Comenta-se nos bastidores da Prefeitura Municipal a insatisfação de colberzistas tradicionais com a ocupação de cargos na palácio do governo exclusivamente por ronaldistas. É possível que haja um acordo de cavalheiros, ou político mesmo, para que o quadro não seja alterado (vale lembrar o governo de Tarcisio Pimenta), mas a mudança em determinados cargos seria benéfica em todos os sentidos. Alguns ocupantes de cargos relevantes já demonstram certo cansaço - afinal são mais de 20 anos no batente -, e o brilho no olhar dos primeiros dias já não é perceptível e a mudança, que poderia premiar pessoas igualmente competentes, daria ao prefeito Colbert Martins - como em um time de futebol -,a oportunidade de colocar em campo valores que ele tem no elenco do seu partido.
A torcida está pedindo, mas o técnico, talvez devido ao acordo, parece inibido ou temeroso em mexer na equipe, onde alguns atletas estão entrando na fase do ‘desconforto muscular’ ou de forma mais pratica “cansada de guerra”.
EM TEMPO : Como se não bastasse, surge agora um grupo na Câmara Municipal decidido a forma a Bancada Independente com sete “rebelados”: Edvaldo Lima, Ron do Povo, Luís da Feira, Tom, João Bililiu, Gilmar Amorim e Zé Curuca que sempre se mostraram obedientes ao ex-prefeito José Ronaldo e que agora, quando a cadeira número um da cidade princesa passa a ser ocupada por Colbert Martins Filho, denotam uma súbita independência.
EM TEMPO II O grupo, que sempre disse amem ao ex prefeito, em menos de dois meses da nova gestão adota uma postura inesperada lembrando o que ocorreu no governo do ex-prefeito Colbert Martins da Silva (o pai), quando membros do Legislativo Municipal bem próximos dele, insubordinaram-se , não se sabe exatamente o motivo e tentaram ‘apertar’ o líder do MDB, que mostrou toda a sua capacidade política. O grupo era denominado Bancada de Vereadores Independentes (BVI) : Otaviano Campos, Antonio Carlos Coelho, Antonio Carlos Marinho e Renato Sá, vereadores de muita tarimba, mas o “velho” Colbert mostrou que sabia muito bem com quantos paus se faz uma jangada e de uma só remada colocou a BVI à deriva! Resta saber se o filho também saberá agir com a mesma habilidade diante da tempestade que se avizinha, pelo menos é o que dizem os bem entendidos na “náutica” política.
EM TEMPO III
A situação na Câmara levou o vereador Roberto Tourinho (PV) a declarar de forma clara e contundente que respeita a posição dos seus colegas de Casa, mas não faz parte desse ou de qualquer outros grupo, mantendo a sua independência.Tourinho dividiu a Câmara em dois grupo e assinalou que não faz parte de nenhum deles. “ Há o grupo dos incendiários, o qual respeito mas não faço parte porque meu pensamento é distinto”, ressaltando ainda que não está em busca de medalhas e honrarias, “prefiro ser o que sempre fui: o fogo, a tocha, lutando pelos meus idéias”.
Disse anda Tourinho que não tem a intenção de cobrar fatura vencida ou a vencer, e que “o que tenho a falar com Colbert farei pessoalmente”. Adiante disse ainda “tomem cuidado para que os soldados que estão de prontidão não sejam os que venham ainda a receber medalhas por ter combatido a luta. É o pequeno exercito árabe lutando contra os judeus. Já estive na Faixa de Gaza é um luta desigual!” Concluindo disse que essa insatisfação não é com Colbert e sim dos insurgentes que não estão tendo tratamento igual ao dos bombeiros e “isso vem desde o governo passado,mas só agora chegaram ao limite. Já tenho meu mandato que não está atrelado a vinte e poucos cargos - de servidores e vigilantes -, os quais já coloquei à disposição do governo!”
RP/
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