Nascidos em Egéia, na Síria,
Cosme e Damião tinham outros três irmãos, que os
acompanharam no martírio.Não se sabe como adquiriram sua ciência médica e
o conhecimento da natureza que usaram em favor dos enfermos e até dos animais.
São Gregório de Tours escreveu:
“Se um doente vem ao túmulo deles e ali reza com fé,
consegue o remédio para seus males. Conta-se que eles aparecem em sonho aos enfermos e lhes dão
uma receita, quando a executam, vêem-se curados.”
O médico francês Philippe Madre,
coordenador da Comunidade das Beatitudes e membro de
uma equipe interdisciplinar dedicada ao cuidado dos enfermos,
faz este comentário: “São curiosos esses médicos cristãos que misturam fé e profissão, quando a tendência atual está
na oposição entre as duas.
São Cosme e São Damião
tinham recebidos os carismas de cura e de libertação espiritual, que tão bem se
adaptavam ao serviço profissional por eles exercido. E
faziam seu trabalho por amor a Deus, sem aceitar qualquer tipo de remuneração: conscientes de
terem recebido de graça os dons de curar, também os
colocavam em comum gratuitamente.
Cosme e Damião foram presos como mágicos, mas souberam expor ao juiz a diferença radical ente magia e dons do Espírito Santo.
Lançados à fogueira, dela saíram sem nenhuma queimadura.
Tentaram lapidá-los, mas as pedras se voltavam contra os que as
atiravam. Por fim, foram decapitados. Era o ano de
287 d.C. Hoje quando a humanidade é devastada por tantos males,
a lembrança de Cosme e Damião deve animar os cristãos a trabalhar no campo da saúde. Não como mercenários, mas como quem serve por caridade e solidariedade.
+ Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano
di.vianfs@ig.com.br
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