Com 30.319 inscritos começaram, na manhã de ontem domingo (26), em Salvador e mais 26 municípios baianos, as provas do processo seletivo de professores para a rede estadual de ensino. A contratação será por meio do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) e, das 6.145 vagas oferecidas, 4.616 são destinadas à Educação Básica, 1.282 à Educação Profissional e 247 à Educação Indígena.
Os professores contratados na modalidade de Prestação de Serviço Temporário (PST) terão o contrato substituído, caso sejam aprovados na seleção do Reda. A notícia agradou a candidatos como Max Henrique Mendes, professor PST e candidato a uma das vagas de Educação Profissional.
“O Reda oferece condição muito melhor de trabalho ao profissional, tanto no que se refere à remuneração [que é maior], quanto à segurança, já que o contrato PST é muito instável”. Max Henrique fez a prova no Colégio Estadual Raphael Serravale, localizado no bairro da Pituba, na capital.
Quem também aprova a realização do concurso é a professora de Informática, Nadja Maria Silva, que concorre a uma vaga destinada à Educação Profissional. “Ainda que seja temporária, é uma forma justa de trabalhar para o Estado”.
Parte dos candidatos está realizando concurso público pela primeira vez. É o exemplo do soteropolitano Leandro Caldas que, aos 19 anos, decidiu participar do processo seletivo para se tornar professor. “A expectativa é a melhor possível para conseguir uma vaga no mercado de trabalho. [Realização de concursos] é bastante importante, principalmente, neste momento de crise. É a melhor forma que a gente encontra para arranjar um emprego”.
Marcelo Wenceslau é outro inscrito na seleção que atua na rede estadual por meio de Prestação de Serviço Temporário. Em relação ao Reda, ele afirmou que “é muito melhor porque a gente passa a ter direitos que o PST não oferece. O [recebimento do] salário é garantido”.
Educar para Transformar
Das vagas disponíveis, 30% são reservadas a candidatos negros e 5% a pessoas com deficiência. O diferencial deste processo é a seleção por área do conhecimento. Para a capital e Região Metropolitana de Salvador (RMS), é exigida formação de nível superior em licenciatura plena. Para vagas no interior participam profissionais com licenciatura e com bacharelado. No caso da Educação Indígena, basta o ensino médio.
A superintendente de Recursos Humanos da Secretaria da Educação do Estado, Ana Margarida Caribé Catapano, explicou que “o governador, por meio do programa Educar para Transformar [- um Pacto pela Educação], quer oferecer qualidade de ensino melhor. Por isso, estamos fazendo esta substituição. Quem era [contratado pelo] PST, sendo aprovado neste processo seletivo, irá trabalhar no Estado regido pelo nosso estatuto [Estatuto do Magistério Público do Ensino Fundamental e Médio do Estado da Bahia] e poderá, inclusive, fazer adesão ao Planserv [Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais]”.
De acordo com ela,o pagamento do salário será feito conforme uma tabela divulgada anualmente. A superintendente disse que o resultado da seleção está previsto para o dia 20 de agosto. “Logo depois do tempo para que as pessoas façam os exames admissionais começaremos a convocar os [candidatos] que forem aprovados”.
Durante a visita ao Colégio Estadual Walter Brandão, no município de Jaguarari, na quinta-feira (23), o governador Rui Costa explicou aos alunos que os professores contratados na modalidade de Prestação de Serviço Temporário, caso aprovados na seleção, terão o contrato substituído pelo Reda, uma vez que o PST foi uma forma emergencial de contratação. "Determinei, no primeiro semestre deste ano, que o contrato de PST fosse substituído pelo Reda e pedi aos professores de PST que participassem da seleção. No ano que vem [2016] faço concurso definitivo para todos".
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