A pesquisa do Instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (14), mostra um recorde na aprovação do governo e um ligeiro crescimento na avaliação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No levantamento realizado entre 10 e 12 de setembro, a aprovação do governo atingiu inéditos 78,4% e o desempenho pessoal de Lula chegou a 81,4%.
Em agosto, a última rodada da pesquisa Sensus mostrava Lula com 80,5% e o governo com 77,5%. A melhor avaliação de Lula na série histórica do levantamento é de 84%, em janeiro de 2009. Já a aprovação do governo vem batendo recordes desde maio, quando chegou a 76,1%.
A avaliação positiva do governo e do presidente Lula são fatores apontados pelo Instituto Sensus para justificar o desempenho da candidata do PT, Dilma Rousseff, na disputa pela Presidência da República contra oposicionista José Serra (PSDB) e contra a candidata do PV, Marina Silva, de acordo com informações do G1.
Entre 10 e 12 de setembro, foram ouvidos 2 mil entrevistados em 136 municípios de 24 estados. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Na última rodada, divulgada em 24 de agosto, Dilma tinha 46% contra 28,1% de Serra e Marina, 8,1%.
Denúncias
A pesquisa realizada pelo Instituto Sensus já mediu a repercussão do caso da quebra de sigilos fiscais de integrantes do PSDB e de familiares do candidato José Serra. As recentes denúncias de tráfico de influência no governo envolvendo a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, não foram repercutidas no levantamento.
Corrida eleitoral
A pesquisa do Instituto Sensus sobre a corrida eleitoral para a sucessão do presidente Lula mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 50,5% das intenções de voto, 24,1 pontos percentuais à frente do candidato do PSDB, José Serra, que tem 26,4%. Marina Silva (PV) aparece com 8,9%.
Entre os demais candidatos, Zé Maria (PSTU) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) aparecem empatados, com 0,6%. Eymael (PSDC) tem 0,2% e Rui Pimenta (PCO), 0,1%. Levy Fidelix (PRTB) e Ivan Pinheiro (PCB) não pontuaram. Brancos e nulos somaram 3,5% e os entrevistados que não souberam ou não responderam totalizaram 9,1%.
Segundo o Instituto Sensus, considerando apenas os votos válidos da pesquisa, Dilma venceria a eleição no primeiro turno, com 57,8% dos votos contra 30,2% e 10,2%.
Segundo turno
Em um eventual segundo turno pesquisado pelo Instituto Sensus entre Dilma e Serra, a petista venceria com 55,5%. Serra teria 32,9% das intenções de votos. A pesquisa não simulou segundo turno envolvendo a candidata do PV, Marina Silva.
A pesquisa realizada pelo Instituto Sensus já mediu a repercussão do caso da quebra de sigilos fiscais de integrantes do PSDB e de familiares do candidato José Serra. As recentes denúncias de tráfico de influência no governo envolvendo a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, não foram repercutidas no levantamento.
Rejeição
Segundo o presidente da CNT, Clésio Andrade, os ataques proferidos por Serra contra a campanha petista no programa eleitoral de TV e rádio fizeram aumentar a rejeição do tucano para 41,3%. Em 24 de agosto, a rejeição de Serra era de 40,7%.
A rejeição de Dilma ficou em 29,4% dos entrevistados e de Marina, em 45%. Em agosto, a petista tinha 28,9% e a candidata do PV, 47,9%. A rejeição superior a 40%, segundo o Instituto Sensus, já inviabiliza a eleição do candidato. No caso de Marina, a alta rejeição é explicada pelo diretor do instituto, Ricardo Guedes, pelo conteúdo das propostas da candidata: “É a falta de consistência política nas propostas dela.”
Voto definitivoSegundo a pesquisa Sensus, 72,7% dos entrevistados já definiram em quem votar nas eleições de outubro e não pretendem mudar de candidato “de jeito nenhum”. Ainda podem mudar totalizam 12,4% e ainda não definiram, 11,2%.
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