 419 em mulheres e 727 em homens. No mesmo período, foram registrados 581 óbitos por HIV/Aids. Outra identificação importante nas estimativas do Ministério da Saúde foi a redução da taxa de mortalidade relacionada ao HIV. Em 2011 foram registrados 5,6 óbitos para cada 100.000 habitantes, enquanto, em 2000, foram 6,3 mortes por 100.000 habitantes. O Programa Conjunto das Nações sobre HIV/Aids (Unaids) também divulgou dados recentes. Segundo o estudo, em 2011, 34 milhões de pessoas viviam com o vírus HIV no mundo. No mesmo período foram registrados 2,5 milhões de novos casos da doença. A Unaids também identificou que no ano passado o vírus foi responsável por 1,7 milhão de mortes, 5,6% menos do que em 2010. Esse foi o quinto ano seguido em que os índices de óbitos decorrentes da doença caíram. De 2005 para 2011 a queda foi de 24%. “Cabe aos poderes públicos ampliar as ações educativas sobre a doença com o objetivo de prevenir e tratar a Aids de modo mais eficaz, evitando que este mal continue se alastrando no mundo”, finalizou Graça Pimenta.

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