No dia 26 de julho, festividade de São Joaquim e Sant’Ana, avós de Jesus, celebra-se o Dia dos Avós. É uma boa oportunidade para homenagear aqueles que merecem todo o nosso respeito e gratidão. É um dia propício para renovar o que um dia sentimos em relação aos nossos avós: muita confiança e muita sabedoria.
OS FRANCESES denominam os avós com um termo, a meu ver, belíssimo e, sobretudo, significativo: grand-père/ grand´mére (grande pai / grande mãe). Dessa maneira, a paternidade envolve toda a família. Pelos avós, toda a família é acolhida e amada: filhos, netos, bisnetos.
POR ELES flui o mais genuíno da vida familiar, o amor, que, nos avós, tem uma concentração especial por parte de todos os membros da família: eles o transmitem e eles o recebem. Poderíamos dizer que ser avô ou avó é um dom precioso para toda a família.
ESSA descrição, felizmente, ainda pode ser vista em muitas famílias. No entanto, também é verdade que, em outros muitos casos, esta sintonia de todos os membros da família no respeito, é rompida. As condições de vida da sociedade moderna, ainda que cada vez mais atentas às necessidades da terceira idade, também fazem que os idosos se tornem vítimas, sobretudo da solidão que é a pior das carências.
DEVE-SE reconhecer que o “grande pai” e a “grande mãe”, avô e avó, oferecem aos seus filhos e netos, quando precisam deles, o melhor de si mesmo. Até chegar onde estão hoje, foi muito o que fizeram, e sempre em fidelidade á vocação de serem pessoas úteis na sociedade com seu trabalho. Sabemos, também, que, na época atual, muitos avós assumem o cuidado e a educação das crianças, devido ao trabalho dos pais. Fazem isso, aliás, com muito prazer e com uma generosidade excepcional.
POR TUDO o que foram e por tudo o que são, especialmente pelo que representam para muitas famílias nesta época de crise, os avós merecem uma lembrança especial no dia em que recordamos o testemunho belíssimo dos avós de Jesus, Joaquim e Ana. Eles cuidaram de Maria, sua filha, e isso influenciou definitivamente na criação e na educação que, tanto ela como José, deram a esse maravilhoso menino chamado Jesus, que crescia em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens.
+ Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano
di.vianfs@ig.com.br
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