quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Educação inclusiva é debatida durante congresso em Feira de Santana


Cerca de mil participantes, entre edu­ca­dores, es­tu­dantes, pais de alunos e pes­qui­sa­dores baianos e de outros estados do país estão discutindo a Edu­cação In­clu­siva no con­texto das di­fe­renças e da di­ver­si­dade hu­mana, no 5º Con­gresso Baiano de Edu­cação In­clu­siva (CBEI), que começou nesta quarta-feira (8), na Uni­ver­si­dade Es­ta­dual de Feira de San­tana (Uefs), no município de Feira de San­tana, com o apoio da Secretaria da Educação do Estado. Até sexta (10), os congressistas dialogam sobre os processos educacionais inclusivos e excludentes, por meio de temas que en­volvem os di­reitos e a eman­ci­pação das pes­soas com de­fi­ci­ência e com do­enças crô­nicas.

 A coordenadora de Educação Inclusiva da Secretaria da Educação do Estado, Patrícia Braille, afirma que, além de funcionar como um espaço de aprofundamento das discussões acadêmico-científicas, o Congresso da Educação Inclusiva traz ao diálogo relatos e teorizações de profissionais da Educação Básica que vivenciam processos de (não) inclusão. “Este evento, mais que um espaço de socialização, de congregação de toda uma produção teórica de pesquisadores das universidades, é uma oportunidade de darmos visibilidade às experiências exitosas na rede estadual, protagonizadas por nossos estudantes da Educação Inclusiva, como é o caso de Janine, ex-estudante da rede estadual, que é surda e cega, e, graças ao nosso trabalho na rede, foi aprovada para o curso de Pedagogia, na Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (Uesb)”.

 A presença de Janine no congresso, completa Patrícia Braille, é a prova de que é possível a inclusão social de uma pessoa como ela, que não enxerga e não ouve. “São exemplos como estes que estamos trazendo à luz no congresso para pesquisadores e público em geral”, acrescentou Patrícia. Durante o encontro, destaca, o público alvo da Educação Inclusiva terá a chance de dialogar com pesquisadores com a legitimidade de um trabalho que que, hoje, tem como base um documento orientador: a Diretrizes para a Educação Inclusiva no Estado da Bahia, lançada no mês de julho deste ano pela Secretaria da Educação.

 Conhecimentos e práticas 

 O professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uesf), Danilo de Oliveira, também destacou a importância do encontro, que está de­batendo ques­tões que con­tem­plam ca­te­go­rias de gê­nero, et­nias e mi­no­rias, bem como o pro­ta­go­nismo das pes­soas com de­fi­ci­ência/ ne­ces­si­dades edu­ca­ci­o­nais es­pe­ciais e com do­enças crô­nicas no con­texto edu­ca­ci­onal. “Este congresso é um espaço que está agregando tanto o conhecimento como as práticas no campo da Educação Inclusiva e isto torna este encontro especialmente importante, já que nessa última década conquistamos a integração da Educação Inclusiva à Educação Básica, bem como a ampliação do acesso dos estudantes com deficiência ao ensino regular, o que nos exige pensar e produzir mais conhecimentos e renovação de práticas”, avaliou.

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