segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Plano de Desenvolvimento Integrado 2035 é debatido na capital baiana

Baseado nos eixos crescer, distribuir, inovar e competir, o Plano de Desenvolvimento Integrado da Bahia (PDI 2035) foi discutido nesta segunda-feira (6), entre governo, universidades, sindicatos, indústria, comércio, líderes religiosos de matriz africana e representantes de pessoas com deficiência, em Salvador.

 Pensar a Bahia até o ano de 2035 com estratégias que contemplem os diversos segmentos da sociedade é o grande desafio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Secretaria de Planejamento (Seplan) e Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes), em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). O objetivo é romper um histórico de 40 anos abaixo de 50% da renda per capita nacional.

 Descentralizar a economia da capital e região metropolitana, redistribuir a renda e os empregos para o interior são alguns dos desafios que devem ser superados. “Substituir as importações por produtos produzidos aqui na Bahia e rastrear toda a cadeia produtiva dos principais setores que alavancam o PIB do Estado são alguns dos exemplos que irão compor este ciclo de estudos deste planejamento à longo prazo", explica a Superintendente de Políticas Púbicas da SDE, Maria Lúcia Falcón.

 Estes primeiros debates apresentam questões cruciais para o crescimento sustentável do estado nas áreas social, econômica e política. “O Codes elaborou um calendário de seminários temáticos, que começam em novembro e terminam em dezembro com os temas Infraestrutura, Formação, Ciência e Tecnologia, Mundo Rural e Recursos Hídricos, Segurança Pública e Direitos Humanos e Petróleo e Gás”, afirma o coordenador executivo do Codes, Jonas Paulo. Os encontros deste ano estão previstos para acontecer nos municípios de Juazeiro, Barreiras, Irecê, Alagoinhas, Feira de Santana, Guanambi, Vitória da Conquista, Itabuna, Eunapólis e Salvador.

 Já o titular da SDR, Jerônimo Rodrigues, comentou a importância do evento, em que se aglutinam forças internas e externas do estado da Bahia, que incluem tanto empresários quanto prefeituras e movimentos sociais, para dialogar para além dos quatros anos do Plano Plurianual (PPA). “ Um estado com as dimensões da Bahia necessita pensar um plano de desenvolvimento a longo prazo. São diversos temas relevantes, mas é importante incluir nesse debate a economia familiar, tanto na área rural, como a economia solidária, na área urbana".

 A série de diálogos com todas as esferas da sociedade permite que se construa um plano em que todos os atores sintam-se inseridos. “A Fieb apóia qualquer ação que traga a sociedade para discutir o seu futuro, assim como as possibilidades, as potencialidades, as limitações e a forma de superá-las. Certamente teremos um plano dinâmico e adaptável à realidade”, desta o diretor da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Vladson Menezes.

 O coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Bahia (Fetraf-Bahia/CUT), Rosival Leite, espera que o PDI ajude a desenvolver ações com os pequenos agricultores e os enxergue como um vetor de desenvolvimento para o Estado. Alguns estados brasileiros já possuem seus planos de desenvolvimento a longo prazo, como Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí e Rio de Janeiro.

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