quarta-feira, 14 de junho de 2017

Intercolegial de Fanfarras mobiliza 600 alunos de quatro escolas estaduais


A alegria das fanfarras percorreu a Avenida San Martin, em Salvador, na manhã desta quarta-feira (14), durante a segunda etapa da competição intercolegial, que, este ano, está sendo realizada no Colégio Estadual Ruben Dário. O desfile é uma prévia do que vai ser apresentado durante o 2 de Julho e reuniu cerca de 600 estudantes de quatro escolas estaduais. Durante a tarde, as atividades continuam na escola, com apresentações musicais e de quadrilhas juninas.

 Bruno Marques, 16 anos, é bailarino da fanfarra do Colégio Ruben Dário e afirmou que a atividade é importante para os alunos. “É muito gratificante. Uma experiência que a gente adquire a cada edição. Como bailarino, na Fanfarra eu adquiro experiências, gosto de inovar. E a gente também aprende a ter disciplina e a prestar bastante atenção. Durante as apresentações, conhecemos gente nova, é uma festa”.

 Os alunos desfilaram com as fardas e evoluções características das fanfarras, recebendo de volta a atenção e o sorriso de quem estava pelo caminho. A vendedora Carol Faria, 23, esperava ônibus, no ponto, quando as fanfarras passaram. Ela disse que participava de fanfarras nos tempos de colégio. “As crianças e jovens passam a ter algo para se distrair e vir para o campo da música e da dança. Isso é bom”.

 Também vendedor, Cláudio Alves trabalha em uma das lojas da Avenida San Martin. Celular nas mãos, ele deu uma pausa no trabalho para assistir ao desfile. “É muito bom ver esses jovens aí, longe das drogas, se divertindo nessa brincadeira saudável. É mais um dia fora das ruas e dos problemas”. 

Envolvimento

 A diretora do Intercolegial de Fanfarras, Regina Vieira Rocha, informou que a competição já é realizada há cinco anos dentro das escolas. “É show mesmo. Os alunos amam. Limpam as escolas, arrumam tudo para ter uma etapa nas suas unidades. É uma experiência para a vida toda, como cidadãos participativos de uma sociedade. Eles interagem, cooperam, passam a amar a escola, o que é o mais importante de tudo”.

 A educadora explicou sobre o que é necessário para participar das fanfarras. “É preciso ser estudante da rede pública e ser aprovado no ano letivo. Quem for reprovado fica afastado durante um tempo. Esta mudança é para incentivar os jovens a estudar. Quem quiser fazer parte, basta procurar a direção da escola onde está matriculado e será encaminhado para o regente da fanfarra, onde houver uma".

 O universitário Gabriel Vilas Boas é universitário e participa como voluntário de fanfarras desde os 11 anos. “É um orgulho para mim participar, trazer para eles esses valores da atividade, sobre a família, a união entre a comunidade, a sociedade, a honra, o caráter, o saber perder e ganhar. Além disso, a competição é uma festa, uma integração, uma troca de conhecimento. Sou professor de ginástica rítmica e estou sempre aprendendo um monte de coisas nesses eventos”.

 Música

 As oficinas de música reúnem cerca de 40 estudantes do colégio. Um deles é o estudante Gabriel Santos Silva, 17, do 2º ano do Ensino Médio. “Eu toco há menos de um ano e quero agradecer à escola por essa oportunidade. É uma importância para a gente que gosta de música porque nos aproximamos do colégio. Tem muita gente que deixa de ficar lá fora atrás de drogas, por exemplo, para estar aqui por causa da música. Assim, podemos sonhar em alcançar nossos objetivos. É isso que importa”.

 Professor de Música da escola, Fábio Marques disse que a música faz parte do processo educacional, uma ferramenta que reúne arte e educação. “A atividade exige disciplina, dedicação, estudos, seja ela instrumental ou cantada. Ela requer tempo e atenção no dia a dia para um melhor resultado. Isso pode ser levado para todas as áreas da vida”.

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