sábado, 13 de setembro de 2014

Os “jegues” invadem o centro de Feira de Santana

Seria deveras sarcástico dizer que os jegues se adunaram do centro de Feira de Santana, tamanha a quantidade de equídeos – jegues - pastando nas ruas e canteiros das praças da Cidade Princesa mas, infelizmente, é a triste realidade que, estimulada pelo descaso que assola a cidade, jegues e outros bichos estão passeando, passo a passo, e desfrutando do caos em que foi transformado o trânsito e as diversas praças e artérias, invadidas pelas “gôndolas” distribuídas nos espaços públicos que, também foram privatizados. 

De repente, como se estivessem a observar alguma vitrine ou os diversos buracos existentes, não só nas calçadas mais nas vias, param sempre aos pares e lançam o seu olhar crítico, com certeza comentando entre si: estes caras são uns verdadeiros jumentos. Onde já se viu tamanha desorganização, um descaso “horrorível”.

 E lá se vão eles, em formação de Cosme e Damião, certamenteao encontro dos bois, vacas, burros e congêneres que costumam pastar nos canteiros centrais da conturbada Avenida Getúlio Vargas, atualmente, para piorar, em meio aos cavaletes dos parceiros que fazem campanha para o pleito eleitoral que se aproxima. 

Deixando os “jegues” de Feira de Santana em seu lugar, deve-se entender que o sarcasmo pode ter duas funções: criticar uma situação inusitada de forma irônica, ou às vezes de forma mais dura até considerada insultuosa. Em certos casos o sarcasmo pode ser considerado um mecanismo de defesa, neste caso em defesa da sociedade que não suporta mais os desmandos dos gestores municipais e a falta de punição seja no trânsito, na feira livre que invadiu o centro da cidade, na insegurança entre tantos problemas cotidianos que a cidade tem apresentado.

 Infelizmente para uns e felizmente para outros, ainda falta um tempinho para que se possa dizer a frase de Oscar Wilde: “Alguns causam felicidade onde quer que vão. Outros, sempre que se vão.”

Por Alberto Peixoto

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